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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

STJ JULGA JUÍZES

Na quarta-feira, 6, o STJ está pautado para julgamentos de quatro juízes do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, acusados da prática dos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi recebida pela Corte Especial, em fevereiro/2022, envolvendo os magistrados Marcos Pinto da Cruz, José da Fonseca Martins Júnior, Fernando Antonio Zorzenon da Silva e Antonio Carlos de Azevedo Rodrigues, todos do TRT-1. O Órgão Especial admitiu existência de provas e indícios, no recebimento de vantagens para incluir empresas no Plano Especial de Execução da Justiça do Trabalho e eles tiveram prisão domiciliar. Posteriormente, a medida cautelar foi revogada através de Habeas Corpus no STF, mas os magistrados continuam afastados da função. 

A relatora do caso é a ministra Nancy Andrighi, do STJ, que determinou o desmembramento do processo, separando outros denunciados que estavam incluídos, no total de 18 pessoas, dentre as quais o ex-governador Wilson Witzel e o ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos. A separação aconteceu face ao foro por prerrogativa de função e a ministra encaminhou o processo para julgamento no Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

 


IDENTIDADE SEM CONSTAR SEXO

A manutenção da nova carteira de identidade nacional com o campo "sexo", que sempre constou, e a distinção entre nome social e nome de registro não agradou à comunidade LGBTQIA+, porque queriam carteira de identidade sem constar o campo de sexo. A manifestação é de que esse campo restringe a admitir somente os sexos masculino e feminino. O pessoal que contesta os dados na carteira de identidade assegura que atua em defesa da população LGBTQIA+ e informa tratar-se de direitos fundamentais. A minoria reclama que "nossa identidade constitui tema inaceitável e inegociável e pede providências sobre o decreto presidencial que trata da nova carteira de identidade nacional". 

Todos os estados adotarão o novo documento, com inclusão do CPF, até o dia 11 de janeiro. Na nova carteira, o governo não incluiu nenhum campo, mas apenas manteve os campos existentes. O que as minorias pretendiam era que fosse omitido o campo referente ao sexo e sem distinção entre nome social e nome civil. Os que defendem a manutenção do sistema anterior, asseguram que o motivo deve-se a segurança e identificação, deixando de lado o tema sobre questões ideológicas 

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 4/12/2023

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Maceió: desmoronamento, se ocorrer, será "localizado" 

Mina de sal-gema monitorada desde o último dia 28 ainda preocupa, porém apresenta estabilidade, diz Ministério de Minas e Energia. Solo do bairro Mutange já afundou 1,69 metro, mas ritmo desacelera, informa Defesa Civil

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Auditoria do TCU quer que Bolsonaro entregue acervo de presentes em 15 dias 

Em parecer, área técnica da corte avalia que joias da Arábia Saudita, fuzil e pistola de Bolsonaro devem ser incorporados pela Presidência da República

FOLHA DE SÃO PAULO

Em cidade da China, carros não têm 

motorista e delivery de comida 

é por drone

Avanços tecnológicos incorporados ao cotidiano de parte da população 

enfrentam ameaças devido à competição do país com os EUA


TRIBUNA DA BAHIA -SALVADOR/BAHIA

Presidente prioriza agendas internacionais 

e chega ao 24º país em um ano

55% da população considera a agenda internacional de Lula excessiva, 

de acordo com pesquisa da Genial/Quaest.

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Eleições para o TJRS serão realizadas 

nesta segunda-feira

Resultado será transmitido pelas redes sociais oficiais do Tribunal

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

domingo, 3 de dezembro de 2023

RADAR JUDICIAL

INCONSTITUCIONAL LEI DE REMÉDIOS PARA EMAGRECER

A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre a Lei 13.454/71, que "autoriza a produção, a comercialização e o consumo dos anorexígenos sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol", remédios emagrecedores. Na petição, a entidade alega que "o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, no exercício do cargo de presidente da República, sancionou a lei". Em sessão plenário, o STF, por maioria, julgou, na quinta-feira, 14, pela inconstitucionalidade da referida lei e proibiu a produção, a comercialização e o consumo de remédios emagrecedores.  

