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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 4/11/2024

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Tema da redação do Enem 2024 surpreendeu; veja análise


O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Na reta final

Empatados nos estados-chave, Kamala aposta nas mulheres, e Trump, nos descontentes

Conheça estratégias, últimas pesquisas e caminhos à Casa Branca

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Investigações sobre venda de decisões conectam personagens do agro na Bahia e em Mato Grosso

Advogado Vanderlei Chilante, que fez delação sobre o TJ-BA, representava família de cliente indiciado por assassinato em Cuiabá

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Kamala se recupera em pesquisas finais, 

mas colégio eleitoral segue imprevisível

Oscilações positivas dentro da margem de erro criaram um tímido otimismo 

na campanha democrata e semearam preocupações entre os republicanos

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Semana começa com abafamento e temporais isolados no RS

Temperaturas devem chegar aos 35ºC nesta segunda-feira

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Imigrantes ganham em média 600 euros brutos por mês

Há atividades em Portugal que já não conseguem passar sem mão de obra estrangeira. 

Mas essa necessidade não se espelha nas remunerações destes trabalhadores, que têm vindo a ganhar um peso crescente no volume 

domingo, 3 de novembro de 2024

RADAR JUDICIAL

LIMINAR: AGRAVO DE INSTRUMENTO

Em Agravo de Instrumento, requerido por Servolo Augusto de Oliveira Souza contra Jaime Pogi Incorporações Ltda e outros, o desembargador João Batista Damasceno, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, anulou sentença do juiz que negou liminar sem fundamentar a decisão; mandou suspender a tramitação do processo de desapropriação de imóvel e do registro de consolidação da propriedade, este anterior à retomada do bem pelo credor. O fundamento foi de que "a decisão judicial é uma garantia constitucional, e, caso ele não seja observado, uma nova sentença deve ser proferida". O autor esclarece que financiou o imóvel de uma incorporadora e ingressou com ação, face ao risco de perder o bem, mas o pedido foi negado, sem fundamentação.  

O relator assegurou que a justificativa da decisão é indispensável "na medida em que possibilita às partes conhecer o modo pelo qual o julgador interpretou e aplicou a lei ao caso concreto. Escreveu mais o desembargador Damasceno: "A decisão acatada não observou o dever de fundamentação, uma vez que não se pode extrair o motivo em que se baseou o julgador de primeira instância para indeferir o pedido de tutela provisória de urgência. Houve, portanto, violação ao devido processo legal, uma vez que a decisão recorrida não adotou fundamento suficiente em si mesmo, considerando-se, portanto, não fundamentada e passível de anulação, por afronta ao poder-dever de julgar fundamentadamente". 

PROFESSORA DEMITIDA POR PERGUNTAR

Quatro dias depois que a professora perguntou à secretária estadual de Educação de Goiás sobre a motivação de professores contratados não poderem acompanhar o filho ao médico e terem a falta abonada, foi suficiente para sua demissão. A professora Roberta da Silva Batista apenas fez a indagação, mas a secretária Fátima Gavioli deu-lhe como resposta a demissão do Centro de Ensino em Período Integral Santa Bárbara, em Padre Bernardo. A professora trabalhava normalmente, quando foi convocada pela direção do CEPI e informada de que o contrato dela foi rescindido, porque vencido. De nada valeu a resposta de que "outras pessoas que também tem o contrato, às vezes muito mais antigo que o meu, e continuaram trabalhando normalmente". Em nota a Secretaria Estadual de Educação explica o inexplicável, ou seja, que não houve perseguição.   

Com a simples pergunta de Roberta, a secretária exaltou e terminou sua resposta: "Contrato que está aqui dentro trabalhando, não fez concurso, está dentro da rede, mas quer trabalhar em um lugar que você possa ter liberdade de ir e vir, mas a lei federal te proíbe, eu acho que você deveria pedir exoneração". Posteriormente, em entrevista à TV Anhanguera, a secretária reconheceu que respondeu mal aos servidores. Já a professora explicou que a pergunta deu-se porque seu filho de apenas 11 meses, "precisou de consulta médica em agosto deste ano. Ao acompanhá-lo, pegou um atestado e entregou na escola, mas quando recebeu o contracheque percebeu que o dia tinha sido descontado". O contrato da professora é datado de 2018, aditivado posteriormente e licença-maternidade, com retorno neste ano.  


