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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

VÂNDALOS CHORAM NA PAPUDA

Advogados, em Brasília, compareceram à Academia da Polícia Federal, para oferecer seus trabalhos profissionais na liberação dos presos, face à invasão dos prédos dos Três Poderes, na Esplanada. Os advogados fixaram o valor das defesas em R$ 1 mil por pessoa. A Polícia Federal liberou os advogados para conversar com os detidos, levados para a Papuda, e que estão em área especial no Complexo Penitenciário, agrupados na estrutura da unidade da Polícia Federal, enquanto aguardam audiência de custódia. Os que mereceram prioridade foram os idosos, conduzidos para a unidade de Sobradinho. Um advogado, em resposta a um detido, respondeu: "Eu faço por R$ 1 mil o acompanhamento da oitiva (depoimento) e da briga pela audiência de custódia". Todo o interesse dos advogados registra-se, porque há 1,5 detidos, potenciais clientes, muitos dos quais choram quando tomam conhecimento dos crimes que responderão.

JUIZ É AFASTADO

O juiz Wauner Batista Machado, que concedeu liminar em Mandado de Segurança contra a Secretaria Municipal de Segurança de Belo Horizonte, porque desmontava acampamento golpista na frente da sede da 4ª Região Militar, foi afastado de suas funções pelo corregedor Luis Felipe Salomão. Logo depois da esdrúxula decisão do juiz, o ministro Alexandre de Moraes, em atendimento a pedido da Prefeitura de Belo Horizonte, desmontou o golpismo do empresário Esdras dos Santos, que desfilava nos acampamentos com um Porshe e ainda recebeu gratuidade de custas, deferida pelo mesmo magistrado. Todo o imbróglio foi criado, porque com a liminar foi impedido cumprimento da ordem da autoridade municipal e ainda mandou que a prefeitura "faça devolução imediata dos bens retirados do acampamento sob pena de pagamento de multa diária e incidência no crime de desobediência".

Na decisão de afastamento, o corregedor diz sobre "possível prática de graves infrações disciplinares por parte do magistado, com a utilização do cargo para a prática de aos que favorecem os ataques ao Estado". Posteriormente, o ministro Alexandre de Moraes, deferiu pedido do Prefeito, Fuad Noman, determinando o fim do acampamento e ainda multou o empresário em R$ 100 mil, punição extensiva aos proprietários de veículos encontrados no local.


MAIS UM JUIZ DEIXA A MAGISTRATURA

O juiz substituto Felipe Pacheco Cavalcanti pediu e o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargador Nilson Castelo Branco, deferiu, através de Decreto Judiciário, sua exoneração do cargo de juiz substituto, a partir do dia 5 de janeiro. 

Assim, torna-se o 12º juiz a deixar a magistratura. Ultimamente pediram exoneração os juízes: bel Alysson Antonio de Siqueira Godoy, Regis Souza Ramalho, Cariel Bezerra Patriota, Felipe Consonni Fragae José Francisco Buscario Morano; requereram aposentadoria pela compulsória: Osvaldo Rosa Filho, Ivan Figueiredo Dourado, desembargador Osvaldo de Almeida Bonfim.  



ATOS DO PRESIDENTE

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 009, DE 09 DE JANEIRO DE 2023 

Suspende o expediente forense e a fluência dos prazos processuais na Vara de Auditoria Militar da Comarca de Salvador, na data abaixo indicada.

  

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, e à vista do que consta do Processo nº TJ-ADM-2022/00132,

D E C I D E 

Art. 1º - Suspender, excepcionalmente, o expediente forense e a fluência dos prazos processuais na Vara de Auditoria Militar da Comarca de Salvador, no dia 12 de janeiro do corrente ano.

Art. 2º - Os prazos que vencerem no dia 12 de janeiro do corrente ano ficarão prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, nos termos do art. 224, § 1º, do Código de Processo Civil.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, em 09 de janeiro de 2023.

