CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 15/2/2023
terça-feira, 14 de fevereiro de 2023
RADAR JUDICIAL
JUÍZA É AFASTADA
NÃO HÁ ALIENÍGENAS
A Casa Branca assegurou que não há indicação de alienígenas entre os objetos voadores derrubados no Alasca, no Canadá e na região dos Grandes Lagos. Foram abatidos três ovnis nesses últimos três dias. O porta-voz da Casa Branca declarou: "Eu sei que houve perguntas e preocupações sobre isso, mas não há, novamente, nenhuma indicação de alienígenas ou atividade extraterrestre com essas recentes quedas".
PROCURADORIA PEDE LIBERDADE PARA 12 PRESOS
A Procuradoria-geral da República requereu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, liberação de 12 presos que estavam acampados em frente ao QG do Exército, porque não há indícios de terem cometido atos de vandalismo contra os prédios dos Três Poderes. A Procuradoria pede a substituição de prisão preventiva por medidas restritivas, como proibição de frequentar qualquer estabelecimento militar ou de manter contatos com outros denunciados.
PROCURADORIA PEDE REVOGAÇÃO DE PRISÃO DE DANIEL
A vice-procuradora-geral da República Lindôa Araújo, em manifestação ao STF, pede revogação da prisão preventiva de Daniel Silveira. Ela alega que o ex-deputado recebeu graça presidencial, motivo pelo qual não se constata a ocorrência de infração às medidas cautelares. Silveira foi preso no início do mês, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, sob fundamento de descumprimento de medias cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de uso de redes sociais. Lindôra diz que "a rigor, a presente ação penal deve seguir o seu regular curso procedimental com a declaração da extinção da punibilidade do Agravante em decorrência do indulto indiviual concedido por Decreto Presidencial".
PROCURADORIA DENUNCIA MAIS 139 ARRUACEIROS
A Procuradoria-geral da República, através do subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, denunciou hoje, 14/2, mais 137 pessoas presas em flagrante pela participação nos atos de depredação, no 8 de janeiro. Foram acusados mais duas pessoas por produzir explosivos caseiros, "coquetel molotov". Assim, o total de denunciados perfaz 835 pessoas, dos quais 645 incitadores, 189 executores e um agente público por omissão. A Procuradoria alega que os acusados tinha o intuito de "implantar um governo militar, impedir o exercício dos Poderes Constitucionais e depor o governo legitimamente constituído e que havia tomado posse em 1º de janeiro de 2023".
STJ REDUZ PENA DE DIRCEU
A 5ª Turma do STJ, por maioria, acolheu recurso do ex-ministro José Dirceu e seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva para diminuir a pena de oito anos e dez meses de prisão para quatro anos e oito meses. Foi excluída a prática do crime de levagem de dinheiro, permanecendo apenas o crime de corrupção passiva. O entendimento foi de que os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro não ocorrem em separado, sendo a lavagem desdobramento da corrupção. Os ministros seguiram o voto do relator ministro João Otávio de Noronha.
No ritmo que segue Dirceu vai ter absolvição total, como já ocorreram com muitos criminosos na Operação Lava Jato!
Salvador, 14 de fevereiro de 2023.
ESCRITÓRIO DE REPRESENTAÇÃO DO TRIBUNAL É FECHADO
O Tribunal mineiro celebrou contrato com a Confederação Nacional do Comércio para instalação do escritório no valor de R$ 607 mil. O fechamento ainda poderá causar o tribunal na pena de multa, porque o contrato prevê o tempo do aluguel por cinco anos.
POLÍCIA FEDERAL PRENDE MAIS CINCO
CONTROLE DE ARMAS
OPERÁRIO FOI TORTURADO E PRESO, POR ENGANO
Correa foi preso em março de 1970 e seu primeiro depoimento só aconteceu um mês depois, quando se tornou réu, baseado em inquérito policial da VAR-Palmares. Ele ainda sente reflexo do que sofreu com as torturas: um zumbido no ouvido esquerdo. Correa ainda lembra dos socos, pontapés e cabeçadas recebidas e narra que uma vez colocaram "ao redor da minha orelha, enfiaram o fio dentro dos meus ouvidos". O idoso diz que a selvageria nos porões do Dops era maior: "Eu vivia desmaiado de tanto apanhar. Era clava na cabeça, pontapé quando estava caído no chão. Chegaram a jogar um sofá em cima de mim". No final, depois de nove meses de prisão, o Conselho Especial de Justiça revogou, à unanimidade, a prisão de Correa.
