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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

JUÍZES DESENCANTADOS!

O presidente recentemente eleito, por aclamação, para a presidência da AMB, juiz titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de Maringá/PR, Frederico Mendes Júnior, assegurou que "a magistratura deixou de ser uma carreira atrativa". O magistrado queixa dos baixos salários e das más condições de trabalho. Declarou Mendes Júnior em entrevista à revista Eletrônica, Consultora Jurídico: "Temos uma evasão muito grande de magistrados. Muita gente vai embora. Uma coisa que você não tinha 15 anos atrás. Nós recebíamos muita gente que vinha da advocacia pública, que vinha do Ministério Público, que vinha de outras carreiras jurídicas. Hoje, a cada dia vai se tornando mais raro isso, e você vê o movimento no sentido inverso, de pessoas deixando a magistratura para realizar outras funções públicas ou mesmo indo para a iniciativa privada". O magistrado manifesta preocupação com a possível implantação do juiz das garantias, fundamentalmente, por causa das limitações orçamentárias e de pessoal. 

O presidente da AMB tem toda a razão; seja por salário ou outras motivações o desencanto com a magistratura tem crescido nos últimos anos. Na Bahia, por exemplo, somente nesses últimos três anos, 13 magistrados pediram voluntariamente aposentadoria ou exoneração; muitos destes, recentemente concursados, não permaneceram no cargo nem um ano.      



ATOS DO PRESIDENTE

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 855, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2022 

Prorroga a suspensão da obrigatoriedade das atividades presenciais na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ilhéus, no período abaixo indicado.

  

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, e à vista do que consta do Processo nº TJ-COI-2022/19801,

DECIDE

Art. 1º – Prorrogar a suspensão a obrigatoriedade das atividades presenciais na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ilhéus, no período de 04 de dezembro a 19 de dezembro do corrente ano, ficando autorizado a realização do teletrabalho, observando-se os atos normativos deste Tribunal.

Art. 2º – Durante o funcionamento em regime de teletrabalho, a Direção do Fórum deverá manter Sala com Servidor para informações ao público e suporte sobre a forma de execução dos serviços judiciários.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, em 02 de dezembro de 2022.

Desembargador NILSON SOARES CASTELO BRANCO

Presidente

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 5/12/2022

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Constitucionalidade do orçamento secreto será julgada na quarta pelo STF

Constitucionalidade será submetida ao plenário do STF e pode dar respiro ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva


JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO

Preconceito atrapalha debate sobre Cannabis medicinal, diz historiador

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Justiça persegue líderes como Lula e eu, diz Cristina Kirchner um dia antes de sentença que pode levá-la à prisão

Vice-presidente quebra silêncio de cinco anos e fala à Folha com exclusividade na véspera de julgamento por desvio de recursos


TRIBUNA DA BAHIA SALVADOR/BA 

'O Judiciário está alheio à realidade brasileira', diz Eliana Calmon

Ex-ministra do STF deixoou cargo de corregedora nacional de Justiça há uma década

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Após o surgimento da subvariante BQ.1, casos de Covid-19 disparam no RS

De acordo com dados da SES, o Estado registrou 25.743 casos positivos em novembro

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Há um "drama" que faz crescer o populismo: a falta de ética e de integridade na política

Grupo de académicos analisou os comportamentos regulatórios e os mecanismos éticos da política portuguesa e chegou a uma conclusão: tudo o que tem sido feito é pouco. O que falta? "Verdadeiros" códigos de conduta e o fim das inconsistências nas leis.

domingo, 4 de dezembro de 2022

RADAR JUDICIAL

ADVOGADO, PICHANDO MUROS, É PRESO

O advogado Claudemir Antônio Parisotto, inscrito na OAB/SC, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal, porque pichou monumentos de Brasília, entre os dias 22 e 24/11, com frases como: "Lula drogou Alkmin com LSD", "PT reeducou Alckmin com drogas LSD". Parisotto afirmou que reside em Chapecó/SC e deslocou para o Distrito Federal, com a intenção de falar com Bolsonaro sobre a "droga comunista". O advogado disse que pessoas que o drogaram e são comunistas, forçaram-lhe a tomar água, sorvete e outros alimentos com droga; alegou que teve contato com a droga em 2020 e usou LSD outras sete vezes, sempre involuntariamente.  