Desembargador NILSON SOARES CASTELO BRANCO

Presidente

 

 

 


MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 10/01/2023

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Ataques golpistas somam mais de 1,5 mil presos; acampamento no DF é desfeito

Segundo Dino, foram identificados, em 10 estados, os financiadores dos crimes contra a República e os contratantes dos ônibus que trouxeram, para Brasília, a horda de golpistas que invadiu, roubou e depredou as sedes dos Três Poderes

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO

Governadores se unem em Brasília para condenar vândalos bolsonaristas

Líderes dos estados se encontraram com Lula no Palácio do Planalto

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Golpismo fortalece Moraes e enfraquece uma longa lista de políticos

Ministro do STF relata inquéritos que miram bolsonarismo radical, responsável pelo vandalismo que atingiu Brasília neste domingo

TRIBUNA DA BAHIA SALVADOR/BA

Acampamento do QG do Exército é desmontado e 1,2 mil são presos

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Deputados aprovam intervenção federal na segurança do DF

Medida segue agora para votação no Senado; decreto foi editado pelo presidente Lula após a depredação de prédios em Brasília

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Governo trava subida das pensões a mais de 11 mil novos reformados

Executivo falhou, em 2022, a portaria que atualiza os salários pela inflação de 2021 para cálculo da prestação. Perdas podem chegar aos 14 euros para uma aposentação de 800 euros. Diploma acabou por ser publicado esta segunda-feira à noite e garante retroativos a janeiro do ano passado.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

RADAR JUDICIAL

DESMONTE DE ACAMPAMENTOS

A Polícia Militar, só agora, começou a desmontar o acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília, montado desde o resultado da eleição e derrota de Jair Bolsonaro. A medida foi executada depois que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou, no prazo de 24 horas, para o desmanche das estruturas, amontoadas na frente do QG do Exército de Brasília e de outros estados. Na decisão, Moraes determina a prisão em flagrante dos participantes dos atos antidemocráticos. Enquanto isso, mais de 200 bolsonaristas foram conduzidos para o Complexo da Papuda e as mulheres para a Colmeia, Penitenciária Feminina do Distrito Federal.     

DEPUTADOS PEDEM EXPULSÃO DE BOLSONARO

Deputados americanos pediram, em mensagens no Twitter, a expulsão do ex-presidente Jair Bolsonaro dos Estados Unidos. Eles mencionam os ataques à democracia por apoiadores do ex-presidente, que deixou o país para não passar a faixa ao seu sucessor. No campo da legalidade são duas as possibilidades para Bolsonaro deixar os Estados Unidos: extradição, que depende de pedido do Judiciário do Brasil, o que se mostra bastante difícil; a outra opção seria a deportação, dependente do governo americano. No Brasil, o senador Renan Calheiros pediu ao STF extradição do ex-presidente Jair Bolsonaro.   

POLÍCIA MILITAR COM BOM SALÁRIO

A Polícia Militar do Distrito Federal tem salário superior aos militares de outros estados. Um soldado da PM recebe bruto R$ 8.478,43, representando quase o dobro dos policiais de outras unidades federadas. A diferença é que os militares da capital federal recebem pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal, abastecido por verbas federais.   

GOLPISTAS CONTINUAM COM BARRACAS

Os arruaceiros de Jair Bolsonaro continuam com barracas montadas na Praça Duque de Caxias, na Mouraria, em Salvador. Seguem reclamando golpe e não são incomodados, apesar de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para desmonte das estruturas. Bem verdade que na Bahia os seguidores do ex-presidente são em número insiginificante; calcula-se em torno de 30 pessoas nessas barracas. Esses baderneiros ainda alegam que fazem o movimento em prol da democracia, esquecendo que o regime já elegeu outro presidente.   

Em São Paulo, os golpistas estão sendo desalojados da frente do Círculo Militar, no Ibirapuera, pelos militares, de conformidade com ordem do ministro Alexandre de Moraes. 

