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sábado, 19 de novembro de 2016

AS AMABILIDADES DOS MINISTROS!

Os ministros do STF, de uns tempos para cá, têm tido postura, no mínimo inconveniente; a conduta deles provocou alguns pedidos de impeachment no Senado Federal contra este ou aquele integrante da Corte. Além da apresentação criticada por muitos operadores do direito, soma-se o desentendimento entre eles no ambiente de trabalho, na Corte. 

O ex-ministro Eros Grau já disse que: “O Supremo é um ninho de vaidades e de pouca lealdade”. 

A discórdia é ácida na mais alta Corte de Justiça! 

Por ocasião do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, no Senado, o ministro Gilmar Mendes censurou com palavras árduas seu colega, Ricardo Lewandowski; assegurou que o “fatiamento” do impeachment era “vergonhosa” e mais: disse que “um presidente do Supremo não deveria participar de manobras ou de conciliabos”. 

Esse debates, que não são nada jurídicos, entre esses dois ministros, repetem-se com certa frequência; ainda no dia seguinte à Proclamação da República, os dois trocaram farpas e um chegou a pedir ao outro para esquecer dele. 

Em dezembro/2015, travou-se novo bafafá sobre a falta de vagas no sistema prisional; em dado momento, o ministro Gilmar Mendes disse para o presidente Ricardo Lewandowski: “Não sou de São Bernardo, não faço fraude eleitoral”. O bate-boca provocou a suspensão da sessão.

Em agosto/2013, o ministro Joaquim Barbosa acusou o ministro Ricardo Lewandowski de criador de “chicanas” para retardar julgamentos. 

O ministro Joaquim Barbosa na vice-presidência da Corte definiu o ex-presidente Cesar Peluso com os adjetivos: “ridículo”, “tirânico”, “desleal”, “caipira”, “brega”, “pequeno” e “cooporativista”. Peluso costuma julgar fora dos autos, segundo Barbosa; Peluso conceituou o colega como “temperamental” e “inseguro”. 

Em abril/2009, na discussão de um Embargo de Declaração da Procuradoria, o ministro Joaquim Barbosa manifestou-se contra a posição do presidente Gilmar Mendes, inaugurando aí outra altercação entre os dois; o presidente dizia que o ministro Barbosa não tinha condições “de dar lição de moral”; a resposta foi de que “Vossa Excelência está destruindo a justiça deste país” e “Vossa Excelência se dirige a mim, não está falando com seus capangas no Mato Grosso, ministro Gilmar”. 

Os debates desta natureza ocorrem nas sessões de julgamento e os xingamentos chegam aos brasileiros, através da TV Justiça. Quando o bate-boca torna-se mais incisivo, o presidente, que dirige os trabalhos, suspende a sessão para apaziguar o ambiente. 

O professor de Direito Constitucional, Hübner Mendes, disse que “a sessão de julgamento do Supremo é geralmente uma farsa, um teatro contraproducente”.

O ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente no governo de Itamar Franco, 1992/1994, Rubens Ricupero, em entrevista à Consultor Jurídico, fez severas críticas aos ministros do STF. 

Assegurou o ex-ministro: “…Pessoas que se expõem, como esses ministros – falando, gesticulando, mostrando egos superdimensionados -, na verdade, se diminuem aos olhos da população. O Supremo Tribunal Federal pode ser que não tenha sido melhor no passado, mas as pessoas não sabiam. Hoje em dia elas sabem”. 

Prosseguiu o ex-ministro: “O que tem por aí, em geral é triste. A imensa maioria é formada de pessoas que se pavoneiam com uma vaidade absurda e não são capazes de manter um comportamento como um magistrado deveria ter, de discrição. O contraste com a Suprema Corte americana é chocante. Não garanto que os juízes da Suprema Corte americana sejam melhores do que os nossos, mas ninguém sabe. Porque eles se portam publicamente com muita discrição”. 

Tramita no Congresso Nacional Projeto de Lei que proíbe a TV Justiça de transmitir as sessões do STF e dos tribunais superiores. As proibições valerão também para a Rádio Justiça. O Projeto já foi aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e segue para a Comissão de Constituição e Justiça. 

Na justificativa diz o relator: “Não interessa à sociedade, nem guarda qualquer compatibilidade com a natureza técnica que se requer dos julgados, a midialização de julgamentos em que se expõe a vida, a família, a história e o futuro de pessoas que sequer foram consideradas culpadas”. 

Soma-se às motivações técnicas, a razão ética que o brasileiro acostumou a ver e ouvir: um ministro xingando o outro e levando para os lares dos brasileiros imagens que supunham ocorrer somente no Congresso Nacional. 

Salvador, 19 de novembro de 2016.

Antonio Pessoa Cardoso.
Pessoa Cardoso Advogados.

MULHER TRAÍDA RECEBE INDENIZAÇÃO

Uma técnica em enfermagem casou-se em dezembro/2009, mas logo depois soube que o marido mantinha relacionamento com outra mulher. Houve a separação, dez dias depois da cerimônia, e o marido saiu de casa para viver com a amante, levando televisão, rack, sofá e cama.

