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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

JACOBINA: OAB PEDE SERVIDORES E JUIZ

A OAB, subseção de Jacobina, através da presidente bela. Marilda Miranda pediu ao Tribunal de Justiça providências para nomeação de juiz e servidores para a 3ª Vara Cível e estruturação do 2º Juizado Especial. Os advogados de Jacobina relatam a precariedade dos cartórios extrajudicias da Comarca. 

Jacobina é formada por 7 (sete) municípios mais 6 (seis) distritos e somente a sede recebeu uma delegatária, continuando quase todos os Cartórios com escreventes que não foram preparados nem fizeram concurso para essa atividade. 

Há cartórios extrajudiciais de Registro Civil, distantes dos moradores mais de 100 quilômetros; é o que ocorre com o Cartório de Registro Civil com funções Notariais do município de Umburanas, distante 110 quilômetros de Jacobina, está sob a responsabilidade de um servidor; Ourolândia, município pertencente à Comarca; o cidadão tem de deslocar-se 80 quilômetros para buscar uma simples certidão, ou para fazer um registro de nascimento, de óbito, de casamento e outras anotações no Registro Civil na sede.

E essa situação perdura através do tempo, pois desde 2013, a Corregedoria das Comarcas do Interior comunicou o cenário da unidade para a presidência do tribunal e para o CNJ. Não houve nenhuma providência. 

Vejam no Blog de março/2015 a situação da Comarca de Jacobina.

CONCURSADOS HÁ 23 ANOS SÃO CHAMADOS

Candidatos aprovados para a Polícia Civil do Espírito Santo, no concurso, realizado em 1993, são convocados para iniciar a atividade de investigador e outras funções. Foram aprovados 1.200 candidatos para 305 vagas; lei posterior aumentou para 812.

As primeiras nomeações só sairam cinco anos depois, em 1998. Muitos candidatos aprovados ingressaram com medidas judiciais e eram nomeados; assim cresceram os aprovados que buscaram nomeações através do Judiciário. O último chamamento de 56 aprovados aconteceu em dezembro.

ARROMBADO BALCÃO DA JUSTIÇA EM JAGUAQUARA

O ano não começou bem para os fóruns do interior. Depois de Entre Rios, o Balcão de Justiça e Cidadania da Comarca de Jaguaquara, que fica ao lada da Câmara de Vereadores, foi arrombado, na madrugada da terça feira, 3/1, e os bandidos levaram notebook e equipamentos que encontraram no local.

Serrolândia, Comarca desativada e pertencente hoje a Jacobina, também teve a visita indesejável de bandidos, que reviraram autos de processos e papelada, deixando tudo pelo chão dos cartórios.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

PRESÍDIOS ENTREGUES AOS CRIMINOSOS

O presidente da OAB, Cláudio Lamachia, depois da rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, soltou Nota, assegurando que os presídios estão sob o controle de facções criminosas e o governo precisa recuperar a direção dessas unidades. 

O motim terminou com mais de 50 presos mortos.

DECRETO ENTREGA CHAVE DA CIDADE A DEUS

O Prefeito da cidade de Guanambi/Ba baixou o Decreto n. 1/2017, “Entrega da Chave da Cidade ao Senhor Jesus Cristo”. O ato mereceu atenção de praticantes de outras religiões e o Ministério Público estuda o ingresso de ação de inconstitucionalidade. O Decreto tem o seguinte teor: 

“Eu, Jairo Silveira Magalhães, Prefeito de Guanambi, designado por Deus, eleito pelo voto popular para gestão de 2017/2020, decreto a entrega da chave deste município de Guanambi a Deus”.

“Declaro que esta cidade pertence a Deus e que todos os setores da Prefeitura Municipal estarão sobre a cobertura do Altíssimo”.

"Declara ainda, que todos os Principados, Potestades, Governadores deste mundo tenebroso, e as forças espirituais do mal, nesta cidade, estarão sujeitas ao Senhor Jesus Cristo de Nazaré”.

“Cancelo em o nome de Jesus, todos os pactos realizados com qualquer outro Deus ou entidades espirituais”. 

“E a minha palavra é irrevogável”! 

Datado de 2/1/2017 e assinado pelo Prefeito.