UFRJ SUSPENDE PAGAMENTOS

A Universidade Federal do Rio de Janeiro suspendeu pagamentos de bolsas de assistência estudantil, salários e contratos de serviços terceirizados, depois que o governo federal promoveu o corte de verba, nos últimos dias; segundo a Universidade, o bloqueio alcança mais de R$ 15 milhões e isso impossibilita o cumprimento de despesa emergencial, inclusive reparação de danos provocados pelas inundações no Centro Multidisciplinar de Macaé.     

FORO PRIVILEGIADO

Deputados pediram a Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, para pautar a Proposta de Emenda Constitucional que acaba com o foro privilegiado para ministros, parlamentares, presidentes da República, da Câmara, do Senado e do STF, além de governadores e prefeitos. O texto foi aprovado em 11/12/2018 pela Comissão Especial, criada para analisar a proposta, todavia, nunca foi a plenário. A aprovação da PEC necessita de pelo menos 308 deputados em dois turnos de votação e o presidente prometeu pautar até 16 de dezembro. 

É vergonhoso, mas no Brasil dispõe em torno de 55 mil autoridades que ainda possuem o direito ao foro privilegiado.

BENS DE ADVOGADO EM LEILÃO

A Justiça Federal realizou na quinta-feira, 1º/12, o terceiro leilão dos bens do advogado Maurício Dal Agnol e arrecadou R$ 5.644.940,00, em 10 imóveis. O advogado, natural de Passo Fundo/RS, é acusado de desviar dinheiro de clientes em ações judiciais. Os 37 bens, que ainda não foram vendidos, serão leiloados por meio eletrônico, no próximo dia 13/12. Todo o valor arrecadado será destinado ao pagamento de impostos e de dívidas dos clientes lesados. As investigações concluíram que Dal Agnol apossou de dinheiro de clientes após acordos com a operadora de telefone Oi, em processos; ele foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul pela prática dos crimes de formação de quadrilha, patrocínio infiel, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.   

ADVOGADO E JUIZ NA MESMA POSIÇÃO

O Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 3.528/2019, consistente no posicionamento no mesmo plano e em distância igual para advogados e juiz, nas audiências de instrução e julgamento. O Projeto segue para sanção presidencial, vez que, anteriormente, foi aprovado pela Câmara dos Deputados. O Projeto alterou o art. 6º do Estatuto, acrescentando um parágrafo: "Durante as audiências de instrução e julgamento realizadas no Poder Judiciário, nos procedimentos de jurisdição contenciosa ou voluntária, os advogados do autor e do requerido devem permanecer no mesmo plano topográfico e em posição equidistante em relação ao magistrado que as presidir".      

Salvador, 4 de novembro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
     Pessoa Cardoso Advogados.     



COLUNA DA SEMANA

O Legislativo e o Judiciário movimentam-se com interesses convergentes para atuarem na defesa dos seus membros e colegas, independentemente de ser justa ou lícita a manifestação reprimida. Este introito presta-se para assegurar que, a despeito de sucessivas acusações ao STF, o mal não reside somente aí, mas trafega com desenvoltura no Legislativo, visando sempre acobertar os fuzuês aplicados por este ou aquele mais astucioso do grupo. Tanto num como no outro segmento, no Legislativo quanto no Judiciário, assim que eleva a categoria dos interessados mais o compadrio toma conta do sistema. Afinal, o Senado Federal tem competência para fiscalizar e punir os magistrados do STF, mas nunca cumprem essa obrigação constitucional. Aliás, o desleixo do Legislativo com o Judiciário começa pela aprovação dos nomes indicados pelo Executivo, para integrar a Corte, independentemente de ter bom ou péssimo currículo. Assim, aconteceu com os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e outros, bastante questionados pela comunidade jurídica, mas recebeu o placet para assumir uma cadeira. Nesses casos, os garantistas não se manifestam, como fizeram na Operação Lava Jato, onde buscaram até erros na colocação de uma vírgula, para anular processos. Assim procederam e, praticamente, os políticos, empresários e magistrados corruptos estão livres para continuar com a "labuta".   

No Judiciário, entre os juízes de instâncias inferiores e mesmo nos Tribunais Superiores, a situação é completamente diferente da que se registra entre os magistrados do STF. Na verdade, vale registrar que na Corte Suprema do Brasil dentre os onze ministros, apenas dois iniciaram a carreira através de concurso público, subindo nos degraus, iniciados na Justiça de 1ª instância até chegar ao cume da ocupação; portanto, só dois trilharam este longo caminho: Luiz Fux e Rosa Weber; os outros nove ministros originaram-se da advocacia e, portanto, desembarcaram na Corte através de "bondades" do Chefe do Executivo, com o Senado Federal aprovando sem maiores dificuldades. Aliás, merece registro a mudança de paradigma para indicação de ministros; é que, ultimamente, são apontados nomes quase com a idade mínima para habilitação, sem a característica de antanho de larga experiência. Assim, assumiram cadeiras os dois últimos ministros nomeados pelo presidente Jair Bolsonaro: Nunes Marques e André Mendonça que se manterão na Corte por uns 30 anos. Como dizíamos, o compadrio não é tão acentuado, como no STF e tanto é verdade, que se registra, com regularidade, juízes processando e condenando juízes. Portanto, é abissal a diferença de conduta dos juízes de instâncias inferiores com os magistrados do STF, no que se refere ao compadrio. 