CRIME DE RACISMO

O juiz Eros Cavalcanti Pereira, da 2ª Vara Criminal de Itabuna/BA, condenou um médico pela prática do crime de injúria contra uma mulher; ele terá de indenizar a mulher em R$ 25 mil, por dano moral, além de quatro anos e dois meses de reclusão. A denúncia diz que em fevereiro deste ano, a vítima e uma colega faziam vistoria no hospital, quando o médico disse: "Que negra bonita! Nossa, nunca vi uma negra tão bonita assim! Para ser tão bonita assim, deve ter sangue branco correndo nas veias". O magistrado, na sentença, esclarece que a espécie de "elogio racista" "não retira o caráter odioso do ato, não afasta a ocorrência do racismo, não descaracteriza a prática criminosa". No dia da ocorrência o médico foi preso em flagrante, mas solto com pagamento da fiança, como não houve recurso da apelação, a sentença transitou em julgado e o réu foi preso para cumprir a pena.     

TRIBUNAL MANTÉM CANDIDATO

Candidato a concurso para soldado da Polícia Militar do estado de São Paulo foi aprovado nas fases iniciais, mas eliminado na etapa de investigações social, considerado "não apto", face a histórico criminal de seu tio, condenado por roubo. A 13ª Câmara de Direito Público decidiu manter o candidato no concurso, mesmo depois que foi excluído por antecedentes criminais familiar. Na defesa, o candidato assegurou que a banca examinadora não fundamentou a exclusão, listando apenas os aprovados. O relator do caso, desembargador Borelli Thomaz, afirmou que "histórico criminal de terceiros, mesmo familiares, não representa desabonamento para o caráter do candidato". O magistrado definiu que a investigação social deve avaliar critérios éticos e morais do candidato.  

DEPUTADO: MEDIDAS PROTETIVAS 

Cíntia Chagas, influenciador e ex-esposa do deputado Lucas Bove, diz ter sofrido violência doméstica e pediu a prisão preventiva do parlamentar. A juíza Danielle Galhano Pereira da Silva negou a prisão, mas incluiu um alerta ao deputado sobre desrespeito a medidas protetivas já imposta, sob pena de a desobediência que importa em prisão preventiva. O relacionamento do casal teve início em 2022 e a separação aconteceu em agosto deste ano, três meses após o casamento. Em setembro, Cíntia obteve as medidas protetivas, incluindo proibição de contato direto ou indireto e menções à influenciadora nas redes sociais. A defesa alega que Bove desrespeitou essas medidas, mas sua defesa desmente. A advogada de Cíntia, Gabriela Mansur, assegurou que "o respeito às medidas protetivas é fundamental para prevenir a perpetuação do ciclo de violência doméstica e garantir a eficácia da legislação".     

Salvador, 3 de novembro de 2024.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.   



CONTRATO DE LOTE NÃO REGISTRADO: NULIDADE

A 3ª Turma do STJ, em recurso especial, manteve a nulidade de contrato de compra e venda referente a um lote no qual não havia a regularização do loteamento. O entendimento foi de que "o contrato de compra e venda de lote não registrado é nulo se o loteador não adotou as medidas necessárias para a regularização do loteamento tempestivamente, ainda que o comprador esteja ciente das irregularidades". O vendedor do imóvel inseriu uma cláusula, esclarecendo que não havia registro, bem como a tramitação de ação civil pública, requerida pelo Ministério Público; o comprador aceitou as condições, mas, posteriormente, ingressou com ação declaratória de nulidade de negócio jurídico e obteve sentença favorável, confirmada pelo Tribunal de Justiça. 




O caso subiu ao STJ, onde o vendedor assegurou que "a vedação à transmissão de propriedade de imóvel irregular só se aplica a contratos firmados entre construtoras, incorporadoras ou afins com os consumidores". A ministra relatora, Nancy Andrrghi, não aceitou a ponderação do vendedor e afirmou que as regras para o loteamento e o desmembramento de áreas urbanas são reguladas pela Lei 6.766/1979 e não estipula diferença entre o lote como fruto de empreendimento imobiliário ou não. Escreveu a magistrada no voto vencedor: "Assim, o fato de o adquirente ter ciência da irregularidade do loteamento quando da sua aquisição não convalida o negócio nulo, pois, nessas situações, somente se admite o retorno dos contratantes aos "status quo ante".


