CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
UCRÂNIA BOMBARDEIA TERRITÓRIO INVADIDO
Essa área atingida pelo bombardeio, região de Lugansk, foi ocupada pela Rússia e anexada desde julho/2022; os russos ocupam 18% do território ucraniano, mas a comunidade internacional não admite a invasão e ocupação. A Ucrânia assegura que 90% dos habitantes da região anexada abandonou e foram para outras cidades. Essa foi a boa notícia de Kiev, depois que o Congresso dos Estados Unidos negou auxílio de US$ 61 bilhões e com isso a Casa Branca declarou que não tinha como enviar ajudar militar direta para a Ucrânia.
RADAR JUDICIAL
LULA ESCOLHE JUIZ PARA JULGAR MORO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará verdadeira varredura entre os três candidatos a juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná da classe dos advogados. É imperfeição absurda da lei brasileira, permitir que o presidente da República nomeia para o Supremo Tribunal Federal seu advogado que lhe defendeu em crimes praticados como presidente ou que nomeie um advogado como juiz eleitoral na iminência de julgar o juiz que lhe condenou pela prática de vários crimes. Advogados prestam assistência a Lula para defender o nome de José Rodrigo Sale, um dos três, porque foi o que mais resistiu a apoiar a Operação Lava Jato. Os outros dois indicados, Roberto Aurichio Junior e Graciane Aparecida do Valle Lemos, foram nomeados por Moro para o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, quando ele era ministro da Justiça. O Tribunal é composto por sete juízes.
DINO AINDA NO SENADO
O senador Flávio Dino, que ocupará uma cadeira no STF, promete apresentar projeto de lei, alterando o funcionamento das audiência de custódia. Dino afirmou em entrevista ao Globonews: "Vou apresentar o projeto dizendo que se uma pessoa é presa uma vez, duas, três, quatro praticando roubo, praticando crime com violência ou grave ameaça, ele não pode mais ser solto na audiência de custódia, porque é caso de prisão preventiva por periculosidade objetivamente demonstrada". Muitos advogados não gostaram da iniciativa do futuro ministro do STF, sob fundamento de que a proposta mostra "automatismo de prisão" e é inconstitucional, porque fere o princípio constitucional é de presunção de inocência.
GOVERNO LIBERA NOS FERIADOS
O Ministro do Trabalho está listando uma série de atividades de trabalhadores que poderão trabalhar nos feriados, sem autorização da convenção coletiva, através de negociação entre sindicatos e empresas. Na relação, além de farmácias e postos de gasolina, que já funcionam, será permitido o comércio de flores e coroas funerárias, pães e biscoitos, salões de beleza, pontos de gás, locadoras de bicicleta, parques de diversão, estabelecimentos esportivos, feira de livros, feiras e exposição e agências de turismo, hotéis, restaurantes, bares e similares, além de outros. Há uma lista de 200 setores tidos como essenciais que poderão funcionar nos feriados.
MINISTRO MANTÉM AFASTAMENTOS DE MAGISTRADAS
O ministro Og Fernandes, do STJ, decidiu manter por mais um ano o afastamento da desembargadora Maria do Socorro Barreto e da juíza Marivaldo Almeida Moutinho, da Bahia; ele fixou o final do prazo para 1º de fevereiro/2025. As duas magistradas estão afastadas desde dezembro/2019 e respondem a processos referente a Operação Faroeste, referente a esquema de venda de sentenças no oeste da Bahia. O fundamento para a manutenção da cautelar é que há "complexidade dos fatos investigados e o grande volume de elementos probatórios arrecadados". O ministro alega que o Ministério Público ofereceu mais cinco denúncias, com instauração de novos inquéritos.
AGRESSORA DE LOJISTA
A mulher que ofendeu a lojista Herta Breslauer, em Arraial D´Ajuda, em Porto Seguro/BA, está proibida de aproximar da vítima, de conformidade com decisão do juiz Armando Duarte Mesquita Júnior. Ela não poderá entrar na loja da vítima e nem sair da cidade, ficando com a obrigação de comparecer ao fórum a cada dois meses, durante o semestre. A agressora logo depois do ocorrido disse arrependida, mas a agredida registrou boletim de ocorrência, na delegacia de Porto Seguro.
