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sexta-feira, 3 de julho de 2020

ARAS SEM MAIORIA NO CONSELHO SUPERIOR

O Colégio de Subprocuradores fez eleição ontem para duas vagas no Conselho Superior do Ministério Público Federal; compareceram 66 subprocuradores dos 72 membros. Foram eleitos os subprocuradores José Bonifácio Borges de Andrada e Maria Caetana Cintra Santos. Com isso, juntando com a eleição, na semana passada dos subprocuradores Mario Bonsaglia e Nicolao Dino, o Procurador-geral da República, Augusto Aras, não tem maioria entre os dez conselheiros.

A subprocuradora-geral Lindôra Araújo, coordenadora do grupo de trabalho da Lava Jato e aliada do Procurador-geral da República, desistiu de disputar o pleito, depois da ocorrência com a intervenção na força-tarefa de Curitiba.

MAIS UM LIVRO CONTRA TRUMP, DE SUA SOBRINHA

O juiz Alan Scheinkman, do Tribunal de Apelações de Nova York, suspendeu na quarta feira, 1º/07, a publicação de um livro, escrito por uma de sua sobrinhas, Mary Trump, que descreve o presidente como “o homem mais perigoso do mundo". A autora denuncia traumas, abusos e relacionamentos destrutivos durante a infância em "família tóxica”. O livro da editora Simon & Schuster, “Too Much and Never Enough: How My Family Created the World’s Most Dangerous Man”, será lançado no dia 28 de julho; em tradução livre "demais e nunca o bastante: como minha família criou o homem mais perigoso do mundo". 

Mary é psicóloga e descreve suas experiências em uma "família tóxica”, na casa de seus avós; seu pai, irmão de Donald Trump, morreu de alcoolismo, em 1981. Mary “lança uma luz brilhante sobre história sombria de sua família, a fim de explicar como seu tio se tornou o homem que agora ameaça a saúde, a segurança econômica e o tecido social do mundo”. Na disputa do espólio do pai, "Trump cortou assistência médica do sobrinho neto, filho de Fred Trump 3º, que nascera 18 meses antes com paralisia cerebral”, descreve a sobrinha do presidente. Essa mesma editora publicou o livro “The Room Where It Happened: A White House Memoir”, do ex-assessor do presidente e que também mostra a imagem perigosa de Trump.

EX-PROMOTOR NO JURI

O ex-promotor Thales Ferri Schoedl poderá responder por homicídio e tentativa de homicídio, no Tribunal do Júri, depois que a 2ª Turma do STF manteve decisão de anulação de processo que tramitou no Tribunal de Justiça de São Paulo. O relator do caso, ministro Dias Toffoli, assegurou que o ex-promotor não tem mais foro por prerrogativa de função, daí porque responderá pelo crime doloso, quando matou um estudante e feriu outro, em 2004, durante festa na praia de Bertioga/SP. Na época, ele foi preso em flagrante.

Schoedi tinha sido absolvido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, sob fundamento de que agiu em legítima defesa. O Ministério Público interpôs Recurso Extraordinário e foi anulada a decisão do Tribunal de São Paulo.

PRESIDENTE VETA PROJETO QUE PROIBIA NEGATIVAÇÃO

O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o Projeto de Lei n. 675/2020, que iria proibir a inscrição de consumidores inadimplentes nos cadastros negativos, durante a epidemia do coronavírus. O Projeto suspendia provisoriamente, durante 90 dias, a inscrição de devedores no SERASA e órgãos semelhantes, desde que anotadas até 20 de março. O fundamento para o veto foi de que a aprovação "geraria insegurança jurídica", além de contrariar o interesse público.

CORONAVÍRUS VOLTA COM FORÇA NOS EUA

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nas últimas 24 horas, até as 21.30 de quarta feira, 01/07, foram registradas 706 mortes e 52.898 novos casos de pessoas contaminadas nos Estados Unidos. Com esses números foram diagnosticados o total de 2.682.270 positivos do novo coronavírus e 128.028 óbitos. Muitos estados do país suspenderam a flexibilização, a exemplo de Los Angeles, na Califórnia, que adiou a abertura de bares, cinemas e museus.