MENSAGEM RACISTA: RENÚNCIA

Após mensagem considerada racista contra um colega, o advogado Luiz Fernando Pacheco renunciou, na sexta-feira, 1º, ao cargo de presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB/SP. Trata-se de crítica ao advogado Ezequias Alves da Silva com a expressão de ser um "preto se juntando a uma oligarquia, preto prestigiando quem se acha monarca". Tudo gira em torno da disputa à presidência da seccional da OAB/SP. Ezequias é conselheiro e apoia uma das chapas de oposição, liderada por Caio Augusto Silva dos Santos, tendo como vice Angela Gandra Martins, ex-secretária da Família no governo de Jair Bolsonaro e filha do jurista Ives Gandra.


Pacheco apoia a outra chapa, como candidato da situação, encabeçada por Leonardo Sica, atual vice-presidente da OAB. Ele reconheceu o erro cometido e terminou apagando a postagem. Em nota, esclareceu que "a decisão foi motivada pelo compromisso com a integridade da chapa e por coerência com as pautas da gestão, com enfoque nas políticas de equidade racial e antirracistas". Pacheco repudia a acusação de que é racista. Diz: "Reconheço que me excedi. Mas repudio veementemente a pecha de racista. Na Comissão de Direitos e Prerrogativas, fiz algo que nunca existiu, criei uma vice-presidência exclusiva para representar advogados negros. Portanto, no meu caso não são apenas falas, são fatos". 



CELULAR COM CRIANÇA É COMO DIRIGIR SEM HABILITAÇÃO

Véronique Béchu chefia o setor de estratégia do Escritório de Menores, na Direção da Polícia Judiciária da França e é autora do livro "Derrière l´Écran: Combater l´Explosion de la Pédocriminalité en Ligne". Ela tem um escritório especializado no combate a crime contra crianças e adolescentes como exploração sexual, assédio e cyberbullying; há dez anos a autora promove investigação de casos de abusos online e diz que as denúncias ultrapassaram "a capacidade de investigação". No livro, a autora instrui os pais como "predadores sexuais usam as redes para se aproximar de suas vítimas". Véronique diz que "dar um celular para crianças sem a devida orientação é como colocar um jovem na estrada sem carteira de habilitação"; esclarece que os "novos meios de comunicação permitem que predadores sexuais entrem mais facilmente em contato com crianças e pratiquem atos como gooming (aliciamento), extorsão (extorsão mediante ameaça) de divulgar imagens íntimas". A autora afirma que as crianças estão tendo acesso à internet muito cedo e sem orientação alguma.

 



Véronique esclarece que a pessoa que abusa das crianças "não é um monstro", mas um cidadão comum, "e não "se esconde em um canto e só aparece quando quer atacar uma criança, de jeito nenhum". Informa que o "abusador" é encontrado diariamente e pode até ser uma pessoa próxima dos pais que chegam a confiar nele seus filhos. Ela afirma que "a única técnica de investigação que podemos usar é realizar o que chamamos de investigações sob pseudônimo, ou seja, nos passarmos por pedófilos para integrar esses sites da dark web ou esses grupos de aplicativos criptografados". A autora diz que os pais devem proibir o acesso ilimitado das crianças na internet, além de fixar "tempo de tela", de conformidade com a idade do menor. A disponibilidade de um dispositivo digital para um menor deve ser acompanhado com aprendizado.     



CONCURSO: HOMÔNIMO TOMA POSSE

Uma pessoa com o mesmo nome de outra, esta aprovada em concurso para o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, tomou posse no cargo e somente um ano depois o cidadão que foi aprovado pede na Justiça o direito para o cargo ao qual faz jus de exercê-lo. Em 2019, o rapaz passou no concurso e foi incluído no cadastro de reserva, na posição 627; em agosto/2023, ele foi nomeado e, posteriormente, no chamamento para tomar posse, publicado no Diário Oficial da União, não atendeu porque não leu a publicação. Em julho deste ano, pesquisando na internet, descobriu sua nomeação, só que seu homônimo tomou posse. Assim, resolveu questionar na Justiça seu direito ao cargo e o juízo da 9ª Vara Federal Cível de Brasília concedeu-lhe tutela de urgência e mandou o tribunal fazer a reserva. Nesse momento, é que se descobriu que outra pessoa estava trabalhando normalmente com salário de R$ 11 mil.


O advogado do rapaz declarou que se tratou de "um dos maiores absurdos em matéria de concurso público"; disse que "consiste em uma irregularidade gravíssima, sem precedentes. Pretendemos adotar as medidas adequadas para tentar reparar quanto antes o prejuízo sofrido pelo meu cliente". O caso está sub judice, e, certamente, o aprovado vai ocupar a vaga que é sua, mas está sendo ocupada há um ano por um homônimo.     