FÓRUM ARROMBADO

O fórum da Comarca de Entre Rios foi arrombado na madrugada da segunda feira. Os servidores, quando chegaram ao fórum, notaram a papelada e processos jogados no chão.

No início de dezembro, o fórum da Comarca de Serrolândia passou pelo mesmo problema. Os bandidos levaram documentos e armas apeendidas. Serrolândia foi uma das Comarcas desativadas, hoje pertencente a Jacobina.

A Polícia está apurando, mas não se sabe o que foi levado do fórum. O SINPOJUD levou à Corregedoria das Comarcas do Interior o problema que vivem os servidores no interior, sem a mínima segurança nos fóruns. 

ASSOCIAÇÃO VAI AO STF: EXTRAJUDICIAIS DA BAHIA

A Associação Nacional de Defesa dos Concursos de Cartório, ANDECC, ingressou no STF com Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, questionando a suspensão da audiência de escolha dos Cartórios pelos aprovados no Concurso para as Serventias Extrajudiciais da Bahia, marcado para os dias 11, 12 e 13 de janeiro. 

A entidade alega que há um choque de decisões, porquanto o CNJ determinou a imediata audiência, para finalizar o concurso iniciado há mais de três anos, enquanto a liminar suspendeu a referida audiência.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

REBELIÃO EM MANAUS

Rebelião entre presos, no complexo Penitenciário Anisio Jobim, localizado no Km 8 da BR-174, em Manaus, iniciada ontem, com duração de 17 horas, causou a morte de ao menos 50 presos, incluindo alguns que foram decapitados. 

Há superlotação no presídio, mas a rebelião deu-se por briga entre as facções criminosas “Familia do Norte” e o outro grupo pertencente ao “PCC”. Em função do motim, o Secretário de Segurança Pública do Estado diz que esta foi a maior fuga de presos registrada no Estado. 

Funcionários que estavam como reféns foram liberados na manhã de hoje, 2/1, sem ferimentos.

O JUDICIÁRIO EM 2016

O Judiciário apareceu, verdadeiramente, nesse ano que terminou, como protagonista dos entreveros registrados na República, entre os poderes e com os corruptos, usando em larga escala, pela primeira vez, a Delação premiada; o ativismo judicial direcionou-se para atender muitas injunções políticas. Os pronunciamentos originados do Plenário do STF geraram muita polêmica para o mundo jurídico. Houve envolvimento dos ministros em desentendimentos e xingamentos, que extrapolou o ambiente de trabalho, e surpreendeu os brasileiros que assistiam pela televisão à “baixaria” na Corte, que se imaginava ser patenteada pelo Congresso Nacional. 

A decisão que admite a prisão do condenado, logo após o julgamento em 2ª instância, foi bastante comemorada por uns e criticada por outros. Alega-se violação ao princípio da presunção constitucional da inocência, sem se perceber que a invocação deste preceito serviu em toda a história para premiar os poderosos, livrando-os da cadeia e trancafiando os pobres. Os advogados bem pagos usavam de todos os recursos legais ou procrastinatórios para perenizar o transito em julgado e assim retardar o cumprimento da prisão até que se obtinha a prescrição do crime.

A permissão para a Receita Federal violar o sigilo bancário e fiscal de qualquer cidadão observou mais a arrecadação que o direito da intimidade do indivíduo. 

A inconstitucionalidade da desaposentação ceifou o sonho de aposentados que buscavam novo trabalho na luta inglória de melhorar os parcos ganhos da aposentadoria original. 

A respeitabilidade do STF foi arranhada em alguns momentos: o presidente do Senado, juntamente com a mesa diretora da Casa, resolveram desafiar liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio, para afastar Renan Calheiros, porque na linha sucessória e réu em processo judicial; houve um reboliço entre os poderes, mas o Plenário “fatiou” a decisão, permitindo a continuidade da presidência do Senado, sem poder assumir a presidência da República, na linha sucessória; outro argumento para revogação da liminar foi o choque entre os poderes. Antes disso, os senadores, sob a liderança de Renan Calheiros, manifestaram que só cumpririam a liminar depois de apreciada pelo Plenário do STF. Ainda dentro desse cenário, o presidente do Senado, em casa, mandou avisar ao Oficial de Justiça que não estava no local, a fim de não receber a intimação. 

