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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

SAIU EM "O ANTAGONISTA"

Crusoé: "O novo alvo"

Para destruir a Lava Jato do Rio de Janeiro, a turma da impunidade recorre a um delator com uma prova fajuta

Capa; Rodrigo Freitas/Crusoé - Fotos: Adriano Machado/Crusoé e Ricardo Borges/ Folhapress

Depois de destruir a Lava Jato de Curitiba, a turma da impunidade prepara-se para destruir também a do Rio de Janeiro. 

A Crusoé teve acesso à única prova – furadíssima – de um delator contra Marcelo Bretas, mas provas, como se sabe, nunca foram um empecilho à turma da impunidade, formada por tucanos, lulistas e bolsonaristas (e mais um monte de personagens suspeitos). 

Leia um trecho da reportagem:

“Para Gilmar Mendes há delações e delações, a depender de conveniências. Agora, sem poder contar com o arsenal de mensagens hackeadas usado para desacreditar o ex-juiz Sergio Moro e implodir a força-tarefa do Paraná, Gilmar vale-se do instrumento condenado por ele como munição principal contra o alvo da vez, o juiz Marcelo Bretas (…). 

No centro da trama está o jovem criminalista Nythalmar Dias Ferreira Filho, de 32 anos, investigado pelo Ministério Público Federal por ‘vender’ uma suposta proximidade com Bretas e com a força-tarefa, para captar clientes (…).

Como principal prova contra Bretas, Nythalmar apresentou um áudio de dois minutos e meio de uma conversa que ele gravou escondido em 2017, no gabinete do juiz. Crusoé teve acesso ao áudio (…).

O diálogo usado contra Bretas versa sobre um instrumento tradicional de toda delação: o delator topa detonar o esquema em troca da diminuição da pena. Não há fato ilícito no acerto nem trama, como Nythalmar e os adversários do juiz no Judiciário querem fazer crer.” 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

LEMA DE ALGUNS MINISTROS DO STF: "NÃO PUNIR, NÃO DEIXAR PUNIR E PUNIR QUEM PUNE"

O ministro Gilmar Mendes, do STF, não se conformou com a decisão da ministra e corregedora Maria Thereza de Assis Moura, do CNJ, em Reclamação Disciplinar contra o juiz Marcelo Bretas, afirmando que não encontrou "elementos probatórios" apresentados no processo; a ministra assegurou serem as provas "insuficientes para autorizar o prosseguimento da análise". Todavia, o ministro Gilmar Mendes, que sempre se insurgiu contra as delações, resolveu enviar para a ministra delações de investigados que buscam envolver o magistrado em crimes. E mais: as delações que o ministro Gilmar Mendes encaminhou para servir de prova contra Bretas nem foram homologadas. Sabe-se que o ministro Mendes persegue o juiz Marcelo Bretas, porque prendeu seu amigo Jacob Barata, empresário de transporte, no Rio de Janeiro, envolvido em corrupção e lavagem de dinheiro, por três vezes e três vezes o ministro mandou soltar, apesar da parcialidade do ministro, padrinho de casamento e amigo da família Barata.

O ministro Gilmar Mendes perseguiu o juiz Sergio Moro; todavia, insatisfeito com os abusos cometidos, investe contra outro juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro e sai em busca de elementos para acusar infundadamente o magistrado. Mendes quer afastar Bretas de todos os processos da Lava Jato no Rio, e não se contentou com algumas ações criminais retiradas do juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O ex-procurador Deltan Dallagnol saiu a campo para mostrar o abuso do ministro: "Gilmar que jamais aceitaria o uso de provas de delação não assinada contra corruptos que desviaram bilhões, quer usar provas contra Bretas e procuradores". Disse mais: "O lema do STF deveria não roubar, não deixar roubar e punir quem rouba. Parte do STF segue outro lema: não punir, não deixar punir e punir quem pune".




CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 17/2/2022

Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, diante da impossibilidade de abrir as informações no site do Ministério da Saúde, houve o registro de 1.128 óbitos, ontem 1.085; anotadas 641.902 mortes desde o início da pandemia; registrados 147.734 novos casos, ontem 120.549. O total de casos desde o início foi de 27.937.835, ontem 27.806.786. 

Segundo dados da Secretaria de Saúde, na Bahia, de ontem para hoje, foram registrados 99 óbitos, ontem 89 e 3.401 novas contaminações, ontem 5.955; o total de mortos, desde o início da pandemia é de 28.779; recuperadas 4.954 pessoas. Desde o início da pandemia foram confirmados 1.473.788 de casos, recuperados 1.423.558 e 21.451 encontram-se ativos, ontem 23.103. Anotados 1.746.827 de casos descartados, e 321.582 em investigação. Na Bahia, foram vacinadas com a primeira dose o total de 11.382.436 pessoas, apesar do registro de 11.391.361 de ontem, sendo a segunda dose ou única para 10.260.864 e 3.334.468 com a dose de reforço. Foram vacinadas 425.737, ontem 392.435.