OS GENERAIS E O SUPREMO (III)

Em Dubai, na Corte de Justiça
Sem dúvida, o general Lott, que pressionou o Supremo para negar Mandado de Segurança ao vice-presidente Café Filho, para assumir o cargo de presidente, após afastamento por doença, deu total apoio à posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart em 1956. O general Teixeira Lott continuou como ministro da Guerra até o ano de 1959, quando foi transferido para a reserva, mas, em 1960, habilitou-se como candidato para suceder a Juscelino que o apoiou, mas o pleito foi vencido por Jânio Quadros e João Goulart.

A trégua das Forças Armadas no governo Juscelino, volta com toda força na sucessão tumultuada de Jânio Quadros que renunciou, em agosto/1961. As Armas insurgiram-se contra a posse de João Goulart, que só ocupou o cargo depois da certeza de adoção do sistema parlamentarista, iniciado em setembro/1961 e encerrado em janeiro/1963, quando o povo votou em plebiscito. Logo depois, surge o primeiro movimento dos “praças", sargentos, cabos, soldados e marinheiros, contra o STF, que não reconheceu elegibilidade para os sargentos, mas o controle da situação foi rápido.

Daí em diante, os militares não deixaram João Goulart governar; e o pior é que o incendiário Carlos Lacerda, na Tribuna de Imprensa, no Rio de Janeiro, lançava as palavras de ordem. O estado de sítio, como insistência das Forças Armadas não passou no Congresso, e Goulart teve de pedir o retorno da proposta. Em 31 de março/1964, eclodiu o golpe e a ditadura militar perdurou até 1985. Nesse período, houve absoluta centralização do Poder, no Executivo, que comandava o Legislativo e o Judiciário. Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médice, Ernesto Geisel e João Figueiredo permaneceram no poder, através de Atos Institucionais e foram cometidas as maiores atrocidades contra brasileiros, assassinatos e total censura aos meios de comunicação.

O desrespeito à Constituição e às leis iniciou-se com a posse do presidente da Câmara dos Deputados, mesmo estando no Brasil, o presidente João Goulart. Ranieri Mazilli, no governo provisório, não mandava em nada, pois uma Junta Militar era quem governava até 11 de abril/1964, quando o Congresso, seguindo orientação dos militares "elegeu" o marechal Humberto de Alencar Castello Branco, que cuidou de decretar recesso do próprio Congresso Nacional, em outubro/1966. Os Atos Institucionais mostraram a face cruel da ditadura: em dezembro/1968, o AI-5, já no governo de Costa Silva, proibia até mesmo o Habeas Corpus para crimes políticos.

Em 1965, o Ato Institucional n. 2, no governo de Castelo Branco, aumentou o número de ministros de 11 para 16, a fim de possibilitar à ditadura a indicação e novos membros da Corte; em 1969, três ministros foram aposentados pela ditadura: Victor Nunes Leal, Hermes Lima e Evandro Lins e Silva. Os corajosos ministros Antônio Gonçalves de Oliveira, presidente do STF e Antônio Carlos Lafayette de Andrade, renunciaram aos cargos em protesto contra as cassações e a ditadura aposentou os dois por decreto.

O presidente Costa e Silva aproveitou o momento e, em 1º de fevereiro de 1969, reduziu o número de membros do Supremo de 16 para 11, que permanece até os dias atuais. 

Salvador, 02 de julho de 2020.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

CORONAVÍRUS NO BRASIL

Segundo dados do Ministério da Saúde, nas últimas 24h, no Brasil, foram registradas 1.252 mortes e 48.105 mil novos casos; com esse número foi elevado o total de óbitos para 61.884 e 1.496.868 casos; contabilizou-se também 852.816 de pessoas curados do coronavírus.

Na Bahia, segundo informações da Secretaria de Saúde, foram registradas, nas últimas 24 horas, 45 mortes e 2.864 novos casos; tem até hoje 79.349 infectados, dos quais 53.334 curados e 24.068 continuam sendo acompanhado; o total de mortos na Bahia alcança 1.947; a doença ocorreu em 388 dos 417 municípios.