A enfermeira ingressou com ação reclamando danos morais e materiais contra os dois; a amante alegou ilegitimidade passiva e o marido juntou documentos para provar que ele custeou as despesas do casamento. 

O juiz julgou procedente o pedido, condenando na indenização de R$ 50 mil por danos morais, mais R$ 11 mil por danos materiais; afastou a ilegitimidade passiva, sob o fundamento de que “os requeridos agiram de forma traiçoeira, posto que esconderam de todos o relacionamento”. O magistrado assegurou que a amante “foi a principal culpada pelo fim do relacionamento e na própria audiência demonstrou vanglória e cinismo, enquanto a ex-mulher chorava”.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

LAVA JATO QUER TURMA DA TOGA


As negociações com a Odebrecht prolongam-se bastante porque a força tarefa da Lava Jato quer descobrir eventuais participações de magistrados e membros do Ministério Público na corrupção. Os investigadores têm dúvidas sobre blindagem de figuras importantes do Judiciário. A informação é da Revista Veja on-line.

JATAHY VAI PARA ELEITORAL

O desembargador Edmilson Jatahy Fonseca foi eleito, na sessão de hoje do Pleno do Tribunal de Justiça, para ocupar a vaga de juiz efetivo do Tribunal Regional Eleitoral. O atual ocupante, desembargador Mario Hirs tentou reeleger-se, mas perdeu por 25 votos contra 31 a favor do desembargador Jatahy.

Logo após a eleição, o desembargador Jatahy, que tomará posse em janeiro, agradeceu e prometeu não concorrer à reeleição para dar oportunidade a outros colegas no Eleitoral. Em janeiro haverá eleição para a presidência do TRE.

CNJ: 91 TRIBUNAIS REUNIDOS

O Conselho Nacional de Justiça promoverá entre os dias 5 e 6 de dezembro o 10º Encontro Nacional do Poder Judiciário, reunindo 91 Tribunais do Brasil, no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília. O evento destina-se a traçar as metas do Poder Judiciário para o ano de 2017.

No Encontro será divulgado o desempenho dos Tribunais no cumprimento das metas de 2016, além da avaliação da Estratégia Nacional do Poder Judiciário, oportunidade que serão distribuídos o Selo Justiça em Números, reconhecimento aos Tribunais que investem na excelência da produção, gestão, organização e disseminação das informações administrativas e processuais.

ADVOGADO É CONDENADO E PRESO

O advogado criminalista Eduardo Antônio Miguel Elias, da cidade de Santos/SP, foi preso ontem por policiais das Rondas Ostensivas com o Apoio de Motocicletas. Ele foi condenados a 5 anos, 3 meses e 16 dias de prisão por apropriar indevidamente de bens e valores de um cliente. 

A pena inicial foi de regime aberto, mas o Ministério Público recorreu e a 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo alterou para regime semiaberto. Foi pedida a prisão do advogado e a juíza Lívia Maria de Oliveira Costa expediu o mandado. A informação é do jornal A Tribuna.

JUIZADOS ESPECIAIS NÃO REFLETEM IDEAL DE SUA CRIAÇÃO

O corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, declarou que os Juizados Especiais não correspondem mais às expectativas da Lei n. 9.099/95. Essa manifestação deu-se em palestra que proferiu, ontem, 17/11, na abertura da 40ª edição do Fórum Nacional dos Juizados Especiais, FONAJE, realizada em Brasília, na sede do STJ.

O evento foi promovido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, com apoio do STJ, da Associação dos Magistrados Brasileiros, AMB, da Associação dos Magistrados do Distrito Federal, AMAGIS/DF, e destina-se a buscar soluções para melhorar o sistema dos Juizados Especiais.

A JUSTIÇA EM NÚMEROS XII

JUSTIÇA ELEITORAL

A Justiça Eleitoral, criada pelo Código Eleitoral de 1932 e regida atualmente pelo Código Eleitoral de 1965, é de cunho federal e competente para organizar, realizar as eleições e julgar demandas eleitorais. 

A Justiça Eleitoral é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral, TSE, mais um Tribunal Regional, TRE, em cada capital de estado, inclusive no Distrito Federal. Os juízes eleitorais assumem a condição de Justiça de 1º grau nas zonas eleitorais. 

É a única Justiça que não possui quadro próprio, mas serve-se dos juízes estaduais e federais para compô-la. Uma ou mais Comarcas formam as Zonas Eleitorais, em cada uma das quais tem um juiz eleitoral. As Juntas Eleitorais são compostas somente no período de eleição e constituída por um juiz, mais dois ou cinco cidadãos, eleitores na Zona. 

O 2º grau é composto por dois desembargadores do Tribunal de Justiça, dois juízes de direito, um juiz do Tribunal Regional Federal e dois advogados. Essa composição é renovada a cada dois anos. 