 


EVANGÉLICOS ISENTOS DE IPTU, MAS VOTARÃO LEGALIZAÇÃO DE JOGOS

O Congresso Nacional promulgou hoje a PEC que isenta pagamento de IPTU para as igrejas que usam imóveis alugados como templos religiosos para realização dos cultos. Trata-se de proposta do ex-senador Marcelo Crivella, sobrinho de Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus e tramitava na Casa legislativa desde o ano de 2016. As igrejas já gozam da isenção, mas somente em imóveis próprios, agora ampliado o benefício para imóveis locados. Em troca da aprovação dessa medida, as igrejas evangélicas assumiram compromisso com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, no sentido de votarem pela aprovação dos jogos de azar no Brasil. 


TRT VOLTA ÀS ATIVIDADES PRESENCIAIS

A partir de 3 de março, o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia reabre para atividades presenciais, incluindo as audiências que estão agendadas. A presidente da Corte, desembargadora Débora Machado analisou os efeitos do retorno diante das medidas restritivas impostas na fase preliminar; o estudo foi promovido juntamente com o Comitê de Crise e Retomada das Atividades Forenses; esteve presente o representante da Seccional, bel Victor Gurgel que informou sobre o "acúmulo enorme de processos aguardando a realização de audiências presenciais,..."    


 

FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (CCLXXV)

O STF sofre com influência do ministro Gilmar Mendes e, ao que tudo indica, alguns ministros temem suas agressões infundadas, haja vista os xingamentos ao ministro Barroso e Lewandowski, apesar da paz com este, que, ultimamente, sempre acompanha seus votos. Na área política, o STF tem atuado para livrar os políticos e empresários, seja pelos julgamentos monocráticos, seja pela lerdeza para julgar as ações penais. O exemplo maior reside no julgamento do processo de cassação da chapa Bolsonaro/Mourão, quando a Corte mostrou disposição para preservar o mandato de Bolsonaro, pois é o melhor meio para garantir a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante da inoperância dos partidos no sentido de montar uma terceira via.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro chefe da Casa Civil do governo, senador Ciro Nogueira, o senador José Serra e o deputados Aécio Neves foram beneficiados com decisões de Mendes e de outros ministros trancando, em 2021, inquéritos ou ações penais que se processavam na Corte. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, liberado em 2020, teve um processo remetido para a Justiça Eleitoral, e lá aguardará a prescrição. O senador Nogueira foi réu em processo, por obstrução de investigações, através de assédio a uma testemunha; o fato foi comprovado pela Polícia Federal, mas o voto decisivo do ministro Kassio Marques, indicado pelo próprio Ciro para o STF, salvou o chefe da Casa Civil do governo. No caso do senador José Serra, Gilmar Mendes, monocraticamente, anulou provas obtidas em cautelar de busca e apreensão e quebra de sigilos em 2020. Serra foi denunciado pelo recebimento de R$ 5 milhões em obras do Rodoanel, em São Paulo. Com Aécio Neves aconteceu fato semelhante, pois o inquérito que investigava a campanha à presidência de 2014, foi também para o arquivo.

Vale aqui registrar o que ocorreu com a 2ª Câmara do STF, a do ministro Gilmar Mendes. A ministra Cármen Lúcia não tolerou mais permanecer na Câmara e pediu transferência para a vaga com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio, em julho, onde está atualmente. Aí, Mendes trafega com muita facilidade, pois, até a posse do novo ministro Mendonça, o escore foi sempre de 3 votos para manter o posicionamento de Mendes contra um de Edson Fachin, decisão sempre favorável aos empresários e políticos processados por corrupção. 

Mas não parou por aí, pois em março/2021, a 2ª Turma, a do ministro Gilmar Mendes, arquivou outra denúncia contra o mesmo deputado Arthur Lira, envolvendo mais três parlamentares, Aguinaldo Ribeiro, Eduardo da Fonte e o senador Ciro Nogueira, todos acusados de organização criminosa, em esquema de propinas, montadas na Petrobras, Caixa Econômica e Ministério das Cidades. Lira teria recebido R$ 4,2 milhões em propina e caixa 2 da empreiteira Queiroz Galvão.

Com um ex-senador da Paraíba e então ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo, as investigações concluíram que ele recebeu R$ 3 milhões da OAS para que os executivos da empreiteira não fossem convocados para a CPI da Petrobras, presidida por ele em 2014. A 2ª Turma, a do ministro Gilmar Mendes, decidiu enviar o processo para a 13ª Vara Federal de Curitiba, temor de todos os políticos e empresários. Pois, não demorou muito e, em abril, a 2ª Turma modificou aquela decisão anterior de remessa para a 13ª Vara, e mandou arquivar a investigação, com votos dos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Kassio Marques.