CAPITÓLIO: 950 PRESOS

A invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, em 2021, causou a prisão de 950 réus, envolvidos no ataque ao Congresso americano. Mas o FBI continua na busca dos participantes da invasão; já foram 192 condenações e 484 admissões de culpabilidade. Um dos vândalos, Jacob Chansley, foi penalizado com 41 meses de prisão e há outros réus que podem pegar cadeia por 20 anos. Naquela oportuniade, mais de 2 mil pessoas entraram no Capitólio, deixando 250 feridos e três mortos. Cenas semelhantes aconteceram em Brasília, no domingo, 8/1, quando seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram os Três Poderes, STF, Congresso e Palácio do Planalto, promovendo saques, quebra-quebra e destruindo várias móveis dos prédios. Muitos arruaceiros do Brasil já estão presos, outros estão sendo procurados e todos poderão ser julgados e punidos com penas rigorosas. O ex-presidente Jair Bolsonaro que viajou para os Estados Unidos com o objetivo de não passar a faixa para o presidente eleito foi internado hoje, 9/1, em Orlando, com dores abdominais.       

Salvador, 9 de janeiro de 2023.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.




COLUNA DA SEMANA

O besteirol prossegue no país com o aparecimento da denominada linguagem neutra. Se vivo Stanislaw Ponte Preta, certamente, traçava essas inovações no besteirol de atividades. Essa expressão é também conhecida por linguagem não binária e busca violar a natureza com a perseguição implacável da existência dos dois gêneros, o masculino e o feminino. Os aderentes dessa violação ao natural querem evitar a comunicação sexista e com este objetivo mexem até na língua portuguesa, porque buscam substituir artigos, trocando, por exemplo o artigo masculino "o" por um "x" ou um "e" ou ainda "@", de forma que a palavra todos passa a ser "todes", "todxs" ou tod@s". Insatisfeito com essa alteração, investem contra o pronome "ele", para torná-lo "elu", que se encarrega de substituir o "ele" ou "ela". Visam esses extraterrestres acabar com a identificação de homem e mulher, quando se sabe que as pessoas não-binárias representam pequena minoria no universo.  

No intuito de proibir essa asnice alguns estados legislaram sobre o assunto. Em Rondônia, através da Lei 5.123/21, no Mato Grosso, a Lei 5.820/21 e em Joinville/SC, a Lei 9.077/21, impedem a utilização de linguagem "estranha à Língua Portuguesa", na flexão dos gêneros, no âmbito da administração pública. Em Santa Catarina a matéria foi tratada com maior elasticidade, vez que os dois estados, Rondônia e Mato Grosso, limitaram a proibição às escolas e concursos públicos. Na Câmara dos Deputados tramita o Projeto de Lei 5.248/20, que bloqueia essa sandice na grade curricular e no material didático de instituição de ensino públicas ou privadas, no ensino da Língua Portuguesa no ensino básico e superior. Veda também o uso dessa toleima em documentos oficiais dos entes federados, editais de concursos públicos, ações culturais, esportivas, sociais ou publicitárias. 

O Projeto de lei "determina que o aprendizado da Língua Portuguesa seja de acordo com a norma culta, com as Diretrizes Curriculares Nacionais, com o Vocabulário da Língua Portuguesa e com a grafia no tratado internacional vinculativo do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa". A violação das regras traçadas implica em sanções às instituições de ensino e aos profissionais de educação. Nada mais coerente e justo, porquanto esses arautos de uma fajuta democratização da linguagem querem trazer para seus curriculos essa abjeta novidade. Outros 34 projetos de leis em 19 Estados tramitam para evitar a violação gramatical. Para destoar de toda dessa movimentação nos Estados aparece a figura do STF para alterar a lei de Rondônia, com bruta intervenção nas regras ortográfica da Língua Portuguesa. Pois o ministro Edson Fachin concedeu liminar que permite a banalização da língua portuguesa. Interessante e risível é o argumento do minisro no sentido de que "o uso da linguagem neutra ou inclusiva visa combater preconceitos linguísticos, que subordinam um gênero a outro...". E mais, o ministro diz que a "lei de Rondônica constitui nítida censura prévia, prática banida do ordenamento jurídico nacional". 

Enfim, o ministro interferiu nas regras gramaticais da Língua Portuguesa para atender pedido que não é de sua competência, mas da Academia Brasileira de Letras e outros órgãos. Nada tem de jurídico para essa indevida imersão. 

