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quinta-feira, 17 de março de 2016

SANTA RITA DE CÁSSIA


OAB É AGREDIDA

A conversa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ex-ministro da Casa Civil Jacques Wagner, em contato telefônico grampeado pela Justiça, na investigação da Lava Jato, mostra a agressão desferida contra a OAB. O ex-governador da Bahia destrata a OAB numa das gravações: “Terça feira o filho da puta da OAB vai botar aqui dizendo que o Conselho da OAB acha que nesse caso”. Wagner trata do pedido de acesso à delação. 

O presidente da OAB reclamou da agressão de Jacques Wagner: “Os termos usados nesse áudio não se coadunam com a linguagem que altas autoridades da República deveriam ter ao se referir a uma instituição, que há 85 anos, presta importantes serviços à nação e à sociedade brasileira e, hoje, representa quase um milhão de advogados”. 

Lamachia declarou que, se confirmadas as acusações contra a presidente Dilma Rousseff de que tentou interferir no andamento da operação Lava Jato, os advogados iriam pedir impeachment com novas motivações.

quarta-feira, 16 de março de 2016

DEFENSORIA PÚBLICA SEM DIREÇÃO

A Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública, Lei Complementar n. 80/1994, dispõe que cabe ao Presidente da República escolher o condutor da entidade para os próximos dois anos. Todavia, a lei não fixa prazo e o governo mantém-se omisso na nomeação.

A presidente Dilma Rousseff recebeu do Conselho Superior da Defensoria Pública da União, em outubro, a lista com os nomes dos escolhidos para os cargos diretivos da Defensoria, mas até a presente data não se dignou em nomeá-los.

O mandato do Defensor Público Geral Federal encerrou-se no dia 15 de janeiro e, atualmente, está sem comando; a situação provoca a interinidade, através do defensor Lúcio Guedes; também estão vagos, desde novembro, os cargos de Subdefensor Público Geral e de Corregedor-Geral. 

O governo não tem dado muita importância com as nomeações para os cargos da área jurídica, pois assim já se procedeu com o atraso na escolha de ministros do STF e dos tribunais superiores.

terça-feira, 15 de março de 2016

MENOS SERVIDORES

Decretos Judiciários publicados no Diário Oficial de hoje, dia 15/03, concedem aposentadorias por invalidez permanente aos servidores abaixo:

EVANDRO ANDRADE LEITE, Oficial de Justiça Avaliador da Comarca de Barra, com efeito retroativo a 27/7/2015. Aposentadoria compulsória; 

JOSÉ ALBERTO OLIVEIRA SANTOS, Escrevente de Cartório da Comarca de Salvador, com efeito retroativo a 30/6/2015. Aposentadoria por invalidez permanente qualificada.

Depois de anos de trabalho, vocês merecem a gratidão de todos os jurisdicionados das Comarcas de Barra e de Salvador; que tenha nova vida com saúde.

APOSENTADORIAS COMPULSÓRIA DE JUÍZES

O Diário de hoje publica aposentadorias compulsória de dois juízes:

O bel. Eduardo Pedro Nostrani Simão, da Comarca de Santo Antonio de Jesus, foi aposentado compulsoriamente, enquadrado na Lei Complementar n. 35/1979, na Lei Estadual n. 10.845/2007, no Código de Ética da Magistratura e na Resolução n. 135/2011 do CNJ. 

A bela. Tânia Maria Oliveira Santos, da Comarca de Itabuna, foi aposentada compulsoriamente por ferir a Lei Complementar n. 35/1979, a Lei Estadual n. 10.845/2007 e a Resolução n. 135/2011 do CNJ.

segunda-feira, 14 de março de 2016

JUIZA MANDA PROCESSO DE LULA PARA CURITIBA

A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, titular da 4ª Vara Criminal de São Paulo, decidiu, embasada no art. 76, II e III do Código de Processo Penal, remeter a denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo para a 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, onde o processo deve tramitar.

No despacho a magistrada diz que ...“é trazer para o âmbito estadual algo que já é objeto de apuração e processamento pelo Juízo da 13ª Vara Federal...”. Entendeu presente a conexão, porque os delitos guardam “estreita relação” com os feitos da Lava Jato.

domingo, 13 de março de 2016

INSTALAM CÂMARA, VARAS, E FECHAM COMARCAS

Nesses últimos quatro anos foram instaladas em todo o estado da Bahia mais de 60 varas judiciais, uma filial do Tribunal de Justiça, a Câmara do Oeste, em Barreiras, composta por 8 desembargadores, que se deslocam semanalmente Salvador/Barreiras/Salvador, além de infraestrutura para acomodar toda a assessoria. Outros órgãos foram criados para digitalização de processos, para levantamento de custas judiciais remanescentes e para outras ações nas comarcas, nas varas judiciais e nos demais órgãos do Judiciário do estado. 

