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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

OAB DE BARREIRAS PEDE JUIZ

A OAB/Barreiras, através da presidente Cristiana Matos Américo, está lutando junto ao Tribunal para provimento de duas Varas judiciais da unidade: a 2ª Vara Criminal, que era ocupada pela juíza substituta Adiane Jaqueline Neves da Silva, cuja magistrada foi titulada e nomeada para a Comarca de Encruzilhada e a 3ª Vara Cível, sob direção do juiz José Luiz Pessoa Cardoso, também vaga, porque o magistrado foi designado juiz substituto do 2º grau. 

O quadro nas Comarcas do Oeste da Bahia, exatamente a região que recebeu uma filial do Tribunal de Justiça é desesperador e os advogados queixam-se da absoluta letargia na movimentação dos processos, onde a Comarca está sem juiz e o titular designado não tem condições de cuidar de sua unidade e daquela que substitui, mesmo porque a distância é grande. No dia 10/11, o presidente designou a juíza Marlise Freire de Alvarenga, da Vara da Fazenda Pública de Barreiras, exatamente a que mais tem processos, para substituir a Comarca de Correntina, distante em torno de 350 quilômetros.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

COMARCA DESATIVADA OU AGREGADA: BAIXA GRANDE

O município de Baixa Grande tem 21.197 habitantes, extensão territorial de 946,646 km2 e está localizado no piemonte da Chapada Diamantina, pertencente à baia do Jacuípe, tendo como principal acesso a BA-052.

Interessante a origem de Baixa Grande: uma mãe pediu ao filho para construir uma igreja a fim de ela não ter de ir mais à cidade de Bom Jesus da Lapa; em torno da igreja, apareceram feira livre e algumas casas. O município foi elevado à vila, em 1885, extinto em 1906; restaurado em 1910, extinto em 1931, passando a pertencer ao território de Monte Alegre, hoje município de Mairi. A emancipação de Baixa Grande deu-se em 1933. 

COMARCA

Baixa Grande, em 1945, era termo da Comarca de Mairi. Em 10/10/1991, na administração do des. Mário Albiani, foi instalada a Comarca.

A Lei n. 10.845 de 27 de novembro de 2007 consigna a unidade como de entrância inicial com 1 juiz, sem nenhum distrito judiciário.

A Resolução n. 10 de 23 de julho de 2014 agregou 23 Comarcas, ente as quais estava Baixa Grande, que passou a depender de Mundo Novo. Continuam na Comarca 7 servidores. Se Baixa Grande era desassistida antes da agregação, depois deste ato foi totalmente abandonada e isso é demonstrado, porque a unidade não tem Juiz de Paz, não tem Conselho Municipal de Conciliação e muito menos Juizado Especial. 

O juiz de Mundo Novo realiza audiências, em Baixa Grande, preferindo essa situação a determinar o deslocamento de advogados, servidores, testemunhas e as partes para a Comarca mãe, Mundo Novo. A Resolução indicava esse caminho, buscando evitar o pagamento de diárias e substituição aos magistrados, mas mesmo sem nada receber, os juízes preferem continuar como se estivessem substituindo a Comarca agregada. 

Entre janeiro e outubro/2015, mesmo sem juiz e sem estrutura alguma, foram distribuidos mais de 500 processos na Comarca; na área policial, que desenboca no Judiciário, registrou-se 52 inquéritos policiais além de 18 autos de prisão em flagrante. 

Os serviços da justiça funcionam em dois prédios alugados e tem uma casa do magistrado que está abandonada. 

Recentemente, alguns servidores participaram de curso sobre o Pje do Tribunal de Justiça, para implantação na unidade, mas até o momento nada funciona.

Tem a Comarca uma administradora, Raimunda dos Santos Dantas, 2 Oficiais de Justiça e foram designados escreventes para os Cartórios dos Feitos Cíveis e para o Cartório dos Feitos Criminais. 


CARTÓRIOS EXTRAJUDICIAIS

Apesar de desativada, os Cartórios extrajudiciais funcionam precariamente, como aliás, ocorre em toda a Bahia, naqueles que não receberam delegatários, no percentual de 90%. 