Há registros de crimes cometidos por ministros do STF, mas sempre são abafados. Assim aconteceu com o ministro Dias Toffoli, acusado de receber R$ 3 milhões, através de Hugo Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro e secretário do então prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto, no primeiro mandato e Solheiro, este intermediário entre o ex-governador e o ministro. O escritório da mulher de Toffoli, advogada Roberta Rangel atuou na negociação. O compromisso para recebimento da propina consistiu em votar contra a cassação do prefeito, acusado por abuso de poder econômico, em agosto/2013, cassado pelo TRE de Minas Gerais. Em recurso especial, em 2015, foi mantida a cassação do prefeito, com voto de desempate de Dias Toffoli, mas em Embargos de Declaração, recurso que não se presta para apreciar provas, o mesmo ministro Dias Toffoli suspendeu a cassação. A ministra Maria Thereza de Assis Moura, na condição de relatora, nos embargos, chamou a atenção: "Apenas o que eu disse: nós, a meu ver, estamos rejulgando o caso". O prefeito não foi cassado, mercê do voto de Toffoli.

Salvador, 4 de dezembro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso 
Pessoa Cardoso Advogados.
 







       

JUSTIÇA EM NÚMEROS (XVII)

Nos Indicadores de Desempenho são mostrados a atividade do Judiciário, incluindo taxa de congestionamento, que mede o percentual de processos represados sem solução, e o Índice de Atendimento à Demanda. Há processos que permanecem em tramitação, sem serem baixados, a exemplo das execuções penais, porque ficam para cumprimento da pena em andamento. O Índice de Atendimento,  IAD, aponta a capacidade da Justiça em movimentar os casos iniciados. A taxa de congestionamento oscilou entre 70,6% no ano de 2009 para 73,4%, em 2016. A partir daí, a taxa cai até o menor percentual de 68,7% em 2019. A pandemia da covid-19, em 2020, provocou aumento, mas em 2021 registrou redução para 74,2%. Entre os tribunais a taxa varia bastante, sendo na Justiça Estadual 76,2%, mas nos Tribunais de Justiça dos Estados, em Rondônia, 51,5%, de São Paulo, 82,6%. Na Justiça Federal a menor taxa é 62,8%, no TRF5, e a maior 82,8% no TRF3. Na Justiça do Trabalho os índices situam-se entre 44,2%, TRT14 e chegam a 76,8%, TRT1. 

A Justiça Estadual diminuiu a taxa de congestionamento no índice de 1,8, a Justiça Federal menos 2,3. O cenário muda na Justiça do Trabalho com aumento de 1,2 ponto. A taxa de congestionamento líquida exclui os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório. Em 2021, ela foi de 69,7%, portanto, 4,4% menos que a taxa total de 74,2%. A Justiça Federal é onde se registra o maior quantitativo de processos suspensos, apontando a diferença entre congestionamento bruto para líquido no índice de 12,7 pontos, enquanto a Justiça do Trabalho esse percentual é de 5,5 pontos. No que se refere ao Índice de Atendimento à Demanda global no Judiciário alcançou 97,3%, em 2021, elevando o estoque do sistema em 1,5 milhão de processos. A Justiça do Trabalho, neste ponto, apontou melhor resultado, baixando de 99,6% dos casos novos em 21 dos 24 TRTs. Na Justiça Estadual, 11 dos 27 tribunais, não atingiram 100%, enquanto na Justiça Federal e nos Tribunais Superiores houve maior baixa que entrada.   