DESEMBARGADORES CRITICAM OAB
Desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo criticaram a repetição de nomes nas duas listas sêxtuplas remetidas pela OAB para escolha dos três nomes para o quinto constitucional, na vaga do desembargador Walter Piva Rodrigues, que se aposentou. Na lista tríplice constam os nomes de Débora Vanessa Caus Brandão, 24 votos, Adriano Cesar Braz Caleira, 22 votos e Marcelo Ferrari Tacca, 16 votos, mas nas listas enviadas aparecem repetição dos nomes das advogadas Cláudia Patricia de Luna Silva e Débora Vanessa Caus Brandão.
Salvador, 5 de fevereiro de 2024.
MINISTRO VINGA DA TRANSPARÊNCIA
É o caso da antiga Odebreecht, que celebrou acordo de leniência em 2017 e, passados seis anos, o ministro em liminar dispensa a empresa de pagar multa assumida por 77 executivos; antes da Odebrecht, o ministro tinha anulado acordo de leniência com a J&F, de R$ 10,3 bilhões. Essas anulações foram efetivadas através de decisões monocráticas e, apesar do longo tempo, meses, o ministro ainda não encaminhou para o Pleno decidir sobre a matéria. A Associação Nacional dos Procuradores da República ingressou com Agravo Regimental contra a decisão do ministro Dias Toffoli sobre a anulação da pena da Odebrecht. Os procuradores alegam que a decisão de Toffoli aconteceu em petição do advogado de Lula, hoje no STF, Cristiano Zanin, que tratava de uma das ações da Lava Jato contra Lula e esta petição foi arquivada em fevereiro. Assim, o ministro não poderia anular as provas do acordo da Odebrecht, porque a ação foi encerrada em fevereiro, com a declaração da extinção do processo contra Lula.
COMEÇA JULGAMENTO DE DANIEL ALVES
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Daniel Alves e Joana Sanz |
LULA, PRESIDENTE, E DIAS TOFFOLI, ARREPENDIDO
O ministro Dias Toffoli, do STF, depois do afastamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está movimentando para ganhar sua simpatia. Neste sentido, as últimas decisões políticas do ministro, anulando acordos de leniência da antiga Odebrecht e da J&F, suspendendo multas milionárias, tem todos os ingredientes para a reaproximação. O ministro Dias Toffoli defenestra todo o trabalho promovida pela Operação Lava Jato com condenações e prisões, de grande agrado a Lula, que também foi vítima da Operação Lava Jato. Figuras importantes do PT estão merecendo o certificado de honestas, apesar de condenações e acordos celebrados admitindo a prática desenfreada de corrupção. Este é o caso do ex-chefe da Casa Civil do governo, José Dirceu, condenado nas duas operações, Mensalão e Lava Jato, mas em vias de livrar de todas elas e até aventura-se a ensaiar candidatura a deputado federal em 2026. Toffoli, que tentou duas vezes ser juiz em São Paulo, mas em ambas foi reprovado, tornou-se ministro por decisão de Lula, que retirou seu auxiliar para colocá-lo numa cadeira de ministro do STF.
Toffoli almeja um encontro pessoal com Lula, certamente, para dizer das definições que já tomou como arrependimento da manifestação que impediu o presidente de acompanhar o velório do irmão, Vavá, em janeiro/2019. O ministro já declarou arrependido daquela decisão e desculpa-se, alegando que foi induzido a erro. A determinação de abertura de inquérito contra o senador Sergio Moro é outro trunfo que Toffoli mostra a Lula, como passos para a reaproximação. Há precedentes para Toffoli ficar animado. Lula e Gilmar Mendes aproximaram-se depois que o ministro impediu a posse de Lula na Casa Civil, em 2016, no governo de Dilma Roussef. Lula não cessa de trabalhar para obter maioria na Corte; a nomeação de Cristiano Zanin, seu advogado nos processos da Lava Jato, e de Flávio Dino, seu ex-ministro da Justiça, constituem passos traçados para aproximação cada vez maior. Assim, Dias Toffoli e Lula estarão muito breve sentados na mesma mesa, pois o ministro permanecerá na cadeira até 2042 e Lula acredita que precisará dele em julgamentos.
