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terça-feira, 30 de maio de 2017

TST INDEFERE DEPOIMENTO DE TESTEMUNHA E PREPOSTA

O Tribunal Superior do Trabalho negou provimento a agravo de instrumento, requerido pela Bombril S/A, que questionou decisão do juízo da 33ª Vara do Trabalho, em Belo Horizonte/MG, porque indeferiu o depoimento de testemunha da empresa em reclamação de um vendedor que atuou como preposto em outro processo.

O vendedor trabalhou na empresa no período 1986 a 2008 e requereu diferenças salariais relativas a metas de vendas em campanhas promocionais. O julgador de piso entendeu que, por ter sido preposto na 14ª Vara, retirava “a isenção de ânimo necessária a atribuir plena credibilidade a seu depoimento”.

MENOS SERVIDORES (3)

Decretos Judiciários publicados no Diário Oficial Eletrônico de hoje, 30/05, concedem aposentadorias voluntárias e por invalidez aos servidores abaixo:

BRUNNO CHRISTIANO SILVA SANT”ANA, Oficial de Justiça Avaliador da Comarca de Salvador. Proventos de R$ 6.554,84. Aposentadoria por Invalidez permanente qualificada, com efeito retroativo a 5/9/2016. 

CECÍLIA ALVES CAVALCANTI NAPOLI LAMEGO, Técnica Judiciária da Comarca de Vitória da Conquista. Proventos R$ 21.939,88. Aposentadoria voluntária.

CLAUDIA DOS SANTOS CERQUEIRA, Escrevente da Comarca de Santo Amaro. Proventos R$ 14.052,91. Aposentadoria voluntária. 

Fica a gratidão dos jurisdicionados das Comarcas onde vocês serviram; que tenham nova vida com saúde.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

JOÃO VACCARI VIRA RÉU EM BRASÍLA

O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, virou réu mais uma vez, com o acolhimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público e recebida pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Ex-diretores da Fundação dos Economiários Federais, Funcef, e empresários ligados a Engevix também foram enquadrados nos crimes de gestão fraudulenta e temerária, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, causador de prejuízos no montante de R$ 402 milhões, na Operação Greenfield. Vaccari está preso em Curitiba, pela Operação Lava Jato.

DALLARI QUESTIONA OAB SOBRE IMPEACHMENT

O advogado Adilson Dallari está questionando a OAB sobre o pedido de impeachment do presidente Michel Temer, por crime de responsabilidade. Em ofício, Dallari, que é dirigente do Conselho Federal, assegura que ficou “inconformado” com a pressa para o protocolo do impeachment. Alega que a medida é grave e exige cuidado e seriedade diante das consequências. Afirma que “não comporta açodamento ou leviandade”. 

O Conselho aprovou o pedido no dia 20/05, logo após a divulgação da gravação feita pelo empresário Joesley Batista e o protocolo do impeachment deu-se apenas cinco dias depois. Dallari pede várias informações, entre as quais o tempo de tramitação no OAB do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff.

OITO CANDIDATOS NA VAGA DE JANOT

Já se habilitaram à Procuradoria-Geral da República, na vaga de Rodrigo Janot, que não pleiteará o cargo, pela terceira, vez, oito candidatos; continuam abertas as inscrições, até 26/06, para a escolha de três nomes que serão remetidos à Presidência da República para escolha de um que substituirá Rodrigo Janot. 

Três candidatos são veteranos na disputa: Carlos Frederico Santos, Mario Luiz Bonsaglia e Raquel Elias Ferreira Dodge. A Associação Nacional dos Procuradores da República marcou o 1º debate entre os candidatos para hoje.

MANIFESTAÇÃO DOS SINDICATOS: R$ 2.3 MILHÕES

Fogo nos Ministérios
A manifestação, convocada pelos sindicatos, realizada na quarta feira, 24/05, em Brasília, causou ao país danos no montante de R$ 2.3 milhões. Os prédios de oito ministérios, além da catedral de Brasília, foram alvos de vandalismo, sendo que três deles, os da Agricultura, do Meio Ambiente e do Planejamento tiveram focos de incêndios. Os manifestantes marcharam com os gritos de eleições diretas e paralisação das reformas da previdência e trabalhista. 

O presidente Michel Temer acionou as Forças Armadas para Garantia da Lei e da Ordem e somente com sua intervenção, os manifestantes foram contidos, depois dos grandes danos. No dia seguinte, o ato presidencial foi revogado, diante da tranquilidade em Brasília. 

O ministro da Defesa, Raul Jugman, disse que a manifestação “degringolou para violência, vandalismo e agressão

OAB NÃO APURA CRIMES DE ADVOGADOS



A delação do empresário Joesley Batista implica, com documentos, mais de 200 escritórios de advocacia, no crime de lavagem de dinheiro. Evidentemente a maioria deles são de grandes bancas; estranha-se o fato de a OAB não se manifestar sobre os crimes cometidos, mas cuidou de, apressadamente, ingressar com o Impeachment do presidente Michel Temer.

LEGISLATIVO FAZ LEIS INCONSTITUCIONAIS

O Legislativo é o poder encarregado de fazer as leis do país; todavia, essa atividade não tem sido executada como devia. Os legisladores sabem brigar, corromper e serem corrompidos, mas as leis ou são mal feitas ou há espaço para revogar as quase 200 mil leis do país. 