Esse aumento do número de varas judiciais, com evidente implemento de maior labuta para o juiz e para o servidor, não foi seguido de crescimento no número de operadores do direito, muito menos houve aprimoramento na estrutura do Judiciário nas comarcas e nas varas para cumprimento das tarefas resultantes da demanda. 

A situação pode ser comparada com a compra de um carro sem contratação de motorista! 

Não houve progresso algum na prestação dos serviços jurisdicionais, mas, pelo contrário, o sistema continua oferecendo péssimo atendimento ao jurisdicionado. Os novos cartórios judiciais e as novas atividades acrescidas nos ombros dos juízes e dos servidores, necessariamente, deveriam contar com mais juízes, com mais obreiros, com novo ambiente de trabalho, com material de expediente. 

Nada disso aconteceu, mas a ação das autoridades limitou-se a baixar atos presidenciais, criando-se Varas da Infância e Juventude, Vara Regional de Conflitos Agrários e Meio Ambiente, Vara de Execuções Penais, do Torcedor e Grandes Eventos e tantas outras, sem se preocupar com dotá-las de local para funcionamento, de servidores e de juiz. Na maioria das comarcas, o resultado dos decretos, portarias e leis são percebidas unicamente porque publicadas, mas a ação que deveria resultar de toda esse arcabouço jurídico não aconteceu. 

Em 2012, foram desativadas 41 comarcas; em 2014, foram agregadas 25 unidades e fechadas 28 varas judiciais. Alegou-se, para essa desrespeito à dignidade do cidadão, dificuldades orçamentárias, mas não se lembrou dessa motivação, quando, nos anos seguintes, instalou-se a Câmara do Oeste ou quando voltou-se a implantar 60 varas judiciais. A opção não se restringe a ser a favor ou contra a Câmara do Oeste, mas a favor ou contra mais desembargadores ou mais juízes. 

Houve substancial aumento no número de varas judiciais, com o sacrifício das comarcas em atividade há muitos anos, mas, como já se disse, não houve provimento dos cartórios com novos juízes, novos servidores e nova estrutura, continuando difícil o acesso do cidadão à Justiça. 

Quanto despropósito e quanta falta de continuidade na prestação dos serviços jurisdicionais! 

Nesse período, muitos juízes interromperam a carreira e deixaram a magistratura por vontade própria, por aposentadoria ou por outras motivações; de qualquer forma, desfalcaram o sistema, porque não apareceram substitutos para ocupar as vagas deixadas. A mesma situação ocorreu com o servidor e o resultado foi sobrecarregar juízes e servidores, acumulando duas e até cinco funções. 

Enquanto isso ocorre na 1ª instância, o quadro é diverso na segunda, porquanto os novos desembargadores não assumem suas funções sem um confortável gabinete, cercado de assessores. Mas o pior de tudo é que cada desembargador nomeado desfalca uma vara, porque sai um juiz, uma comarca, porque promovido, um cartório, porque é chamado um ou mais servidores para assessoria. 

Nesses dez últimos anos realizou-se apenas um concurso para juiz e outro para servidor, gerando um descompasso impressionante nas necessidades do quadro de uma e outra carreira: faltavam em torno de 300 juízes e 5 mil servidores; acrescente-se a estes números as 60 varas criadas, a redução com as aposentadorias, os pedidos de exonerações, as promoções de juiz para desembargador, as convocações de servidor para assessor, e poderá ser aferido o cenário altamente comprometedor nos quais estão inseridas as comarcas e varas. 

A defasagem de juízes nas varas e de servidores nos cartórios já era elevada e agigantou-se com a simples instalação das novas varas judiciais. Nomeou-se em torno de 100 juízes dos 300 reclamados, em 2013, 200 servidores em 2015, dos 5 mil demandados; assim, esses números aprofundam o caos do Judiciário da Bahia. 

Salvador, 13 de março de 2016.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

CONSELHEIRO SUSPENDE DECISÃO DO TRIBUNAL

Um juiz do Tribunal de Justiça de Minas Gerais ingressou com Procedimento de Controle Administrativo, no CNJ, alegando desrespeito à Resolução n. 106/2016, quando se discutia promoção por merecimento na Corte. Não havia critério objetivo, mas verdadeira “dança das notas”, diante da variedade da pontuação dos candidatos de uma para outra sessão do Órgão Especial do Tribunal. 