CIDADES DO OESTE SEM CORONAVÍRUS

Marco Cardoso
Ontem, a Secretaria de Saúde noticiou que apenas 29 dos 417 municípios não receberam a “visita” do coronavírus. A cidade de Santana, com quase 30 mil habitantes, destaca-se pelo combate à doença e sem nenhum registro. O prefeito Marco Cardoso continua pessoalmente trabalhando e incentivando o povo a obedecer às normas de combate à propagação da Covid-19. Também sem nenhum caso, no Oeste da Bahia, os municípios de Serra Dourada, Brejolândia, Canápolis e Sítio do Mato. 

No campo inverso, a doença atingiu em cheio os municípios de Itabuna, 58 mortes, Feira de Santana, 49, Ilhéus, 46, Lauro de Freitas, 35 e Jequié, 29, além de outras. Foram suspensos o transporte regular para 348 dos 417 municípios do Estado; na última lista estão Cotegipe, Igaporã, Itaguaçu da Bahia, Paramirim, Remanso, São José do Jacuípe e Wagner.

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA
CASOS DE CARLOS E FLÁVIO REACENDEM DEBATE SOBRE FORO PRIVILEGIADO

JORNAL O GLOBO – RIO DE JANEIRO
FUNDAÇÃO DO ITAMARATY TENTOU USAR SISTEMA DO GOVERNO PARA DIVULGAR PALESTRAS DE BOLSONARISTAS

CORREIO DA BAHIA - SALVADOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA PREVÊ RETOMADA GRADUAL DAS ATIVIDADES A PARTIR DE AGOSTO
Protocolo foi dividido em três etapas; veja como será

ESTADO DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
MULHER DE QUEIROZ VIA FAMÍLIA COMO "MARIONETE DE ANJO"
Em mensagem, Márcia reclamou das táticas de Wassef, ex-defensor de Flávio Bolsonaro: "Deixa viver nossa vida. Qual o problema? Vão matar?

ESTADO DE MINAS – BELO HORIZONTE
BOLSONARO E OS FILHOS PROBLEMAS: CARLOS, FLÁVIO E EDUARDO SÃO INVESTIGADOS

DIÁRIO DE NOTÍCIAS – PERNAMBUCO
RECIFE LIBERA ATIVIDADES COM PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DIÁRIO DE NOTÍCIAS – LISBOA
TAP. AZUL ABDICOU DE CONVERTER 90 MILHÕES DE EMPRÉSTIMO À TAP EM CAPITAL, SENDO EVITADA A NACIONALIZAÇÃO. O DN/DINHEIRO VIVO JÁ CONFIRMOU A NOTÍCIA

MP PEDE SUSPENSÃO DE ADICIONAL PARA MILITARES

O Ministério Público ingressou com Representação ao Tribunal de Contas da União, requerendo a suspensão de qualquer aumento de salário ou gratificação concedida pelo presidente Jair Bolsonaro aos membros das Forças Armadas. Trata-se do "adicional de habilitação", no percentual de 73% proposto pelo governo. A vantagem foi concedida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a quem faz cursos ao longo da carreiras nas Forças Armadas; acontece que não houve reajuste desde 2001 e, em 2019, Jair Bolsonaro aprovou a atualização em quatro etapas. 

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado assegura que se trata de um penduricalho, que dribla a Lei Complementar n. 173/2020, sobre o Programa de Enfrentamento ao Coronavírus e proibiu a concessão de aumento, reajuste ou adequação de remuneração a membros do poder ou de órgão, servidores e empregados públicos e militares. Escreve Furtado: “é difícil crer que no momento atual, quando se acumulam crises sanitária, econômica e fiscal, em face dos grandes esforços exigidos de todos para o enfrentamento da pandemia decorrente da Covid-19, o governo adote medida que virá a exigir ainda mais recursos da sociedade, já sobrecarregada por problemas que se acumulam nos campos da saúde e econômico, do convívio social, do emprego e da renda".