A Revista Anuário da Justiça do Brasil 2017, traz informações sobre o número de leis questionadas pela sua constitucionalidade e julgadas pelo STF, no ano de 2016. De 62 arguições de Inconstitucionalidade, 41 foram julgadas em desconformidade com a Constituição Federal. 

Tramitam no STF 1700 ADIs; das 68 ADIs julgadas em 2016, foram procedentes 40, ou seja, inconstitucionais; outras 53 ADIs foram extintas, por ilegitimidade de parte ou perda do objeto. A OAB questionou uma lei do Pará que concedia subsídios variáveis aos deputados por participação em sessões extraordinárias e obteve êxito.

domingo, 28 de maio de 2017

A JUSTIÇA DO TRABALHO E OS ABUSOS

A Justiça do Trabalho foi criada em 1941 e desde então foram catalogados 87 milhões de processos; no ano de 2016, registrou-se 3.3 milhões de reclamações, segundo levantamento do ex-ministro do Trabalho, Almir Pazianotto. Os Estados Unidos, com mão de obra maior que o Brasil, 50% a mais, foram protocoladas 135 mil reclamações, no ano de 2015. 

Já questionamos a manutenção da Justiça do Trabalho no Judiciário federal; admite-se, como especialização da Justiça Estadual, pois não se entende interesse da União na solução de litígios trabalhistas, envolvendo, por exemplo, uma doméstica e sua patroa ou um comerciário e seu patrão. Onde o interesse da União? O exercício da cidadania, a pacificação social e a segurança jurídica inserem no objetivo também da Justiça Comum. 

A maioria dos países resolve os desentendimentos entre empregadores e empregados através da Justiça Comum ou por meios alternativos. É o que acontece, por exemplo, com os Estados Unidos, Itália, França, Chile e tantos outros países, onde não existe Justiça Trabalhista, nos moldes da brasileira. 

Um dos motivos apontados para a tramitação de tantas reclamações situa-se na ineficácia de rescisões trabalhistas, através do próprio sindicato, vez que, posteriormente, advogados ou partes mal intencionadas usam a Justiça do Trabalho como um ninho da indecência, quando propõem ações trabalhistas, questionando verbas já pagas ou inexistentes; usam a falsidade testemunhal, devidamente instruída. Para complicar, a Justiça admite o testemunho de um empregado que foi demitido e que tem reclamação contra aquela mesma empresa que um seu colega acionou. Há uma troca de favores: um presta depoimento na ação do outro e vice-versa, contra a mesma Reclamada. Diante deste quadro, as empresas demitem, nada pagam e esperam a Reclamação para acertar a rescisão, causando um grande volume de Reclamações. 

É comum o Reclamante pleitear verbas trabalhistas e ou rescisórias já pagas, por ocasião da Rescisão do contrato, em verdadeiro oportunismo e achincalhe à Justiça; os advogados enumeram inúmeros pedidos de condenação, muitos itens inventados. Os procuradores que procedem de má fé, incluindo pedidos não apontados pelo Reclamante, são punidos por alguns juízes; outros magistrados oficiam à OAB para abertura de processo disciplinar, ao Ministério Público e à Polícia Federal. Da mesma forma, Reclamantes que agem, imbuidos de má fé, são condenados por litigância de má fé: a 89ª Vara de São Paulo, em 2009, condenou uma trabalhadora que cobrava verbas trabalhistas após a rescisão do contrato; em Mauá/SP, um ex-funcionário de uma indústria requereu horas extras; na audiência que o advogado não compareceu, o Reclamante assegurou que não fazia horas extras e assim falou com seu advogado; em Nova Hamburgo/RS, o juiz condenou o advogado a pagar multa e indenização, porque ajuizou Reclamação, sem anuência da parte; em Salvador, a juíza Viviane Christine Martins Ferreira Habib, da 36ª Vara do Trabalho, condenou um advogado e a trabalhadora por litigância de má fé; o advogado criou um “roteiro de respostas” para as testemunhas. A punição, aos maus advogados e partes, entretanto, não tem sido a regra, mas exceção.

Segundo dados do CNJ, na Justiça em Números, as despesas que a estrutura da Justiça do Trabalho ocasionou aos cofres públicos, em 2015, situou-se no valor de R$ 16.5 bilhões, enquanto a Justiça Comum, existente em todos os Estados e na grande maioria dos municípios, diferentemente da Justiça do Trabalho, despendeu R$ 44.7 bilhões e a Justiça Federal, R$ 10 bilhões.

Pelo número de servidores, força de trabalho no TST, que comporta 24 regiões da Justiça nos estados, constata-se que há uma disponibilidade de 138,67 servidores para cada ministro. 

Enquanto o custo médio de cada processo nos tribunais estaduais é de R$ 458,00, na Justiça Federal, R$ 675,00 e na Justiça do Trabalho o custo médio avança para R$ 1.700,00, quase quatro vezes o custo da Justiça Estadual. 

Salvador, 28 de maio de 2017

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

J$F OFERECE R$ 8 BILHÕES AO MPF


O grupo J&F já fez cinco ofertas para o acordo de leniência com o Ministério Público Federal que pediu R$ 11 bilhões; a primeira proposta do grupo foi de R$ 700 milhões, depois R$ 1 bilhão, R$ 1.4 bilhão; a penúltima oferta de R$ 4 bilhões e a última, R$ 8 bilhões; nenhuma foi aceita pelo Ministério Público Federal que insiste nos R$ 11 bilhões.