ATOS DA PRESIDENTE
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 5/2/2024
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
Tragédia no Chile: Fogo mata ao menos 99 pessoas e destrói 3 mil casas
Incêndios florestais de proporções históricas arrasam comunidades na região de Valparaíso, no centro-oeste do país. Moradores desabrigados falam ao Correio. Presidente Gabriel Boric visita área afetada e decreta luto nacional de dois dias
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
Desigualdades do país
Salários perdem espaço na economia e caem para menos de 40% do PIB, menor nível em 19 anos
Parcelo do rendimento dos trabalhadores cai, enquanto lucros sobem
FOLHA DE SÃO PAULO
Carreiras do Executivo têm ganho
salarial de até 60% acima da inflação,
mostra estudo
Na falta de critérios, acumulam-se distorções; aumento médio na elite é de 40%,
mas fiscal agropecuário teve 8,5%
TRIBUNA DA BAHIA- SSA/BA
Penduricalhos garantem privilégios
de bilhões à elite do funcionalismo
ó no Judiciário e no Ministério Público benefícios custaram
R$ 9,3 bilhões em 2023.
CORREIO DO POVO-PORTO ALEGRE/RS
Bolsonaro volta a atacar STF e vacinas da Covid-19
em entrevista a influencer português
Ex-presidente chegou a dizer que o STF trabalhou com o TSE em “uma gestão
para eleger Lula a qualquer preço”
EXPRESSO 50 - LISBOA/PT
Sem maioria absoluta, Bolieiro evita ficar refém
do Chega e coloca pressão ao PS
domingo, 4 de fevereiro de 2024
RADAR JUDICIAL
SALÁRIOS DE MAGISTRADOS NA BAHIA
O Tribunal de Justiça da Bahia encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de lei, no mês de janeiro, visando elevação do salário dos desembargadores e juízes. A proposta, aprovada pelo Pleno do Tribunal, no final do ano passado, fixa o novo salário de desembargador em R$ 39.700,00; Juiz de entrância final, R$ 36.937,44; juiz de entrância intermediária, R$ 34,300,00; juiz de entrância inicial, R$ 31.900,0 e juiz substituto, R$ 30.300,00.
ABRAÇOS ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO
COLUNA DA SEMANA
Logo depois de Jordy, na quinta-feira, 25, a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, inclusive contra o deputado federal Alexandre Ramagem, que foi diretor da ABIN entre os anos de 2019 a 2022, no governo Bolsonaro. Integrantes da cúpula da ABIN, naquela época, "usavam serviços ilícitos para interferir em investigações da Polícia Federal que prejudicariam filhos do então presidente, como para produzir provas favoráveis a Renan Bolsonaro, filho mais novo de Jair Bolsonaro". Em seguida, a ação da Polícia Federal direcionou-se para o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele é acusado de ter recebido informações da ABIN em atendimento a pedidos da família. Carlos é conhecido como articulador do "Gabinete do Ódio", porque responsável pelo disparo de mentiras e informações falsas; ele queixa-se e diz que é perseguido pela Polícia Civil de seu estado, porque envolvido em inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro com a prática da rachadinha em seu gabinete de vereador. A Promotoria alega que ele recebeu R$ 91 mil em depósitos sem origem esclarecida; seu chefe de gabinete, Jorge Luiz Fernandes, apoderou-se de mais de R$ 2 milhões em depósitos de servidores de Carlos. As apreensões de celulares e documentos, desencadeadas na Operação da ABIN, vão favorecer esclarecimentos nos outros inquéritos. O deputado Alexandre Ramagem foi homem de confiança de Bolsonaro e aproximou bastante de Carlos, que foi coordenador de sua campanha política.
A Polícia Federal investiga também o senador Flávio Bolsonaro, em busca de sua participação no uso do software espião FirstMile, no caso da espionagem de políticos e ministros do STF. Enfim, a família do ex-presidente está sob mira de inquéritos e processos que, certamente, mais cedo ou mais tarde descambará em condenação e até prisão. O ex-presidente não tardará para ser enclausurado, pois as investigações, inquéritos e processos levam a esta conclusão: rachadinha, venda de 51 imóveis em dinheiro; superfaturamento de ônibus escolares; interferência da Polícia Federal para suspender investigações contra os filhos; contratação de funcionários-fantasma; associação com as milícias, inclusive a proximidade com Adriano Nóbrega, morto em perseguição policial na Bahia; os cheques de Fabrício Queiroz a Michelle Bolsonaro; a negociação da vacina coronavac, além de outros casos.
Salvador, 4 de fevereiro e 2024.