                                                           Salvador, 9 de janeiro de 2023.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

   


"INTOLERÁVEL ASSALTO À DEMOCRACIA"

O jornal Estado de São Paulo retrata bem as ocorrências de ontem, em Brasília, quando os arruaceiros invadiram os prédios do STF, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.  Leiam a matéria abaixo: 


Intolerável assalto à democracia

Um a um, os golpistas que se insurgiram contra a ordem constitucional em Brasília, assim como os que lhes dão apoio político, material e financeiro, devem ser punidos de forma exemplar

É estarrecedora a facilidade com que baderneiros que não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro na eleição passada invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília na tarde de domingo, no maior ataque à democracia brasileira desde o fim da ditadura militar.

Só há uma explicação para isso: a leniência das chamadas autoridades para identificar e punir os golpistas desde os primeiros crimes que cometeram após a confirmação da vitória do presidente Lula da Silva. Não foram poucas as oportunidades para que agentes do Estado fizessem valer as leis e a Constituição do País. Cada um desses agentes, no limite de sua responsabilidade, há de responder pela prevaricação perante a Justiça.

Ao que parece, uma malta de bolsonaristas só conseguiu tomar de assalto o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal porque conta com aliados muito poderosos, a começar pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o maior responsável pela intentona. Ora, o País não assistiria atônito àquelas cenas de violência na capital federal caso os golpistas não tivessem recebido apoio político, material e financeiro para fazer o que fizeram.

Acoitado na Flórida, incapaz de se curvar ao princípio mais comezinho da democracia – a transferência pacífica de poder –, Bolsonaro jamais emitiu uma palavra que pudesse ser entendida por seus radicais como uma ordem de desmobilização e respeito à Constituição e à supremacia da vontade popular. Ao contrário: desde a derrota, o ex-presidente abusou de meias palavras e insinuações para açular seus camisas pardas em uma escalada de violência que culminou na tentativa de golpe ocorrida em Brasília.

Sabe-se agora que aquele quebra-quebra promovido por bolsonaristas no dia da diplomação de Lula da Silva e Geraldo Alckmin pelo Tribunal Superior Eleitoral foi apenas uma espécie de ensaio geral para a intentona. Aparentemente, o objetivo final dos insurgentes, segundo sua lógica doidivanas, era promover uma desordem tal que levasse as Forças Armadas a intervir, restituir a Presidência a Bolsonaro e prender o presidente Lula da Silva. Nada menos.

Que haja amalucados no País capazes de conceber uma urdidura dessa natureza já é lamentável por si só. Mas ainda pior é saber que eles contam com o apoio, expresso ou tácito, de autoridades e líderes políticos.

Assim como Bolsonaro, as Forças Armadas jamais emitiram uma ordem firme para desmantelar os acampamentos golpistas que foram montados em frente a quartéis País afora. Esse silêncio acalentou os delírios golpistas dos bolsonaristas. Houve até militares que classificaram os atos contra o resultado das urnas – e, portanto, contra a Constituição – como “manifestações democráticas”. O próprio ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, mostrou-se tolerante com o intolerável, tergiversando sobre a gravidade desses acampamentos.

Mas não foram apenas Bolsonaro e alguns militares que não honram a farda que fizeram dos golpistas os idiotas úteis a desideratos liberticidas. Igualmente, o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), deverá responder pela falta de preparo das forças policiais sob seu comando para conter uma invasão que há muito tempo já vinha sendo preparada. A GloboNews exibiu uma imagem chocante de policiais militares do DF fazendo selfies enquanto uma súcia de bolsonaristas invadia o Congresso Nacional. Diante da manifesta tibieza de Ibaneis Rocha, fez bem o presidente Lula em decretar intervenção federal na segurança do DF.

A bem da democracia brasileira, a insurreição deve receber uma resposta à altura das autoridades constituídas. A Polícia Federal, sem prejuízo da atuação de outras instituições, deve identificar, um a um, os responsáveis pela violência contra o Estado e pela depredação do patrimônio público. Se a invasão do Capitólio, há dois anos, serviu de inspiração para os golpistas no Brasil, a diligência das autoridades dos Estados Unidos na persecução criminal de seus responsáveis deve servir de exemplo para as autoridades brasileiras. A democracia se defende, como já dissemos nesta página, lançando sobre os que atentam contra ela todo o peso da lei. 