Uma escrevente foi designada para o Cartório de Registro Civil, onde trabalha, com livros em péssimo estado de conservação, devidamente comunicado ao Tribunal pelos servidores; a Corregedoria das Comarcas do Interior, em visita à unidade, em março/2013, anotou e reclamou providências para restauração dos livros. Nada foi feito e muitos livros de Registro Civil, em Baixa Grande, estão servindo de alimento para as traças, cupins, etc. 

Ninguém faz nada para recuperar ou para impedir a destruição da história de um povo! 

O Cartório de Registro de Imóveis reclamava informatização e está sob a direção de uma escrevente; a mesma situação acontece com o Tabelionato de Notas, que tem apenas uma servidora. 


Salvador, 11 de novembro de 2.015.

Antonio Pessoa Cardoso.
Pessoa Cardoso Advogados.

SERVIDORES DA COMARCA DE BAIXA GRANDE

Quando a Corregedoria das Comarcas do Interior esteve em Baixa Grande nem imaginava o trágico destino imposto pela maioria dos desembargadores da Bahia à Comarca. Foi agregada a Mundo Novo.
Acredita-se que a luta do povo fará Baixa Grande voltar a ser Comarca, pois não se entende criar municípios e fechar Comarcas.  

BAIXA GRANDE: BONITA PRAÇA!


terça-feira, 10 de novembro de 2015

MIGUEL CALMON: DESATIVADA UMA VARA; FECHADOS DOIS CARTÓRIOS DE REGISTRO CIVIL

Canabrava, arraial de Jacobina, tornou-se distrito, em 1913; em 1916, foi elevada a distrito de paz com instalação de um cartório e aí já se fazia registro de óbito, de nascimento e casamento. Em 1924, Canabrava é promovida a vila com o nome de Miguel Calmon, desmembrando-se de Jacobina. 

Miguel Calmon passa a ser conhecida com o nome de Djalma Dutra, em 1930 e em 1938 recebe a categoria de cidade; em 1944 volta à denominação de Miguel Calmon. Em 1953, Miguel Calmon era constituÍda dos distritos de Itapura, Tapiranga e Várzea do Poço. 

Miguel Calmon tem 27.536 habitantes e extensão territorial de 1.568,216 km2. 

COMARCA

A Lei n. 175 de 2/7/1949 consigna Miguel Calmon como Comarca de 1ª entrância sem nenhum distrito judiciário;
a Lei n. 2.314 de 1/3/1966 mantém a unidade na 1ª entrância juntamente com o termo de Várzea do Poço;
a Resolução n. 2 de 3/12/1971, que dispõe sobre a Divisão e Organização Judiciária do Estado da Bahia, também não altera a situação da unidade judiciária;
a Lei n. 3.731 de 22/11/1979 ratifica os termos da Resolução n. 2/1971;
a Lei n. 10.845 de 27/11/2007 aponta Miguel Calmon como de entrância inicial com os distritos de Itapura e Tapiranga; 
a Resolução n. 10 de 23/07/2014 agrega a Vara Crime à Cível, deixando Miguel Camon com apenas um juiz. 

Na Vara Cível tramitam 5.462 processos, com 4 servidores, tendo como titular o juiz Luiz Henrique de Almeida Araújo. A Vara Crime foi agregada e Miguel Calmon perdeu um juiz. 

Na Vara Crime tramitam 845 processos, com 2 servidores; tem 40 processos de homicídio. Na semana do juri houve designação de três julgamentos, mas realizou apenas um, pois os defensores não compareceram nos outros, daí porque o magistrado determinou fosse comunicado o fato à OAB.

A Comarca tem 1 administrador, 1 Oficial de Justiça, tendo sido designado 2 escreventes para socorrer o único Oficial da unidade. Um desses três Oficiais foi designado para Escrivão do Crime há mais de 10 anos. 

Não há estagiários na unidade, mas a Prefeitura disponibilizou 5 funcionários para o fórum.

A Comarca tem um promotor, Pablo Antonio Cordeiro de Almeida e não tem defensor público. 

Não há segurança e a informática não funciona bem. 