UNB: SELETIVO PARA MAIS DE 60 ANOS

A Universidade de Brasília, UNB, fará processo seletivo para maiores de 60 anos que tentam ingressar ou retornar ao ensino superior. Breve será publicado edital com data, número de vagas e cursos com postos disponíveis e os estudos começarão no primeiro semestre do próximo ano. A reitora, Márcia Abrahão, esclarece que o "processo faz parte de política de valorização de pessoas 60+.

MULHER DE DALLAGNOL NA PREFEITURA

Fernanda Dallagnol, 40 anos, advogada, empresária e esposa do ex-procurador da República Deltan Dallagnol, desponta como possível candidata à prefeitura de Curitiba/PR, no próximo ano. Fernanda prepara em curso de renovação política Renova, que trata de políticas públicas, comunicação política, organização de campanha e governança. Dallagnol foi o deputado federal mais votado no Paraná, mas terminou sendo cassado, pelo TSE com aplicação da Lei da Ficha Limpa e tornou-se inelegível por oito anos.

ADVOGADO CONFRONTA COM DELEGADO

Na 30ª Delegacia de São Sebastião, Brasília/DF, o advogado Walisson dos Reis, representando uma cliente agredida, recebeu advertência do policial civil para desligar a câmara e prosseguir a conversa em sala reservada. O não atendimento provocou reação do policial que tentou apreender o celular de Reis que não permitiu; todavia, a agressão possibilitou a retirada da carteira da OAB do advogado. O agente da lei resistia em aceitar o advogado como defensor, porque não tinha uma procuração. Além disso houve por parte do policial desdém à advocacia e às instituições, como a Corregedoria e OAB.

PROCURADORIA PEDE INQUÉRITO POR PRÁTICA DA RACHADINHA 

A Procuradoria-geral da República pediu ao STF abertura de inquérito contra o deputado federal André Janones, suspeito de prática de rachadinha em seu gabinete. A vice-procuradora de República, Ana Borges Coêlho, alega a necessidade da diligência para esclarecer se o parlamentar "associou-se, de forma estável e permanente, a assessores e ex-assessores por ele indicados para ocupar cargos em comissão em seu gabinete, para o fim específico de cometer crimes conta a administração pública, consistes em sistemáticos repasses ao agente político de parte dos recursos públicos destinados ao pagamento das remunerações desses servidores públicos, mediante prévio ajuste, prática popularmente conhecida como "rachadinha". 

CASSADA APOSENTADORIA DE DELEGADO

A aposentadoria do delegado da Polícia Federal, Daniel Leite Brandão, foi cassada e ele foi preso por integrar quadrilha, acusada de manipular mais de 400 inquéritos em troca de propina. O grupo atuava em inquéritos, envolvendo quantias milionárias da Previdência Social e do Tesouro Nacional. Eles redirecionavam inquéritos sobre não recolhimento de contribuições previdenciárias por empresas para outros delegados participantes dos desvios do dinheiro público. Brandão foi condenado por improbidade administrativa no pagamento de multa e perda do cargo público, além da cassação de sua aposentadoria.     

Salvador, 3 de dezembro de 2023

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


COLUNA DA SEMANA

O STF termina o ano num inferno astral. A OAB, Justiça do Trabalho, Congresso Nacional e a Imprensa questionam posicionamentos da Corte. Com os advogados há vertentes de diversas naturezas, a exemplo do impedimento de um advogado fazer sustentação oral no Tribunal Superior Eleitoral. O fundamento para essa drástica medida residiu na alegação de que a matéria é prevista no regimento interno da Corte, como se a norma interna fosse capaz de anular leis e a Constituição Federal. O pior é que o ministro Alexandre de Moraes ainda ironizou a pretensão do advogado com a expressão: "a OAB vai lançar outra nota contra mim, vão falar que eu não gosto do direito de defesa. Vai dar mais uns quatro mil tuítes dos meus inimigos. Então vamos fazer, doutor, a festa do Twitter, das redes sociais". O presidente da OAB/GO declarou ser "um achaque antidemocrático. É uma postura, sinceramente, que eu jamais imaginei assistir".    