"O DEVER DE NÃO ESPERNEAR"
O editorial do jornal Estado de São Paulo faz reparo da conduta do ministro Luiz Fux que, em evento, criticou a decisão da Corte sobre a coisa julgada em matéria tributária. Essa manifestação junta-se às sucessivas entrevistas e pronunciamentos dos ministros, quano deveriam reservar suas expressões somente para os autos. Enfim, gera desentendimentos na Corte. Leiam a matéria abaixo:
O dever de não espernear
Por lei, ministros do STF só devem falar de casos nos autos. Ao expressar fora da Corte sua contrariedade com a decisão sobre a coisa julgada, Fux prejudica a autoridade do Supremo
No dia 8 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento de um processo extremamente controvertido. Segundo a Corte, uma ação com repercussão geral sobre matéria tributária deve prevalecer sobre decisões judiciais definitivas. O ponto mais polêmico, sobre o qual não houve consenso entre os ministros do Supremo, foi a definição de que, nesses casos, as decisões anteriores perdem imediatamente seus efeitos.
Dois dias depois, num evento de um sindicato paulista de empresas de contabilidade, o ministro do STF Luiz Fux – que foi voto vencido na questão dos efeitos concretos da ação com repercussão geral sobre a coisa julgada prévia – criticou duramente a decisão tomada pela maioria de seus colegas na Corte. “Nós tivemos uma decisão que destruiu a coisa julgada, (...) que criou a maior surpresa fiscal para os contribuintes”, disse o ministro.
Fux disse que tinha “legitimidade para falar sobre isso” por ter manifestado sua contrariedade “publicamente”, isto é, durante o julgamento. O ministro declarou ter ficado tão incomodado com a decisão que sua insatisfação “é perene”. Em seguida, Fux descreveu um comentário da internet sobre a decisão: “Eu li um meme que era mais ou menos o seguinte: a segurança jurídica convida a todos para o enterro da coisa julgada; vedada a presença de investidores”. A plateia aplaudiu o ministro.
Infelizmente, a crítica pública contra julgamento em que foi voto vencido não é uma novidade no Supremo. Não é inédita, mas é rigorosamente ilegal. “É vedado ao magistrado manifestar, por qualquer meio de comunicação, (...) juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério”, estabelece a Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar – LC – 35/1979), em seu art. 36, III.
Os ministros do STF têm de cumprir a lei. Trata-se de ponto fundamental para o prestígio e a autoridade da mais alta Corte do País. Não há que falar em exceções ou em circunstâncias especiais. Todos os juízes, também os do Supremo, estão sujeitos à LC 35/1979.
Integrar um órgão colegiado no Judiciário exige a capacidade de ser voto vencido em silêncio: de não espernear perante a derrota. O magistrado tem a oportunidade de expor suas razões e seus argumentos durante o julgamento. Se, ao final, não convenceu seus pares, se foi posição minoritária, tem de acolher a decisão vencedora, sem criticá-la. Qualquer outra atitude, manifestando juízo depreciativo sobre a orientação final, descumpre a Lei Orgânica da Magistratura.
Além de desrespeitar a lei, a crítica pública a decisões judiciais por parte de ministros do STF é extremamente prejudicial à autoridade do Judiciário. Concorde-se ou não com ela, toda decisão judicial deve ser respeitada e cumprida por todos. No entanto, como esperar que uma decisão seja respeitada pela população se o próprio magistrado que participou do julgamento faz pouco dela?
O descumprimento do art. 36, III da LC 35/1979 faz com que todo o Supremo fique desgastado, como se suas decisões fossem absurdas, sem fundamentação jurídica, sem ponderação dos efeitos. Em casos como o da semana passada, em que a decisão contraria os interesses de muitas empresas, é fácil jogar para a plateia. Dificílimo é reconstituir a autoridade da Corte.
Como dissemos nesta página, no editorial Caso no STF resume mazelas nacionais (10/2/2023), a decisão sobre a coisa julgada em matéria tributária é controvertida, mas não é absurda. Trata-se de firme defesa do princípio da igualdade de todos perante a lei, o que protege a maioria dos contribuintes, além de desestimular a judicialização. Mas como exigir racionalidade se há ministros do STF que incentivam o desprezo à decisão?