Como se disse, a porteira foi aberta com o julgamento da incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba e a suspeição do então juiz Sergio Moro. Imaginem que, até quem confessou crime, está sendo beneficiado pelas decisões do STF!

Salvador, 17 de fevereiro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.




TRIBUNAL NEGA DESPEJO DE CÃES

Dois funcionários que trabalham nos Correios ingressaram com ação para impedir o desalojamento de duas cachorras do local, onde estão há dez anos. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região manteve liminar do juízo de 1º grau para proibir despejo dos cães que vivem em complexo operacional dos Correios, em Porto Alegre. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ingressou com recurso ante a decisão, de julho/2021, do juízo da 9ª Vara Federal de Porto Alegre, que garantiu a permanência das cachorras no prédio. Os Correios negam o tempo alegado da estada dos animais no local. O entendimento dos desembargadores é de que a retirada das cadelas do local poderá causar graves consequências à saúde. O relator escreveu no voto que "foram trazidos pareceres produzidos por dois médicos veterinários que afirmam, expressamente, que a remoção dos animais, ambos com idade avançada, representaria a quebra de um vínculo afetivo significativo criado com as. pessoas atualmente responsáveis pelo seu cuidado, e com o próprio ambiente em que vivem, com potenciais consequências graves à saúde física e psicológica dos cães". O processo prosseguirá com julgamento do mérito. 



INDEPENDÊNCIA PARA POLÍCIA FEDERAL

O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro prometeu, em seu programa de governo, conceder independência funcional para o diretor-geral da Polícia Federal, semelhante ao que ocorre, atualmente, no comando das agência reguladoras; o assunto está em debate na comissão de profissionais do Direito que preparam proposta sobre a matéria. Moro defende, para o diretor-geral, mandato fixo e que seja sabatinado pelo Senado, acabando com o afastamento na dependência da vontade do presidente ou do ministro da Justiça. O presidenciável entende que esta será a forma capaz de evitar pressão política sobre o órgão, a exemplo do que aconteceu na interferência de Jair Bolsonaro na corporação, em 2020, para proteger familiares, investigados pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. Moro cita o que acontece com a independência da diretoria da Anvisa, que resistiu às ameaças de Bolsonaro, no que se refere ao seu claro posicionamento contra as vacinas. 




JUIZ NEGA ARQUIVAMENTO DE QUEIXA-CRIME CONTRA EX-PREFEITO

O juiz Renato Coelho Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, negou pedido de Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus/AM, para arquivar queixa-crime, por ele ter chamado, nas redes sociais, o senador Omar Aziz de "grosseirão", pessoa perversa, doente" e de ter cometido crime na presidência da CPI da Covid; declarou também que Aziz vazou "documentos sigilosos obtidos na CPI". Escreveu o juiz na decisão: "Não há elementos que configurem manifesta causa de excludente da ilicitude do fato ou excludente da culpabilidade; o fato narrado na denúncia assume relevância penal; a punibilidade não está extinta. Assim, deve ser mantida a decisão que receber a denúncia".  



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 17/2/2022

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF 

Análise: Bolsonaro volta à carga contra as urnas eletrônicas

Mais uma vez, Bolsonaro tenta utilizar as Forças Armadas para desacreditar o processo eleitoral, o que faz parte de uma estratégia ensaiada em outros momentos

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

Polônia rejeita visita de Bolsonaro ao país, diz jornal

Em janeiro, ao falar sobre sua visita à Rússia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que planejava seguir viagem para a Hungria e a Polônia

FOLHA DE SÃO PAULO  - SÃO PAULO/SP 

Moro quer dar independência funcional para diretor-geral da PF

Programa de governo de ex-juiz deverá defender modelo parecido ao de diretores de agências

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Às vésperas de assumir Diretoria-Geral do TSE, Fernando Azevedo desiste do cargo

Tribunal diz que decisão foi motivada por 'questões de saúde e familiares'.


CORREIO DO POVO

Petrópolis confirma 104 mortes devido às chuvas

Bombeiros seguem as buscas por sobreviventes


CLARIN - BUENOS AIRES/ARG

Negociación de la deuda

Por qué el kirchnerismo al final accederá a un préstamo 'excepcional' como Macri en 2018

El ala más dura de los K había dicho que el FMI había violado los estatutos pero ahora sucede igual.

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Datas do voto da emigração congelam governo até à primavera

A repetição das eleições no círculo da Europa, decretada pelo Tribunal Constitucional, atira a tomada de posse do Parlamento e do governo para abril, bastante depois do que estava previsto.