O Conselheiro Luiz Cláudio Silva Allemand, do CNJ, através de liminar, suspendeu decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que votava a lista tríplice para preenchimento do cargo de desembargador pelo critério de merecimento. O relator alicerça sua decisão: “... no tocante a avaliação realizada por diversos desembargadores quanto aos quesitos produtividade (aspecto quantitativo da prestação jurisdicional) e aperfeiçoamento técnico”.

sábado, 12 de março de 2016

PITORESCO NO JUDICIÁRIO (XL)

JUIZ PRENDE 46 PESSOAS
Um celular tocou durante um julgamento, onde estavam presentes 46 pessoas; o juiz Robert Pestaino, nos Estados Unidos, indagou de quem era o aparelho e ninguém se identificou; o magistrado ameaçou prender a todos se não aparecesse o responsável. Como isso ocorreu, todos os 46 cidadãos foram presos, mas o caso teve grande repercussão, houve liberação dos presos no mesmo dia e o juiz foi afastado do cargo. 

TRIBUNAL ALEMÃO NEGA SEXO COM ANIMAL
Um homem e uma mulher da Alemanha ingressaram na Corte com requerimento, questionando a criminalização da prática de sexo com animais; alegaram que sentiam atraídos pelo ato sexual com bichos e a proibição viola o “direito de autodeterminação sexual”. O Tribunal da cidade de Karlsruhe reuniu e negou o pedido, sob o fundamento de que a legislação proíbe, visando proteger o bem-estar dos animais e evitando que eles sejam vítimas de ataques sexuais. 

A lei alemã aplica a multa de até 25 mil euros para quem participar de atos considerados “antinaruais” com os animais. Lei de 1969 permitia essa prática desde que não houvesse maltratos significativos com os animais; ativistas dos direitos dos animais iniciaram movimento para revogação da lei e, em 2013, foi banida qualquer atividade contra a “natureza das espécies”. Um grupo de alemães pertencentes ao Engajamento Zoófilo pela Tolerância e Informação, ZETA, protestou contra, sob o argumento de que têm os animais como parceiros e os “forçavam a fazer nada”. 

PROCEDIMENTO EXCÊNTRICO DE PROMOTOR
Um promotor do Ceará responde a processo disciplinar, instaurado pela Corregedoria Nacional do Ministério Público, porque tem procedimentos excêntricos, a exemplo de dirigir carro com capacete, pedir a terceiros para provar sua comida e bebida, temendo ser envenenado, retirar as calças na cozinha do fórum para uma servidora consertar, além de outras condutas incompatíveis com o cargo que ocupa.

Na atividade diária, o promotor é moroso, falta às audiências designadas, dificulta a movimentação de procedimentos extrajudiciais, além de desobedecer às resoluções do Conselho Nacional do Ministério Público. 

AQUELE JUIZ É MEIO DOIDO
A advogada deixou escapulir numa petição, a expressão: 
“Verificar certinho se põe esse parágrafo, porque aquele juiz é meio doido”. 

O pior é que o requerimento caiu na mão do juiz que pediu explicações e a advogada ingressou com petição para dizer ao juiz que a frase foi redigida por um estagiário que usou o modelo de petição de outro profissional. Explica que não sabe quem é a referência de “meio doido”, e tece os maiores elogios ao magistrado. 

INTERROGATÓRIO.
Consta no livro “Desordem no Tribunal”.

Resposta à pergunta do juiz no interrogatório:
O juiz pergunta à parte autora:
Qual é a data do seu aniversário?
Resposta: 15 de julho.
Juiz – De que ano?
Autor - Todo ano.

Salvador, 12 de março de 2016.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

PROCURADORES DEIXARÃO EXECUTIVO

Segundo levantamento do G1, sete estados tem promotores e procuradores ocupando cargos de secretários de estado e prometem voltar ao MP para obedecer a decisão do STF que entendeu que membros do MP não podem exercer atividade no executivo, porque há flagrante violação à Constituição.

O promotor Alfredo Gaspar de Mendonça é secretario de Segurança Pública de Alagoas; em Santa Catarina e Tocantins, membros do MP exercem o cargo de secretario de Segurança Pública; o procurador Sócrates de Souza é corregedor geral do estado do Espírito Santo, juntamente com mais dois integrante do MP que deixarão os cargos no executivo. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são dois em cada estado integrantes do MP, acumulando funções no executivo; no Rio Grande do Sul, um promotor é secretario da Justiça e Direitos Humanos.