O funcionamento do Estado Democrático de Direito exige outra compostura. Para o Judiciário ser capaz de pacificar os conflitos sociais, o juiz que foi voto vencido tem de saber perder.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 14/2/2023
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
Deputados articulam PEC que manda militares em cargos públicos para reserva
Minuta que o Correio teve acesso, nesta segunda-feira (13/2), propõe alterar o artigo 142 da Constituição Federal, que dispõe sobre as atribuições das Forças Armadas
JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO
AGU quer que financiadores dos atos golpistas devolvam R$ 20,7 milhões
Ação mira financiadores do fretamento de ônibus para 8 de janeiro
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
'Mudar meta de inflação agora vai ter efeito contrário ao desejado', diz Campos Neto
Presidente do BC diz que fará tudo o que estiver ao seu alcance para aproximar a autoridade monetária do governo
TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA
Lula desembarca hoje na Bahia para relançar Minha Casa, Minha Vida
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desembarca hoje em Santo Amaro, no Recôncavo baiano
Número de mortos na Turquia e na Síria passa de 35 mil, mas ONU adverte que fatalidades podem dobrar
Países receberam equipes de resgate de diversas nações
Bruxelas culpa aumentos salariais de atrasar alívio da inflação no país
Economia portuguesa vai sofrer o segundo pior embate da crise com uma quebra no crescimento de 5,7 pontos percentuais, segundo a Comissão Europeia. Mas o governo está otimista.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023
RADAR JUDICIAL
NOVO GOLPE, ENVOLVENDO ADVOGADOS
Novo golpe na praça, envolvendo nomes de advogados: os criminosos usam os nomes, logotipos, identidade visutal e assinaturas de empresas, de escritórios de advocacia, bancos ou instituições públicas. Servem do WhatsApp e utilizam informações tidas como sigilosas para conquistar credibilidade da vítima. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo já foram confirmados 49 golpes do Pix, com desvio de R$ 657 mil, localizados em Mococo, na região de Ribeirão Preto/SP. Em um dos casos narrados, os fraudadores imitaram secretária de um escritório de advocacia, em São Paulo; nas mensagens informaram dados de um processos e enviaram documento falso do Tribunal de Justiça.
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO JUDICIÁRIO
O ministro André Mendonça, do STF, em Ação Direta de Inconsitucionalidade, concedeu cautelar para proibir os Poderes Executivo e Legislativo de limitar a execução orçamentária do Poder Judiciário e do Ministério Público, em relação a despesas em folha suplementar, do Estado do Ceará. A Ação foi proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros e pela Associaçãao Nacional dos Membros do Ministério Público, questionando a validade da restrição, prevista nas Diretrizes Orçamentárias de 2023. Trata-se de limitação dos gastos com pessoas em folha suplementar nos três Poderes e no Ministério Público estadual, no percentual de 1% da despesa anual da folha normal de pagamento para o mesmo exercício. O ministro considerou o fato de não terem sido ouvidos o Judiciário e o Ministério Público.
ADVOCACIA-GERAL PEDE RESSARCIMENTOS
A Advocacia-geral da União ingressou com ação contra 59 pessoas ou empresas para que assumam os estragos nos bens da União, provenientes da invasão do 8 de janeiro. Todas as pessoas e empresas são arroladas como responsáveis pelo financiamento dos atos nos prédios dos Três Poderes. São 59 nomes, dos quais 22 em São Paulo, 12 no Paraná e 9 em Minas Gerais, que causaram estragos de R$ 20,7 milhões com o financiamento para os vândalos. Os danos no Senado foi de R$ 3,5 milhões, na Câmara, R$ 3,3 milhões, no STF, 5,92 milhões e no Planalto, 7,97 milhões. A Advocacia-geral junta documentos como passagens vendidas para o ato denominado de "tomada" da capital federal. Até o momento a Advocacia-geral ingressou com quatro Ações Civis e em três delas os bens já foram bloqueados.
STJ ANULA PROVAS
A 6ª Turma do STJ anulou provas decorrentes da invasão da casa de uma suspeita de tráfico de entorpecentes. A história foi contada por policiais militares e a Corte considerou pouco confiável. A narrativa era de que o local exalava cheiro de drogas. Trata-se de um casal que fugiu ao encontrar policiais militares, quando saia de uma vilela; todavia, a mulher correu para dentro de sua própria casa, onde foi apreendida. Os agentes encontraram, dentro da mochila, 25 gramas de cacaína, 73 gramas de crack e 43 de maconha. O relator, desembargador Jesuíno Rissato escreveu no voto: "Não houve a indicação de qualquer elemento que indicasse a plausibilidade acerca da existência de cheiro de drogas no imóvel, tal como o fato de a paciente ou qualquer outra pessoa estar consumindo droga no momento, circustância que foi embasada apenas em impressos subjetivas do policial, motivo pelo qual deve ser reconhecida a ausência de fundadas razões para o ingresso no imóvel".
MUNICÍPIO NÃO É OBRIGADO A RETIRAR PONTO DE ÔNIBUS
A 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de São Paulo negou provimento a recurso de uma escola particular que reclamava da Prefeitura de Guarujá a remoção de ponto de ônibus da frente da instituição. O desembargado relator Rubens Rihl escreveu no voto vencedor, à unanimiade: "Logo, ausente a comprovação de qualquer desvio de finalidade na escolha do ponto de ônibus por parte da administração, inviável se demonstra a alteração do local deste pelo Judiciario, o qual não pode intervir na discricionariedade do Poder Executivo sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes". O entendimento é de que o interesse público deve se sobrepor ao privado e "a parada de ônibus já estava localizada no local há décadas e é essencial para o sistema de transporte coletivo".
Salvador, 13 de fevereiro de 2023.
MULHER CONDENADA A 60 ANOS É ABSOLVIDA