ARRUACEIROS TÊM LIBERDADE PARA TERRORISMO!

A invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, na tarde/noite de ontem, só aconteceu porque a Polícia Militar do Distrito Federal não atuou, e pior, fez que impedia os atos antidemocráticos, como se estivesse protegendo os arruaceiros, em nítida leniência com os atos de vandalismo; procedeu semelhantemente à permissão do Exército dos acampamentos em frente aos QGs de Brasília e de outros estados: omitiram. O controle da ocupação dos prédios dos Três Poderes pelos selvagens seria bastante fácil, se houvesse comprometimento. É que sabia-se da ocorrência, conforme confissão do secretário da Justiça, lugar tenente do ministro Anderson Torres e através de mensagens trocadas nas redes sociais pelos invasores no curso da semana que passou; ademais, as vias que dão acesso à área são poucas e, portanto, possível barrar ou ao menos dificultar o acesso dos apoiadores de Bolsonaro. Aliás, restrições de chegada à Esplanada aconteceu no dia 1º de fevereiro, com fechamento da S2 e a N2, na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 


Os governadores da Bahia e do Rio Grande do Sul perceberam o "teatro" criado pelos policiais do Distrito Federal e já liberaram policiais de seus estados para deslocarem a Brasília a fim de proteger e evitar novas investidas. Os militares do DF estavam bastante próximos dos terroristas e isso foi demonstrado, quando afastaram das barreiras instaladas para comprar água de coco, bem em frente à Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, ou quando tiraram fotos com os invasores. Essas facilitações provocaram o pedido de prisão do ex-ministro da Justiça, no governo Bolsonaro e secretário de Justiça, Anderson Torres, demitido no mesmo dia pelo governador, além do afastamento do governador Ibaneis Rocha, decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. O governador culpou o Exército pela invasão, porque não diligenciou para ter "acabado com acampamento". O resultado de todos esses desleixos originou a intervenção na segurança pública do Distrito Federal, através de Decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  

No interior do prédio, os terroristas tiveram liberdade para acionar os alarmes de incêndio, no andar onde fica o plenário, e a água daí saída molhou todo o salão, atingindo os andares de baixo. A facilidade de movimentos era tamanha que um manifestante pichou a escultura "A Justiça" com a frase "perdeu, mané", copiando declaração do ministro Barroso, quando foi xingado por bolsonaristas em Nova York; ainda arrancaram a porta do armário, no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, e retiraram a toga do local. Todas as arruaças foram promovidas com a intenção de sensibilizar os militares para defender o caos. 

Estão desmoralizados a Polícia Militar do Distrito Federal e, em consequência, o governo do Distrito Federal!

Guarajuba/Camaçari, 9 de janeiro de 2023.

Antonio Pessoa Cardoso
        Pessoa Cardoso Advogados.        



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 9/1/2023

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Alexandre de Moraes determina afastamento de Ibaneis do governo do DF

De acordo com a decisão, o chefe do executivo local e o secretário de segurança exonerado Anderson Torres também serão incluídos no inquérito que investiga atos antidemocráticos

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO

Terroristas roubaram armas usadas pelo GSI no Planalto, diz ministro

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Secretário do DF disse antes de invasão ter negociado com golpistas entrada pacífica na Esplanada

Em áudio enviado a governador do DF, número 2 de Anderson Torres afirma que estava 'tudo tranquilo'

TRIBUNA DA BAHIA SALVADOR/BA

Governo da Bahia envia 70 PMs para reforçar a segurança no Distrito Federal

Outros estados também estão enviando agentes

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Leite oferece 73 soldados da tropa de choque do RS para auxiliar em Brasília

Governador condena extremistas no DF e garante "resposta enérgica" a ato semelhante no RS

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Apoiantes de Bolsonaro roubaram armas do palácio presidencial

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência brasileira mostrou dois estojos de armas de fogo vazios, em cima de um sofá parcialmente queimado no Palácio do Planalto