Com a Justiça do Trabalho, no último encontro da advocacia brasileira, em Belo Horizonte, na semana que terminou, manifestou-se contra "esvaziamento da competência da Justiça do Trabalho por decisões do Supremo Tribunal Federal". A conselheira federal do Pará e membro da Comissão Nacional de Direitos Sociais da OAB, Ana Ialis Baretta, falou que "o STF vem esvaziando a competência da Justiça do Trabalho sobre o argumento de que existem caprichos nas decisões da Corte que teriam um preconceito em relação ao empreendedorismo, que seria o ecossistema de uma indústria de reclamações trabalhistas. Mas o que há, na verdade, é um preconceito contra a advocacia trabalhista e em relação às prerrogativas do segmento". Disse mais Baretta: "decisões do STF, invalidando julgamentos da Justiça do Trabalho, tornam o Supremo uma espécie de tribunal recursal trabalhista, em afronta à própria Constituição". Afirmou que "há uma crença tola de que enfraquecendo a Justiça do Trabalho estariam beneficiando o empresariado, mas isso não é verdade, porque os únicos beneficiados, na prática, são os descumpridores".

No Congresso Nacional, o imbróglio começou com a manifestação contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, porque pautou e foi aprovada a PEC que limita a prolação de decisões monocráticas, que se tornaram regra na Corte, sendo a exceção o pronunciamento do colegiado. Depois da aprovação da PEC, foi encaminhada para a Câmara dos Deputados e já houve denúncia de que alguns ministros pressionam parlamentares para não ratificar o entendimento dos senadores. A primeira conquista do STF deu-se através do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, beneficiado pela Corte em várias decisões que lhe retirou a condição de réu em alguns processos. A informação é de que Lira, apesar de pressionado pelos deputados, promete segurar a PEC em seu gabinete, agradando aos ministros do STF.   

A última encrenca aconteceu com a imprensa nacional, porque em decisão, o STF definiu que a imprensa pode ser responsabilizada pela publicação de entrevistas com indícios de falsidade. Uma das tarefas da imprensa para evitar punição consiste no cuidado que deve ter para as publicações e as circunstâncias das entrevistas ao vivo, segundo alegam alguns ministros. Duas condições para a responsabilidade ser atribuída à imprensa: se "havia indícios concretos da falsidade da imputação" e se "o veículo deixou de observar o dever de cuidado na verificação da veracidade dos fatos e na divulgação da existência de tais indícios". Esse cenário procura forçar os jornalistas a antecipar investigação sobre o conteúdo das entrevistas para evitar os danos, acabando, na prática, com as entrevistas ao vivo. Sobre o assunto, tramita na Câmara dos Deputados Projeto de Lei para questionar o STF sobre a responsabilização de empresas jornalísticas por declarações de entrevistados contra terceiros. 

Enfim, os ministros enfiaram a censura goela abaixo dos jornalistas!

Salvador, 3 de dezembro de 2023.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados. 



HABEAS CORPUS CASSA SENTENÇA E ACÓRDÃO

Um advogado impetrou Habeas Corpus, sustentado em nulidade de provas obtidas com invasão domiciliar, para condenação de um homem por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo e munições, em São Vicente/SP. A sentença condenou o réu a 11 anos e oito meses de reclusão; o acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo diminuiu a pena para 10 anos, três meses e 20 dias, além de anotar a inexistência de invasão de domicílio, sob fundamento de que o tráfico é crime permanente e dispensa a exigência de mandado. Na apreciação do Habeas Corpus, o ministro diz que o acórdão do Tribunal destoa da jurisprudência que fixou a tese: "as circunstâncias que antecederem a violação do domicílio devem evidenciar, de modo satisfatório e objetivo, as fundadas razões que justifiquem tal diligência e a eventual prisão em flagrante do suspeito".   

O ministro assegura que o "ingresso ilegal dos agentes com amparo exclusivo na natureza permanente dos delitos supostamente cometidos, faz-se imperiosa a anulação da prova decorrente do ingresso ilegal dos policiais no imóvel". Esclarece que "houve o encontro de drogas em posse do acusado na abordagem inicial". Escreveu o ministro: "A diligência apoiou-se em dito comportamento suspeito do acusado, que teria tentado empreender fuga no momento da abordagem; e em versão não crível apresentada pelo policiais, de que o próprio paciente teria informado haver drogas no interior da residência". 



