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domingo, 12 de janeiro de 2020

PT CONTRA RUI

O governador Rui Costa pretende encerrar as atividades do Colégio Estadual Odorico Tavares, na Vitória, e vender o prédio, onde abrigava por muitos anos a atividade educacional. Em certo trecho de uma Nota de protesto, emitida pela Juventude do PT, consta: 

“depois de militarização e tentativas de privatização de escolas públicas, o governador vai, mais uma vez, na contramão do mandato que recebeu do povo baiano, fechando escolas públicas importantes e tradicionais, como o Odorico Tavares em Salvador, e outros espalhadas pelo interior do estado".

TRIBUNAL CRIA GRUPO DE TRABALHO PARA JUIZ DE GARANTIAS

O Tribunal de Justiça da Bahia criou um Grupo de Trabalho para oferecer sugestões ao CNJ sobre a instalação do juiz de garantias. A comissão é presida pelo desembargador Júlio Travessa. 

Os magistrados já manifestaram contra a instalação do juiz de garantias, seja pela inconstitucionalidade, pelas grandes despesas ou por ser inviável em tão curto espaço de tempo.

GAROTO DE 11 ANOS MATA SUA PROFESSORA

Na cidade de Torreón, Estado de Coahuila, no México, na escola onde estudava, um garoto de 11 anos matou a tiros sua professora e depois suicidou-se, na sexta feira, 10/01. A informação que se obteve foi de que o garoto "se comportava bem”,  e a autoridade local culpou os videogames pela chacina. 

Na instituição de ensino primário, o menor pediu permissão para sair de uma aula e demorou para retornar; quando a professora foi ao seu encontro, ele atirou na professora e ainda feriu outras seis pessoas, entre os quais dois colegas, que se encontram em estado grave.

IMPUNIDADE DE RENAN PODE ESTÁ NO FIM

O senador Renan Calheiros foi alvo de 19 inquéritos dos quais 11 foram arquivados ou as denúncias apresentadas pelo Ministério Público foram rejeitadas. Segundo a revista Crusoé a impunidade contra Renan pode está chegando ao fim. Eis o que escreve a revista: “Pelo menos duas investigações em andamento contra esse que é a pior escória da política brasileira, tem o enorme potencial de finalmente encurralar o senador alagoano”. 

Trata-se em um dos casos do pagamento de propina da Braskem a parlamentares inclusive o senador de Alagoas, que ajudaram a aprovar projeto de resolução no Senado para beneficiar a empresa; a outra refere-se a delação de Sérgio Machado e de executivos da JBS que afirma repasse de R$ 40 milhões, dos quais Renan ficou com R$ 8 milhões.

BRASIL FOGE DE TRADIÇÃO DE NEUTRALIDADE

Na segunda guerra mundial, o Reino Unido e União Soviética, aliados dos Estados Unidos, invadiram o Irã até que a CIA, que se intrometia nos negócios internos de muitos países, derrubou o governo de Mohammed Mossadegh; com a chegada do reinado do Xá Mohammad Reza Pahlavi, 1941/1979, os dois países passaram a ter bom relacionamento até que a Revolução Islâmica de 1979 derrubou o reinado, surgindo o governo anti-americano do Aiatolá Ruhollah Khomeini. Assim, as punições comerciais e o terror implantados entre os dois países remontam a anos passados. 

Esse introito presta-se apenas para mostrar o inconveniente na intromissão do governo brasileiro no desentendimento de dois países que nada tem a ver com o Brasil, principalmente pela imprevisão e pela arrogância do dirigente americano, Donadl Trump, que defende com unhas e dentes os interesses dos Estados Unidos e o Brasil não pode descuidar de seus negócios. Bastou uma subida do valor do dólar para Trump ameaçar o aumento das taxas de importação do ferro e do aço, produtos que mais exportamos para aquele país, perdendo apenas para o petróleo. 

O Brasil tem relações comerciais com os Estados Unidos, que poderiam ser melhores, mas também o Irã recebe nossos produtos em quantitativo bem maior que compramos suas mercadorias. O superávit entre Brasil e Irã, no ano passado foi de US$ 2.2 bilhões, enquanto com os Estados Unidos houve um déficit de US$ 1 bilhão, segundo exposição do doutor em Ciência Política, Gunther Rudzit. Não se questiona que os Estados Unidos estão atrás apenas da China no volume de negócios com o Brasil. 

O governo brasileiro soltou Nota de claro apoio à ação militar dos Estados Unidos, e repúdio ao ataque do Irã; em Nota diz o Itamaraty que houve uma "luta contra o flagelo do terrorismo”, além de condenar a invasão da Embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, mas não se manifestou sobre o terror americano com a invasão do território iraquiano para matar um “terrorista”. O governo iraniano chegou a convocar a encarregada de negócios da Embaixada brasileira em Teerã, o que demonstra insatisfação do apoio declarado do Brasil ao governo americano. 