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 3/11/2024

 CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Venezuela sobe tom e acusa Brasil de violar Carta da ONU e de se "fazer de vítima"


O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Temporal

São Paulo entra em estado de atenção e tem 63 mil imóveis sem luz após chuvas intensas

Áreas de instabilidade provocam ventos de até 60km/h

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Kamala Harris quer fazer história como 1ª mulher negra presidente dos EUA

Filha de imigrantes e produto da promessa americana, construiu carreira de pioneirismo, colecionou apoios e também detratores

A TARDE - SALVADOR/BA

Bahia lidera ranking de inscritos no Enem

As provas acontecem hoje e no próximo domingo (10), com ações promovidas pela Secretaria Estadual de Educação (SEC)

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

POLÍTICA

Marçal manda Bolsonaro “cuidar da vida” e diz que o “pau vai quebrar” se críticas continuarem

Declarações ocorrem em meio a tensões pela liderança da direita e com as eleições presidenciais de 2026 à vista

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

CHEIAS EM ESPANHA

Valência fecha acessos a dez localidades em dia em que é esperada mais chuva

O objetivo é "garantir a mobilidade de todos os serviços essenciais" de ajuda e intervenção 

sábado, 2 de novembro de 2024

RADAR JUDICIAL

A JUSTIÇA DEMORA, MAS CHEGA 

A juíza Lúcio Glioche do 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro publicou na noite da quinta-feira, 31, a sentença de condenação pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Foram penalizados Ronni Lessa com 78 anos e 9 meses de prisão e Élcio de Queiroz com 59 anos e 8 meses de prisão, depois da tramitação do processo por mais de 6 anos e meio. A juíza escreveu na sentença condenatória: "A Justiça por vezes é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega. A Justiça chega para aqueles que como os acusados acham que jamais serão atingidos pela Justiça". A magistrada esclareceu que os condenados negaram participação no crime por anos anos, mesmo com as provas coletadas. 

MILEI DEMITE MINISTRA

A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, foi demitida, na quarta-feira, 30, segundo informou o porta-voz do governo, porque posicionou a favor de Cuba em votação na ONU. O voto de Diana foi numa resolução que defende o fim do embargo comercial dos Estados Unidos a Cuba. A resolução foi aprovada por 187 votos, incluindo o Brasil, tendo votos contrários somente Estados Unidos e Israel. O presidente argentino ficou bastante aborrecido, porque sua ministra votou ao lado de "comunistas", como diz ele. Comunicado do gabinete presidencial anotou: "Nosso país se opõe categoricamente à ditadura cubana e se manterá firme na promoção de uma política exterior que condene todos os regimes de perpetuação da violação dos direitos humanos e liberdades individuais". O presidente prometeu nomear Gerardo Werthein para as Relações Exteriores, considerando o fato de ele tem bom relacionamento com irmãos do presidente.

TRIBUNAL MANTÉM CONDENAÇÃO DE ADVOGADO

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba manteve condenação de um advogado, acusado de estelionato contra cliente idosa, apropriando de valores obtidos em ações judiciais. A decisão fixou a pena de cinco anos e três meses de reclusão, além de multa de 30 dias-multa. O advogado propôs a mulher  uma cessão de crédito sobre indenização de R$ 6.624,02, oferecendo apenas R$ 1,5 mil. O entendimento do Tribunal foi de que a vítima foi induzida a erro, porque assinou na cessão sem pleno conhecimento do valor da ação e outras termos da transação. A defesa recorreu, mas o Ministério Público e a Procuradoria de Justiça posicionaram pela manutenção da sentença. 


PISO SALARIAL PARA ADVOGADO

Tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei, aprovado pela Comissão de Trabalho, que fixa o piso salarial do advogado empregado, em R$ 2,5 mil, para jornada de 20 hortas semanais; o valor poderá ter aumento de 30% em caso de dedicação exclusiva. A relatora destaca que "advogados contratados pela empresa para a mesma função não podem ter piso salarial menor do que aqueles com mais antiguidade na empresa, independentemente do número de inscrição na OAB". O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, depois vai para plenário e, na sequência para o Senado.

MÃE CONTRA PENSÃO PARA FILHA

Uma mãe, na cidade de Viedma/Argentina, ingressou com ação para não conceder pensão alimentícia à sua filha; o Código Civil estabelece que os pais devem dar apoio econômico aos filhos até completarem 25 anos, no caso de não conseguirem se sustentar, face aos estudos.  A menina ingressou na Universidade Nacional de Rio Negro, em 2020, e até 2024 completou apenas 11% do curso. Ela tem 22 anos e mora na mesma casa com os pais. Antes de ingressar em juízo, a mãe tentou mediação para oferecer apoio à filha, segundo a advogada María Laura Dumple.    