PRECATÓRIOS SERÃO DEPOSITADOS NESTE ANO

A União, INSS e outras autarquias federais terão de pagar, ainda neste ano, as dívidas originadas de decisões judiciais, que são os precatórios, atrasados de 2022, segundo decisão do STF, em duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade, contra as Emendas Constitucionais ns. 113 e 114/2021, responsáveis pela moratória no pagamento, sob alegação da Covid-19. As duas alterações constitucionais fixaram o pagamento dos precatórios para os anos de 2022 e 2026. O valor das decisões judiciais, em precatórios, ultrapassa R$ 95 bilhões, segundo anunciou o Ministério da Fazenda e serão depositados neste mês de dezembro, disponíveis para saque em janeiro, nas agências da Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. Nos precatórios, estão incluídos os benefícios previdenciários e assistenciais, salários e aposentadorias de servidores públicos, intervenções no "domínio econômico" e conflito entre a União e estados, sobre valor devido do pagamento ao FUNDEF/FUNDEB. Entram também os pagamentos de desapropriações, indenizações por dano moral e Fundo de Participação de Municípios. Os pagamentos acontecerão, porque o STF não admitiu a prorrogação dos pagamentos, tratadas em 2021, em emendas constitucionais no governo Jair Bolsonaro.  



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 3/12/2023

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Lula rebate Macron, que disse ser contra tratado entre Mercosul e UE

Segundo Lula, a França é um país "mais protecionista" e sua posição não reflete a da União Europeia. Para Macron, acordo fere normas ambientais

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Penduricalhos

Juízes receberam R$ 3,4 bilhões em retroativos nos últimos três anos

Indenizações foram destinadas a mais de 19 mil magistrados e pesam na folha do Judiciário

FOLHA DE SÃO PAULO

Na COP28, Brasil e mais 115 países 

preveem triplicar energias renováveis 

até 2030

Cinquenta petroleiras, incluindo Petrobras, requentam promessas 

e geram críticas


A TARDE -SALVADOR/BAHIA

Reconhecimento facial ultrapassa marca 

de 1.200 prisões na Bahia

Lista de procurados atinge 1.204 localizados

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Área de risco foi 100% desocupada em Maceió, 

garante Braskem

Últimos moradores deixaram imóveis em zona ameaçada por possível desabamento de mina

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

sábado, 2 de dezembro de 2023

RADAR JUDICIAL

PROJETO DE LEI CONTRA SUPREMO

Tramita na Câmara dos Deputados Projeto de Lei, de autoria do deputado Kim Kataguiri, em coautoria com o deputado Mendonça Filho, que questiona decisão do STF, responsável pela atribuição de responsabilidade às empresas jornalísticas face às declarações de entrevistados contra terceiros. No texto está escrito que as empresas jornalísticas "não podem ser responsabilizadas civilmente por fala de entrevistado, mesmo se à época da publicação havia indícios concretos da falsidade de imputação e se o veículo deixou de observar o dever de cuidado na verificação da veracidade dos fatos". O ministro Gilmar Mendes que votou pela aprovação, reconheceu o erro, alegando a possibilidade de embargos de declaração para ajustar a decisão. 

FORAGIDO HÁ 12 ANOS É PRESO

Marcos Rogério Machado de Morais, 49 anos, foi preso por policiais da 1ª Delegacia Patrimônio (Investigação sobre Roube e Latrocínio), vinculada ao Departamento de Investigações Criminais, DEIC, da capital. A prisão aconteceu ontem, 1º, no estacionamento de um shopping center em Sorocaba/SP, depois de está foragido por 12 anos. Morais é acusado de ter projetado e supervisionar o túnel que possibilitou o furto dos cofres do Banco Central, em Fortaleza, há 12 anos. Em 2005, os ladrões levaram R$ 164,8 milhões em cédulas de R$ 50, com peso de 3,5 toneladas. Morais estava preso na penitenciária IPPOO 2, Instituto Penal Professor Olavo Oliveira 2, em Itaitinga/CE, mas fugiu em fevereiro/2011. Moraes foi condenado pela Justiça Federal do Ceará a 49 anos de prisão.