O capítulo da recorribilidade interna e externa é analisada a proporção entre o número de recursos aos órgãos de instância superior ou com competência revisora, em relação ao órgão prolator da decisão e o número de decisões passiveis de recursos. Computa-se a apelação, o agravo de instrumento, os recursos especiais e extraordinários. A recorribilidade interna aponta os recursos dirigidos ao órgão prolator da decisão recorrida e o número de decisões por este mesmo órgão proferidas. Aqui são considerados os embargos de declaratório e infringentes, os agravos internos e regimentais. Na comparação da recorribilidade interna e externa, nota-se que quanto maior a instância, maior é o índice de recorribilidade tanto interna quanto externa. Os Tribunais Superiores ocupam fundamentalmente de recursos, no percentual de 86,6% de sua carga de trabalho. Na Justiça do Trabalho e a Justiça Federal registra-se situação semelhante, 95,8% e 96%, enquanto nos Tribunais Estaduais o percentual é de 89,4%. Os índices de recorribilidade externa são maiores no segundo grau e nos Tribunais Superiores. Chegam aos Tribunais de segundo grau 6% das decisões de primeiro grau e nos Tribunais Superiores esse percentual alcança 25% das decisões de segundo grau. A Justiça Trabalhista é diferente, pois registra apenas 53% de recorribilidade do primeiro para o segundo grau. Interessante é que a recorribilidade nos Juizados Especiais para as Turmas Recursais é maior que na Justiça Comum. Nos Juizados Especiais Federais, 17% sobem às Turmas Recursais e das decisões das Varas Federais, 13% chegam aos TRFs. Na Justiça Estadual a recorribilidade externa é de 11% e de 4% nas Varas Estaduais.                           

No próximo capítulo trataremos de Política Nacional de Priorização do Primeiro Grau.  

Salvador,  04 de dezembro 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


CNJ NEGA PRAZOS PARA JUIZ DESPACHAR

O conselheiro Sidney Pessoa Madruga, do CNJ, mandou arquivar pedido de providências formulado por um promotor que requereu ato normativo para fixar prazos para os magistrados despacharem mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares em processos de natureza penal. Escreveu na decisão o conselheiro: "Um dos desafios do colegiado é justamente oferecer parâmetros para a racionalização e eficiência com o objetivo de uniformizar nacionalmente a interpretação e a aplicação do Direito no que diz respeito ao controle de atos administrativos". Prosseguiu para afirmar que o pleito é de "natureza estritamente jurisdicional", caso no qual o CNJ não tem competência para intervir na independência e no livre convencimento do magistrado. Expôs que quando a matéria for jurisdicional "flagrantemente estranha às finalidades do CNJ, bem como quando ausente repercussão geral", na forma do que dispõe o art. 103-B, parágrafo 4º da Constituição Federal e no art. 25, inc. X do Regimento Interno do CNJ.     

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 4/12/2022

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Bolsonaristas protestam em shopping do DF contra presidente eleito Lula

Grupo com aproximadamente 100 pessoas entoava grito de "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". A reportagem apurou que algumas lojas fecharam para evitar vandalismo


JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO

Parlamentares bolsonaristas usam Senado para pedir golpe e engajar redes

Senadores e deputados utilizaram estrutura do Congresso para pedir golpe militar e gerar engajamento na internet

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Ministério Público sob Aras deu alívio a Bolsonaro e reduziu apurações de corrupção

Transparência Internacional aponta desmonte de forças-tarefas como a da Lava Jato e inação do procurador-geral da República


A TARDE SALVADOR/BA 

Sem responder à quimioterapia, Pelé está em cuidados paliativos

Craque enfrenta câncer desde 2021 e teve metástases detectadas no intestino, pulmão e fígado

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Parlamento e judiciário do Irã discutem obrigatoriedade do véu feminino; lei pode ser alterada

Procurador-geral prometeu resultados rápidos sobre a questão; país enfrenta onda de protestos após morte de jovem acusada de violar o código de vestimenta

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Juros dos depósitos sobem, mas banca paga quase quatro vezes menos que média da Zona Euro

Depois dos avisos do Banco de Portugal, a remuneração média dos depósitos começou a subir. Apesar da tímida valorização, Portugal está na cauda da Zona Euro e os bancos não se comprometem com datas para nova atualização.

sábado, 3 de dezembro de 2022

RADAR JUDICIAL

SEM REVELIA: ATRASO DE 4 MINUTOS

A 6ª Turma do TSE afastou revelia decretada pela Vara do Trabalho de Batatais/SP às empresas Cidade Jardim Turismo e Fretamento Ltda., de Serrana/SP e Andréia Rosa Transportes, de Batatais/SP, porque seus representantes compareceram 4 minutos atrasados do horário da audiência. Trata-se de reclamação proposta por um motorista de ônibus de Altinópolis/SP, requerendo o reconhecimento de unicidade contratual em relação às duas empresas, do mesmo grupo econômico; reclamava também danos morais e materiais, além de outras parcelas. O recurso ao TRT da 15ª Região foi improvido, sob fundamento de que não há previsão legal de tolerância de horário para as partes, testemunhas e demais pessoas envolvidas na audiência. A relatora no TST, ministra Kátia Arruda, assegurou que apesar de jurisprudência dispondo que não há previsão legal de tolerância, o atraso foi de apenas 4 minutos e não foi praticado nenhum ato que causasse prejuízo às partes. O processo retornou à Vara do Trabalho de Batatais para prosseguir a instrução. 