CRIMES AMBIENTAIS

Segundo levantamento da GloboNews, foram registrados no Brasil até agosto 183,3 mil processos ambientais, mas houve condenação com prisão para somente 433 pessoas. Desse total, até agosto/2024, apenas 41,3 mil foram julgados e 142 mil ações por crimes ambientais aguardam julgamento. Para se aferir sobre o descaso, basta constatar que os incêndios florestais no país, neste ano, foram de grandes proporções. Dados do CNJ mostram em média 4 mil novos casos de crimes ambientais a cada mês, e isso ocorre desde o ano de 2020. Até agosto/2024, foram registrados 34,9 mil novos casos. 

Salvador, 2 de novembro de 2024.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


MINISTROS QUEREM EVITAR CADEIA PARA COLLOR

O ex-presidente Fernando Collor foi condenado, em maio/2023, no STF, a 8 anos e 10 meses de prisão, por oito votos contra dois, mas os sucessivos recursos, têm beneficiado o criminoso, porque alguns ministros, ainda não permitiram a efetivação do cumprimento da pena. Collor foi punido pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; ele teria recebido R$ 20 milhões em propinas de esquema de corrupção na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Os ministros do STF não querem prender o ex-presidente Fernando Collor de Melo, apesar de julgado e condenado em processo referente a práticas criminosas nos anos de 2010/2014 e denunciado em 2015. Simples embargos de declaração foi submetido a dois pedidos de vista; inicialmente, o ministro Dias Toffoli permaneceu com o processo por três meses em seu gabinete; depois, o mesmo caminho foi seguido pelo ministro Gilmar Mendes que segurou o processo por mais três meses. É difícil de acreditar, mas o processo paralisado por seis meses nos dois gabinetes para apreciar simples Embargos de Declaração pode ser considerada como chicanagem! Aliás, não se estranha o posicionamento do ministro Mendes, porque foi um dos dois votos de absolvição dos crimes praticados pelo ex-presidente. Os ministros querem ver o tempo passar sem prisão do criminoso. 

Na sexta-feira, o ministro Gilmar Mendes devolveu o processo e votou, em simples embargos, para reduzir a condenação do crime de corrupção passiva para quatro anos, buscando com isso a prescrição do crime de corrupção passiva. Imaginava-se que armação dessa natureza fosse registrada somente nos juízos iniciais, mas está patente que no STF pratica-se essa manobra para evitar cumprimento de pena por pessoas importantes. Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes votaram pela manutenção da pena e, portanto, pela prisão de Collor, que deveria ter ocorrido desde o mês de maio/2023, quando foi julgado. O processo seguiu para o plenário virtual, onde permanecerá até o dia 11, e dependerá dos outros componentes da Corte para fazer Justiça ou para beneficiar Collor, a exemplo do posicionamento de Mendes e Toffoli. O ministro Alexandre de Moraes diz que "os embargantes buscam, na verdade, rediscutir ponto já decididos pela Suprema Corte no julgamento desta ação penal, invocando fundamentos que, a pretexto de buscar sanar omissões, obscuridades ou contradições, revelam mero inconformismo com a conclusão adotada".  


HOMEM PASSA POR ADVOGADO E É PRESO

B.H.A.L, 29 anos, foi preso, quando tentou aplicar golpes em Campo Grande, usando registro na OAB/MS de profissional falecido; dessa forma, ele causou prejuízo a uma empresa em R$ 50 mil. O homem foi preso na quarta-feira, 30, depois de denúncia de uma vendedora de joias que registrou boletim de ocorrência, narrando a pretensão do falso advogado de obter valores em processo de divórcio, que nem foi protocolado. B.H.A.L. ligou para a mulher, buscando mais dinheiro e os policiais orientaram para ela marcar encontro para entregar o dinheiro. No local combinado, já estava a polícia que prendeu o impostor, por tentativa de estelionato. Na delegacia ele negou passar por advogado, mas informou que os valores recebidos são do escritório no qual ele trabalha. 


Em janeiro, o falso advogado foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul pela prática do crime de estelionato. Ele usou o registro da OAB/MS de um profissional falecido. Em audiência de custódia, foi decretada a prisão preventiva de B.H.A.L.