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domingo, 20 de agosto de 2017

GILMAR CHAMA PROCURADORES DE TRÊFEGOS

Depois que o ministro Gilmar Mendes, do STF, mandou soltar o empresário Jacob Barata Filho, o ex-presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio e de mais quatro suspeitos do esquema de propina de empresas de ônibus, os procuradores levantaram sua suspeição para julgar pessoas de sua amizade.

O ministro no último despacho disse: “Como já me manifestei no julgamento da Pet. 7.063/DF, entendo que os juízes não podem ceder à pressão do grupo de trêfegos e barulhentos procuradores, nem se curvar ao clamor popular”.

IMPEACHMENT DE JANOT E DE TEMER

Há no Senado Federal nove pedidos de impeachment contra o Procurador-geral da República, Rodrigo Janot; o mais antigo foi proposto pelo senador Fernando Collor de Mello, em 2015; há, por outro lado, na Câmara dos Deputados, quatorze pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer; o mais cobrado foi requerido pela OAB, no mês de maio, quando saiu a delação da JBS.

Fernando Henrique Cardoso, dentre os últimos governantes, foi o que teve menor número de pedido de impeachment, apenas um; Itamar Franco e Luiz Inácio Lula da Silva, dois para cada; Fernando Collor de Mello, com nove e Dilma Rousseff com 27. Houve o impeachment apenas do pedido contra a ex-presidente. A OAB promete requerer ao STF medida judicial para forçar a Câmara a pautar seu requerimento.

MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRA AUXÍLIO MORADIA

O Ministério Público do Distrito Federal ingressou com Ação Civil Pública contra o pagamento de auxilio moradia retroativo para conselheiros e procuradores do Tribunal de Contas do DF. A verba refere-se aos anos de 2009 a 2013 e importa em gastos superiores a R$ 1.3 bilhão. Cinco conselheiros e a procuradora-geral do MP de Contas já receberam o retroativo de R$ 209 mil para cada um.

O conselheiro Renato Rainha e a procuradora-geral Cláudia Fernanda de Oliveira renunciaram ao recebimento dos valores retroativos, porque entendem que é ilegal.

ASSEMBLEIA NACIONAL FAZ SESSÃO

Os deputados da Assembleia Nacional, eleitos no ano passado, fizeram uma sessão ontem, sem reconhecer a decisão da Constituinte do ditador Nicolás Maduro, que assumiu a direção do Parlamento. O vice-presidente, Freddy Guevara, disse que Maduro impôs a Constituinte para obter financiamentos, diante da crise econômica pela qual passa o país, mas a Assembléia Nacional não vai “avalizar” contratos do governo.

O Tribunal Supremo de Justiça declarou que o Parlamento estava em “desacato”. O líder da Oposição, Capriles, preso e solto em seguida, recentemente, pediu à OEA e a outros governos internacionais que reconheçam a Venezuela em “autogolpo continuado”. Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru condenaram a decisão da Constituinte de usurpar funções do Parlamento.

ADVOGADO PROPÕE MAIS DE MIL AÇÕES NA BAHIA

O advogado Icaro Santos Alves, que milita em Goiânia, requereu no Juizado Especial Cível de Salvador 1.279 ações em nome próprio, entre 10/01/2017 e 14/06/2017. A juíza Beatriz Martins de Almeida Alves Dias, ao prolatar a sentença em uma ação, de autoria do causídico contra a SKY, na qual pedia indenização, sob o fundamento de negativação de seu nome, julgou improcedente e constatou o abuso.

Na decisão, a magistrada determinou remessa ao Ministério Público para apurar a anormalidade, inclusive para investigar se o bel Icaro obteve inscrição suplementar, diante dos termos do art. 10, § 2º da Lei n. 8.906/1994. Condenou nas custas do processo, na verba honorária, art. 55 da Lei 9.099/95, além da multa de 1% por litigância de má fé.

sábado, 19 de agosto de 2017

LULA COLHE DERROTAS

No périplo, iniciado na Bahia, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o cenário não terá a repetição de vitórias de tempos passados. A despeito do apoio do governador Rui Costa, do ex-governador, Jacques Wagner, da liderança do PT, com a presença da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, da ex-presidente, Dilma Rousseff, a recepção a Lula não correspondeu à expectativa. E o pior é que um juiz federal da Bahia impediu a entrega do título de honoris causa ao ex-presidente, em Cruz das Almas.