EMPRESÁRIO BOLSONARISTA É DENUNCIADO

O empresário Rodrigo Martins de Mello foi denunciado pelo Ministério Público Federal pela prática do crime de organização criminosos na exploração de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, invadida por 20 mil garimpeiros invasores; o órgão ministerial cobra a importância de R$ 36,8 milhões a título de indenização por reparação de danos, em favor do povo yanomami. O presidente Jair Bolsonaro estimulou no seu governo as atividades ilegais dos garimpeiros. O bolsonarista lidera movimento pró-garimpo e foi candidato a deputado federal, mas não se elegeu. Além de Mello também foram denunciados uma irmã e filho, mais duas outras pessoas e uma empresa do grupo. As investigações constataram 23 aeronaves à serviço da organização criminosa.  

MORAES DENUNCIADO NO STF

O STF formou maioria para rejeitar denúncia formulada pelo presidente Jair Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes; a decisão, confirma monocrática do ministro Dias Toffoli que já tinha negado, escreveu: "Os fatos descritos na notícia-crime não trazem indícios, ainda que mínimos, de materialidade delitiva, não havendo nenhuma possibilidade de enquadrar as condutas imputadas em qualquer das figuras típicas apontadas". Bolsonaro acusa MoraEs pela prática de abuso de poder nas investigações. 

BAHIA É CONDENADA

O juiz Roney Jorga. Cunha, da Vara da Fazenda Pública de Teixeira de Freitas, condenou o Estado da Bahia na indenização de R$ 20 mil, face a uma abordagem, durante blitz da Polícia Militar, em 2010. Os policiais usaram de violência com agressões físicas e morais, com apreensão de uma moto, pilotada pelo irmão do autor da ação. Além de não liberar a moto, reteve a habilitação do autor da ação, que acusou os policiais de ter dado tapas no rosto, murros e pontapés com xingamentos e ficou por 20 minutos em uma viatura e levado para a Delegacia de Polícia, onde permaneceu preso por duas horas. O Estado recorreu e a 5ª Câmara Cível do Tribunal manteve a condenação. A relatora, desembargadora Carmen Lúcia, assegurou que o Estado "não negou a existência das lesões em si, defendendo apenas a ausência de nexo de causalidade,...".  

JUIZ MANDA SOLTAR ADVOGADO

O juiz David Ribeiro de Souza Belém de Fortaleza/CE, em audiência de custódia, mandou liberar um advogado, na quinta-feira, 1º/12, detido no presídio de Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza, sob acusação de entregar pacote de 10 grs de comprimidos, um bilhete, com instruções sobre as susbstâncias e duas canetas esferográficas. O magistrado impôs a condição restritiva de não comparecer à unidades prisionais. O advogado recebeu voz de prisão do diretor da Unidade Prisional de Ensino, Capacitação e Trabalho, que comunicou a prisão à OAB. 

Salvador, 3 de dezembro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

 

 



ANULADO MAIS UM PROCESSO DA LAVA JATO

Em decisão monocrática, o ministro Lewandowski, 2ª Turma do STF, em Agravo Regimental, e de ofício, apreciou Habeas Corpus, para anular ontem, 2/12, mais uma das condenações do ex-juiz Sergio Moro, em verdadeira caça às bruxas, pelo ódio devotado às punições dos políticos corruptos, processados e condenada pela Operação Lava Jato. O fundamento foi o mesmo que isentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sempre de natureza processual, neste caso incompetência, mas em outros por suspeição. Trata-se do ex-deputado André Vargas, condenado nas três instâncias, Curitiba, 13ª Vara Federal, Porto Alegre, Tribunal Regional Federal e Brasília, STJ, mas o STF encontrou meio para "fazer mais uma limpa" e anular condenações dos políticos corruptos. O STJ negou, por unanimidade, recurso de Vargas, mantendo a decisão de Moro e do Tribunal Regional Federal; o ex-deputado permaneceu preso por mais de três anos e teve seu mandato cassado pela Câmara dos Deputados.