O descaso do presidente do Senado, logo depois, foi seguido por prática semelhante pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que também prometeu cumprir decisão do ministro Luiz Fux, anulando votação do desvirtuamento do Projeto de iniciativa popular, denominado de “10 medidas de combate à corrupção”, somente depois de decisão do Plenário do STF, que ocorrerá em fevereiro/2017, quando acabam as férias dos ministros. 

O STF, em decisão inesperada, depois de cinco meses, resolve afastar o deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara, mantendo seu mandato de deputado federal. A versão foi que o ministro Teori Zavascki esperou a conclusão do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff para decidir. Poucos meses depois, o poderoso Eduardo Cunha é preso e cassado seu mandato. 

O ministro Teori Zavascki determina abertura de inquérito contra Dilma e Lula, por tentativa de obstrução à Justiça; no mesmo inquérito, estão os ministros do STJ, Francisco Falcão e Marcelo Navarro. Mas os processos não andam, porque tramitam no STF, diante do foro especial por prerrogativa de função. 

O posicionamento e o trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público e dos juízes, sobressaindo o bacharel Sergio Moro, da Justiça Federal, mostrou ao mundo o vigor do combate à corrupção, e mereceu destaque dentro da Operação Lava-Jato, que está apurando e punindo empresários e políticos, responsáveis pelo maior esquema de corrupção de todo o planeta. 

Os poderosos, os endinheirados e os políticos influentes não se deram bem nesse ano de 2016, porquanto muitos foram trancafiados, no cometimento de crimes, que, antes praticavam sem maiores repercussões, em suas vidas. Foi a demonstração inequívoca de que o dinheiro e o poder, em 2016, perderam feio para o direito. 

As prisões, pela primeira vez, de um senador da República, juntamente com o encarceramento de governadores, deputados só aconteceram dadas as decisões dos juízes de 1ª instância: assim Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados continua preso; o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro e sua esposa permanecem na cadeia; um dos homens mais ricos do país, ex-diretor da Odebrecht está preso, assim como o ex-ministro da Fazenda Palocci e muitos outros. 

A Audiência de Custódia, implementada no ano de 2016, apesar dos questionamentos aos quais foi submetida, presta-se para diminuir as prisões arbitrárias, principalmente contra os mais pobres. A prisão deve ser seguida da apresentação do preso, nas vinte e quatro horas seguintes, para que o magistrado aprecie sobre sua legalidade. 

O presidente do STF, na direção da sessão do Senado Federal, que terminou em 31/08/2016, condenou a ex-presidente Dilma Rousseff pelo crime de responsabilidade, retirando seu mandado; em segunda votação, manteve seus direitos politicos, providência incompreensível e violadora da Constituição Federal. Foi o fenômeno denominado de “fatiamento”, criado pelo então presidente do STF e da Comissão do Impeachment no Senado. 

A mudança na direção do STF e no CNJ significou esperança em novos caminhos, encerrando o clico de corporativismo instalado pelo ministro Ricardo Lewandowski, nos dois anos de sua administração. Uma das promessas da nova presidente, ministra Cármen Lúcia, foi a de implementar a pauta real nos julgamentos, evitando a queixa dos advogados com os sucessivos adiamentos dos processos pautados, medida que força os advogados a deslocar de suas cidades para Brasília e não obter resultado nem nova data para julgamento. 

A ministra Laurita Vaz é empossada como primeira presidente mulher do STJ.

O STJ reune-se e decide como data inicial para vigência do Código de Processo Civil o dia 18 de março.

O Código de Processo Civil, antes mesmo de completar um ano, passa pela primeira alteração, através da Lei n. 13.363/2016.

Salvador, 02 de janeiro de 2017.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

MINISTRO É PAI FORA DO CASAMENTO

A juiza Carolina Tupinambá vai ingressar com ação judicial de Investigação de Paternidade contra o ministro Luiz Fux, porque o pai de seu filho, de 4 anos, é o ministro Luiz Fux, que não assumiu a paternidade. 

A juíza do Trabalho é membro da Academia Brasileira de Direito do Trabalho e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A informação é da revista VEJA.