No Piauí, na cidade de Miguel Leão, o prefeito do PT, Joel Lima, que contava com o apoio do governador Wellington Dias, também do PT, foi reeleito, em 2016, mas no ano passado foi cassado, e novas eleições foram realizadas no dia 6/8/2017; o PT apresentou o candidato Jailson de Souza, que teve o apoio de Lula, através de um vídeo enviado ao celular dos moradores, todavia fugindo ao que se esperava, o outro candidato do PR, Roberto César ganhou as eleições. Registre-se que no município, Lula obteve 87% dos votos do município, nas eleições de 2006.

PROCURADORA DEIIXA O PAÍS

A Procuradora-geral da República, Luiza Ortega Diaz, e seu marido, deputado Germán Ferrez, deixaram a Venezuela e já estão em Bogotá. O casal saiu depois que o Tribunal Supremo de Justiça decretou a prisão de Ferrez. A Procuradora tornou-se incômoda para Maduro com o posicionamento democrático de condenação à “ruptura constitucional”, seguida da reabertura das investigações da Odebrecht; daí em diante foram abertos mais de cinco processos contra Ortega.

Ortega Diaz diz ter provas de que Maduro e seus seguidores enriqueceram com propinas da Odebrecht, daí o impedimento das investigações contra a empreiteira. Por outro lado, a violência só tem crescido e já foram contabilizadas 125 mortos em função das manifestações contra o governo.

A oposição a Maduro movimenta-se para criar um governo paralelo, buscar o reconhecimento de países que não aprovam o regime implantado, seguido de financiamento para enfrentá-lo, apesar do apoio dos líderes das Forças Armadas, que obtém vantagens do governo.

MINISTRA NA BAHIA

A ministra Carmen Lúcia, presidente do STF e do CNJ, participou da XI Jornada Maria da Penha, presidida pela desa. Maria do Socorro, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia. O governador do Estado, Rui Costa, esteve presente à solenidade e discorreu sobre a violência no país. A ministra disse que compete ao Judiciário promover a paz social e não só resolver os processos.

Foi bastante comentada a portaria da ministra que obriga todos os tribunais a divulgarem, no prazo de 10 dias, os salários dos magistrados. A determinação ocorreu em face dos altos pagamentos feitos pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso.

GILMAR MANDA SOLTAR EMPRESÁRIOS

O ministro Gilmar Mendes envolveu-se ontem em mais um caso de decidir em processos nos quais os acusados são pessoas de sua amizade. Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, donos de empresas de ônibus no Rio de Janeiro, foram presos em 3/7, sob a suspeita de prática de crime de corrupção passiva, lavagem de ativos e organização criminosa.

Na quinta feira, o ministro concedeu Habeas Corpus aos dois, alegando que fatos antigos, ainda que graves, não autorizam a prisão preventiva. Pouco tempo depois, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, expediu novos mandados de prisão contra os dois, com outros fundamentos, mas o ministro determinou a liberação. Os procuradores manifestaram preocupados com o fato de o ministro decidir em caso no qual os réus são defendidos pelo escritório de Sergio Bermudes, onde trabalha a esposa de Gilmar Mendes. Questionam a imparcialidade do ministro e asseguram que a prisão preventiva deu-se face ao pagamento de R$ 150 milhões de propina para o ex-governador Sérgio Cabral.

ADVOGADO NÃO COMETE INJÚRIA NA PROFISSÃO

O Ministério Público denunciou o advogado Marino D’Icarahy, sob o fundamento de ter ofendido a honra do juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal, quando atuava na defesa de 23 manifestantes acusados de associação criminosa armada. O promotor afirma que o cometimento do crime de injúria e calúnia, deu-se, quando o advogado requereu um Habeas Corpus para Igor Pereira D’Icarahy, Elisa de Quadros Pinto Sanzi e mais 21 pessoas.

Na peça do Habeas Corpus, o Ministério Público alega que o bel. Marino insinuou que o juiz utilizou de “jogo sujo”, com “espírito de carcereiro” e “ideia fixa, muito característica de certas personalidades patológicas”. A 5ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro absolveu o réu, sob o fundamento de que advogado não comete injúria ou calúnia ao se manifestar no exercício de sua profissão.