EXTRAJUDICIAIS

O Cartório de Registro Civil é responsável por todas as anotações sobre a vida civil do cidadão; ali são registrados o nascimento, o casamento, o óbito e outras ocorrências na vida do jurisdicionado, como o divórcio; esse Cartório, em Miguel Calmon, tem apenas 2 servidores.

Os Cartórios de Registro Civil com funções Notariais dos distritos de Itapura, distante da sede 31 quilômetros e Tapiranga, 26 quilômetros foram desativados por falta de servidor e de espaço para o trabalho; designou-se o servidor Eugênio Carlos de Souza da sede para responder por esses 2 Cartórios. 

Quando se busca a integração das bases do Registro Civil no Brasil é constrangedor saber da situação dos Cartórios extrajudiciais no interior da Bahia, que não tem delegatários; muitos como Miguel Calmon foram desativados, outros não dispõem de servidor e alguns nem foram instalados. O resultado é que o povo para obter uma certidão, para fazer o registro de nascimento do filho ou do óbito, tem de andar 31 quilômetros, situação de Itapura, em Miguel Calmon, ou andar 80 quilômetros, ocorrência que se verifica em Ourolândia, Comarca de Jacobina.

O Cartório de Registro de Imóveis, responsável pelas anotações dos bens do cidadão, casa, imóvel, etc, dispõe de apenas 2 servidores, mesma situação do Tabelionato de Notas. 

Salvador, 10 de novembro de 2015.

Antonio Pessoa Cardoso.
Pessoa Cardoso Advogados.

SERVIDORES DA COMARCA DE MIGUEL CALMON


VISTA AEREA DE MIGUEL CALMON


PESQUISA NA ELEIÇÃO DA OAB

O Insituto Dataqualy publicou pesquisa, realizada entre os dias 26 e 30 de outubro, sobre as eleições para a OAB/Ba, e mostra que o atual presidente da entidade lidera o pleito com o percentual de 61,6%; o segundo colocado Carlos Ratis tem 29,9%; José Nélis, 5,2% e Fabiano Mota 3,3%. Foram computados 18,2% de votos brancos, nulos e não sabe em quem votar. 

A mostra foi realizada entre 520 advogados da capital e do interior e a margem de erro é de 4% para mais ou para menos; hoje é o ultimo dia que se pode publicar pesquisa sobre as eleições, de conformidade com as regras adotadas pela OAB.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

JUIZ CENSURA ATÉ A ROUPA DO SERVIDOR

O presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, des. Nelson Schaefer Martins baixou Portaria para abertura de Processo Administrativo Disciplinar contra o juiz da comarca de Otacílio Costa/SC, afastando-o de suas funções até o termino do procedimento, porque humilhava os servidores, proferia palavras de baixo calão, além de outras condutas incompatíveis com a função. 

Entre as exigências do juiz consta o fato de obrigar os servidores a capinarem os matos entre as lajotas do estacionamento do fórum, impedir que pessoas estranhas aos serviços judiciários circulassem pelas dependências do fórum; dirigir aos servidores com desrespeito e voz alta, humilhando-os: “você não tem vergonha destes seus dentes amarelos e tortos, vai arrumar, coisa mais feia uma pessoa com os dentes assim”; “você deveria usar maquiagem para esconder estas olheiras”; “você se veste muito mal”. 

Além desse tratamento desrespeitoso, o magistrado questionava a veracidade de atestados médicos apresentado pelos servidores, baixava portaria fixando horário de funcionamento da copa, estabelecendo turnos para tomar café, proibia certas conversas entre os servidores, chutava com pontapés o portão do fórum, obstava a subida de recursos ao Tribunal, determinava a incineração de autos em desacordo com as normas legais.

CNJ DISCUTE SOBRE GESTÃO

O CNJ está preocupado com a gestão nos tribunais e a Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas discute acerca de medidas a serem tomadas para eficiência da atividade-fim e para melhor gestão dos tribunais.

A Comissão discutiu também, neste mês de novembro, sobre o pagamento de horas extras em cargos de comissão e durante o recesso forense, sob orientação do Tribunal de Contas da União.