A classificação dos Tribunais Regionais Eleitorais obedecem a distribuição de grande, médio e pequeno portes. Merece destaque o posicionamento do TRE da Bahia entre os de grande porte, por ser o único da região do Nordeste a se enquadrar nessa classificação.

São 27 Tribunais Regionais Eleitorais, com 3.039 zonas eleitorais, localizadas em 2.286 municípios-sede, que atendem aos 5.570 municípios brasileiros. A Bahia tem 205 zonas eleitorais, alcançando 168 municípios, penúltima entre os Tribunais de grande porte. 

No Distrito Federal e São Paulo estão localizadas as maiores concentrações de habitantes por zona eleitoral, os únicos que tem mais de 100 mil. 

DESPESAS

No ano de 2015, as despesas totais da Justiça Eleitoral foi de aproximadamente R$ 4.6 bilhões, com redução de 13,5%, em relação ao ano de 2014, equivalendo a R$ 22,39 por habitante; somado os valores da Justiça Estadual, da Federal, da Trabalhista e da Eleitoral, cada habitante despende o valor de R$ 370,58 para funcionamentos desses segmentos do Judiciário.

Os gastos com recursos humanos representam 89,3% da despesa total. O custo com os promotores está incluído nas despesas com magistrados. O maior gasto médio por magistrado, dentre as Zonas de grande porte, registrou-se no Rio Grande do Sul, 9.071, e o menor na Bahia, 8.289; por servidor, Paraná, com 18.089, e o menor São Paulo com 8.591.

A força de trabalho na Justiça Eleitoral é de 33.694, dos quais 3.199 são magistrados, 20.442 são servidores efetivos, requisitados e comissionados e 10.053 são auxiliares. 

No 2º grau estão 190 magistrados, 1.709 servidores na área judiciária e 7.252 na administrativa. 

No 1º grau estão 3.009 magistrados, 11.481 servidores na área judiciária. 

Existe na Justiça Eleitoral 432 cargos criados por lei e ainda não providos. 

NÚMERO DE PROCESSOS E PRODUTIVIDADE

A Justiça Eleitoral finalizou o ano de 2015 com 80.617 processos em tramitação. Diferentemente do que se verifica nos outros segmentos do Judiciário, a Justiça Eleitoral tem estoque inferior ao de casos novos e de casos baixados e o pico da litigiosidade situa-se sempre no período de eleições. 

O número de casos novos no ano de 2015 foi de 103.087 processos. A litigiosidade na Justiça Eleitoral é predominantemente de não-criminal. Contou-se 58 mil casos pendentes na fase de conhecimento de 1º grau e 10.674 no 2º grau. 

O índice de produtividade dos magistrados aponta para 66 no TRE/RS e o menor, 14, do TRE/MG; a Bahia situa-se na 2ª posição com 57. Nas unidades de médio porte, o maior índice é do TRE/MA com
51 e o pior é do TR/PB e Goiás, ambos com 12; nas unidades de pequeno porte, Distrito Federal tem o índice de 198 e o TRE/AL o pior com 20.

A Justiça Eleitoral concentra no 1º grau de jurisdição 74% dos processos ingressados no último triênio, tendo 87% dos servidores lotados na area judiciária e 62% nas funções comissionadas. Não há cargos em comissão no 1º grau, porque são alocados na área administrativa. 

O tempo médio de tramitação dos processos na Justiça Eleitoral é de 7 meses para sentença, no TRE; 1 ano e 1 mês para baixa; e 3 anos de pendência; no 1º grau: 10 meses, 1 ano e 3 meses para tempo de baixa e 1 ano e 11 meses para tempo de pendência. 

JUSTUÇA CRIMINAL

Violadas as regras de conduta, o Estado aplica as sanções civis ou penais. 

No ano de 2015 ingressaram na Justiça Eleitoral 3.074 casos novos criminais, sendo 2.204 no 1º grau e 870 no 2º grau. O percentual de 62,5% dos casos no 2º grau são de forma recursal. 

Havia no final de 2015, na Justiça Eleitoral, 9.191 processos, dos quais 8.678 pendentes na fase de conhecimento de 1º grau e 513 no 2º grau. 

Salvador, 18 de novembro de 2016

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

BOLSA FAMÍLIA PARA EMPRESÁRIOS

O Ministério Público Federal constatou, através do Projeto Raio-X, a existência de quase 2 mil empresários da cidade de Feira de Santana, que recebem o Bolsa Família, no total de R$ 7 milhões. Verificou-se ainda que constam como beneficiados 47 pessoas falecidas e 488 servidores públicos.

Foram idenficadas 2.536 famílias que recebiam o Bolsa Familia, irregularmente. O Ministério Público Federal acionou a Prefeitura para apurar as anormalidades constatadas e informou que foram pagos, no município, R$ 228.759.993,00, sendo que R$ 8.852.814,00 não faziam jus ao benefício.

DECRETO DE EXONERAÇÃO


A presidente do Tribunal de Justiça da Bahia assinou decreto publicado hoje, considerando exonerado, a pedido, o servidor MATHEUS POLLI AZEVEDO, Subescrivão da Comarca de Salvador.