O governo brasileiro fugiu de nossa tradição diplomática, segundo os especialistas, e posicionou-se incondicionalmente por alinhamento automático com o governo Trump. E o pior é que somente Brasil e Israel manifestaram abertamente apoio à ação militar americana, segundo o pesquisador da Universidade Harvard Hussein Kalout. Declarou o especialista em relações internacionais do Oriente Médio: “Em dois séculos de história diplomática nós nunca endossamos nenhuma decisão focada na clara transgressão do Direito Internacional...” Prossegue: “Então, o Brasil ao endossar uma ação dessa natureza opta pelo isolamento”. 

Ora, no direito internacional, o ataque desferido pelos Estados Unidos não se justifica, porquanto não havia motivação para ingressar no território de outro país com o fim de acabar com a vida de um “terrorista” que não lhe atacava e nem tinha condições para ato dessa natureza. Foi simplesmente um ato de força para ganhar a simpatia do povo americano na votação de novembro. E tanto é verdade que a Câmara dos Deputados já votou resolução que impede Trump de atacar o Irã, sem aprovação do Congresso. 

A relatora especial das Nações Unidas para Execuções Extrajudiciais, Agnes Callamard, desmentiu a afirmação de Trump para matar Soleimani: "Ele menciona que seu objetivo era “dissuadir futuros planos de ataques iranianos”. Isso, no entanto, é muito abstrato. Futuro não é o mesmo que iminente, cuja prova é o que exigiria o Direito Internacional (para reconhecer a legalidade do ataque). A relatora ainda alegou a ilegalidade da morte dos sete acompanhantes de Soleimani. 

Enfim, o presidente Jair Bolsonaro nem considerou os aconselhamentos de generais brasileiros, que recomendaram neutralidade diante de um problema que não é nosso, principalmente porque devemos resguardar nossos interesses humanos e econômicos no Oriente Médio. 

Salvador, 10 de janeiro de 2020. 

Antonio Pessoa Cardoso 
Pessoa Cardoso Advogados.

sábado, 11 de janeiro de 2020

PROCURADORIA PEDE PRAZO PARA JUIZ DE GARANTIAS

A Procuradoria-geral da República remeteu ofício ao grupo de trabalho do CNJ, oferecendo parecer sobre a implantação de juiz de garantias. Assegura que ao invés de funcionar a partir do dia 23 próximo, como está na lei, melhor que seja iniciado, paulatinamente, durante o corrente ano. A Procuradoria manifesta contra o juiz de garantias nos tribunais superiores, mesmo porque as decisões são colegiadas.

BONAT APARECEU PARA CONTRARIAR LAVA JATO

O juiz Antonio Bonat, que assumiu o lugar de Moro, em Curitiba, na 13ª Vara Federal, apareceu, depois de um ano no cargo sem nenhuma sentença; Bonat determinou a remessa do processo contra o ex-senador Delcídio Amaral e mais nove réus na Lava Jato para ser julgado pela Justiça Eleitoral. Os processos referem-se à prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, na aquisição de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras. 

O fundamento é de que o STF decidiu que crimes conexos com eleitorais são de competência da Justiça Eleitoral.

BRIGA ENTRE IRMÃOS NÃO GERA INDENIZAÇÃO

A 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo reformou sentença que fixou indenização por danos morais em R$ 10 mil; entendeu o colegiado que briga entre irmãos pelo Whatsapp não provoca dever de indenização. O autor ingressou com ação de reparação por danos morais, porque seu irmão usou linguagem ofensiva no Whatsapp; o fundamento foi de que a necessidade de reparação "fomentaria ainda mais as desavenças familiares, não contribuindo para a pacificação de conflitos”. 

O desentendimento entre os irmãos origina-se da gestão dos bens da genitora, interditada pela Justiça. O relator da apelação, desembargador Rodolfo Pellizari, escreveu no seu voto que as partes vêm "passando por um momento bastante delicado e sensível, em que os ânimos, de fato, estão à flor da pele”.

JUIZ COBRA "PEDÁGIO"

No blog de Magno, colhe-se informe de mais um escândalo no Judiciário. Diz que o delator Daniel Gomes, parceiro de Maurício Neves, em uma de suas conversas, fala sobre o trabalho deste, como perito judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Neves conta que pagava pedágio para ser nomeado perito: "o juiz me cobra 50% de "pedágio". Esclarece que uma irmã do magistrado negocia e "em seis meses, o cara me deu 40 casos. Mas nem todos depositaram a verba. Tem caso de 160 mil."

SUSPENSO CONCURSO DA UFBA

Pablo Enrique Carneiro Baldiviesco, aprovado na primeira etapa para professor de Teoria Geral do Processo, Direito Processual Civil e Prática Cível do Departamento de Direito Público, obteve acesso parcial aos áudios das provas de alguns dos candidatos. Em um dos áudios foi notada a parcialidade de dois examinadores para favorecer o candidato Gustavo Silva Alves; em outro áudio, ouve-se o examinador Leonardo José Ribeiro Coutinho falar: “Agora a gente tem que lembrar que o objetivo é passar o primeiro. 

Esses fatos serviram para Pablo requerer medida judicial e obteve tutela provisória de urgência, impedindo a homologação do resultado. O fundamento é de que há parcialidade da mesa examinadora e o Diário Oficial da União publicou a suspensão.