EX-MINISTRO DE BOLSONARO É PUNIDO

O ex-ministro do Turismo, no governo Bolsonaro, Gilson Machado foi punido pela Comissão de Ética Pública da Presidência, porque xingou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ministro xingou Lula de "safado, ex-presidiário e cachaceiro", no Twitter, em novembro/2021. A pena é de caráter político, aplicada pelo órgão central do Poder Executivo Federal e é formado por sete brasileiros, nomeados pelo presidente da República para mandatos de até três anos.   

LIRA DEIXA PARA 2024 ANÁLISE SOBRE PEC

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, não pautará a análise da PEC das decisões monocráticas neste ano. Está postergando o assunto, depois que o Senado aprovou. Lira quer evitar a judicialização que ocorreria através de Mandado de Segurança, para suspender a tramitação na Câmara e que, segundo ele, teria maioria no STF para barrar.  

COBRANÇAS EXCESSIVAS, INDENIZAÇÃO

A Claro S/A foi condenada a pagar a um consumidor indenização por danos morais de R$ 3 mil por ligações excessivas, entre 20 e 30 por dia, para cobrança de dívidas. Na sentença foi julgada a rescisão do contrato e a empresa não pode fazer novas cobranças, segundo acórdão, mantendo sentença dos Juizados Especiais do Distrito Federal. O consumidor pediu cancelamento do contrato, porque insatisfeito com os serviços prestados, pagou a última parcela e pediu cancelamento do contrato, mas as cobranças indevidas continuaram.

MONTADORA É CONDENADA

Roberto de Sousa Filho ingressou com ação de indenização por danos morais contra Toyota do Brasil e outro, alegando preço anunciado por produto, em veículos de comunicação, em desconformidade com o praticado no faturamento de um carro. Pede repetição de indébito da diferença dos valores. O "preço estimado" era de R$ 148.693,92, mas no faturamento foi de R$ 157.323,45, valor elevado unilateralmente. O juiz Eduardo de Lima Galduróz, da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Cotia/SP, julgou procedente em parte a ação para condenar a montadora de automóveis a restituir o dobro do valor, referente ao aumento do preço do carro. O magistrado invocou o disposto no art. 30 do Código de Defesa do Consumidor e art. 429 do Código Civil e não aceitou o argumento da empresa de que a "oferta era mera estimativa de preço". Assim, a montadora foi obrigada a pagar R$ 17.259,06.      

Salvador, 2 de dezembro de 2023.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



PRESO ABSOLVIDO DE CRIME NÃO CONSEGUE INDENIZAÇÃO

Ângelo Gustavo Pereira Nobre, produtor cultural, foi preso em setembro/2020 e ficou na cadeia por 363 dias, acusado do roubo de um carro no Catete, no Rio de Janeiro, em outubro/2014. Gugu, como é chamado, no momento do crime, estava na missa de falecimento de um amigo, além de passar por pós-operatório. No processo criminal ele foi absolvido, em agosto/2021, mesmo porque a prova apresentada limitou-se a uma foto e a afirmação da vítima à polícia de que o autor do roubo tinha sido Ângelo Gustavo. No processo cível, a juíza da 4ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro julgou improcedente a ação de indenização, sob fundamento de que "a vítima reconheceu firme e formalmente, de acordo com o procedimento legal, o primeiro autor, tanto assim, que condenado em duas instâncias". A magistrada concluiu que a prisão de Ângelo não foi ilegal e seu advogado prometeu recorrer. O pedido foi de indenização por danos morais e materiais, "em razão do sofrimento vivenciado e do trauma sofrido, sendo R$ 500 mil à vítima e R$ 250 mil à mãe dele, além e danos materiais, consistentes nos danos emergentes sofridos pela paralisação de 1 ano de trabalho e tratamento psicológico".

O produtor cultural declarou: "Meu processo foi revisto porque o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro reconheceu que houve erro e não dá para entender como não vão arcar com suas responsabilidades. Foram 363 dias preso. Sem ter cometido crime nenhum. Eu não devo nada a eles, eles que me devem!. Ele me acharam pra me prender, tinha que me achar agora para me indenizar, eu não estava em um reality, num BBB, eu estava no inferno na terra".