Pesquisar este blog

quarta-feira, 5 de março de 2025

TRUMP PERSEGUE SOLDADOS TRANS

O presidente Donald Trump pugna por rejeição às pessoas trans; ele declarou que "os soldados trans sobrecarregam o governo com altos custos de saúde e prejudicam a eficácia militar". Eles serão "forçados a sair". Decreto presidencial considera que ser transgênero representa conflito "com o compromisso dos soldados de manter um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado". Em comunicado anotou: "É a política do governo dos Estados Unidos estabelecer altos padrões (...) para os membros de suas Forças Armadas". Essas afirmações do governo não são seguidas de comprovação, segundo alegam altos funcionários. Todavia, desde o governo Barack Obama tem havido verdadeira batalha entre os militares contra as pessoas trans em segmentos do serviço militar. O ex-presidente, em 2016, revogou proibição que impedia transgêneros de servir. Posteriormente, assinou lei autorizando membros LGBTQIA+ de assumir trabalho nas Forças Armadas. Com a chegada do então presidente Trump houve proibição, revertida em 2021, pelo presidente Joe Biden. O atual Secretário de Defesa de Trump, Pete Hegseth, declarou que "os soldados trans são estanhos e representam uma distração", afirmação desmentida por oficiais militares que comandaram unidades com soldados trans. 

Com tudo isso, os soldados trans representam pequena parte das Forças Armadas; atualmente, são 4.240 soldados trans no Exército, importando em 0,2% de toda a força. Na quarta-feira, 26, o Departamento de Defesa, em memorando, informou que os soldados trans seriam forçados a sair. Membros trans das Forças Armadas divergem dessas orientações na Justiça e alegam que suas experiências no serviço militar não acomodam as manifestações originadas do governo. O capitão Justin Long, que se aposentou da Marinha em 2023, declarou: "Eles tentaram tornar isso um grande problema, assim como fizeram no passado com a integração das mulheres ou dos afro-americanos, mas estão fazendo uma tempestade em copo d'água. Tive 15 marinheiros trans sob meu comando ao longo dos anos e nunca tive um problema. Os outros marinheiros os tratam como qualquer outra pessoa. Tudo o que eles querem saber é: você vai aparecer e fazer o seu trabalho?" A comandante Emily Shilling, condecorada piloto de caça da Marinha, não entende o custo de perder membros altamente treinados. Declara: "somos um ativo extremamente valioso para simplesmente jogar fora. Por que você gostaria de se livrar de alguém em quem você investiu tanto?". 

PROTESTOS CONTRA TESLA

O centro do serviços da Tesla, no Brooklyn, foi palco no domingo, 3, de manifestação com pessoas, portando cartazes e com palavras de ordem contra o presidente Donald Trump e seu aliado, Elon Musk. Essa é a terceira semana consecutiva de protestos em lojas e centros de serviço da Tesla, em todo o mundo, questionando a influência do bilionário nos destinos dos Estados Unidos. A professora da Parson´s School of Desing, declarou: "Você não pode administrar um país como se fosse uma corporação. O país deve ser governado por aqueles que elegemos. Elon não foi eleito", referindo-se à influência de Musk, enfronhado na empresa privada, agora como funcionário do governo e chefe do Departamento de Eficiência Governamental, com grande influência sobre o presidente. As manifestações "Tesla Takedown" tiveram início em fevereiro e prolongam através do tempo. Com isso, as vendas globais da Tesla enfrentam dificuldades.  

Em Brooklyn, as pessoas portavam cartazes: "Parem o golpe"; "Musk precisa sair"; "Oligarcas perigosos destruindo tudo". A solidariedade das pessoas que passavam pelo local era estampada com buzinaço e a unidade da Tesla das imediações estava fechada. Nas cidades de Seattle, Los Angeles, São Francisco, Tucson, Cleveland, Columbus e Ann Arbor registravam-se o mesmo movimento. Em Manhattan houve violência com centenas de participantes e nove prisões. Do outro lado, Musk não se intimida de comparecer a reuniões de gabinete, mesmo sem ser membro oficial, assumindo ares de poder na administração da Casa Branca. Relatórios anotam que o sul-africano serve-se da doação que fez à campanha de Trump, no montante de US$ 288 milhões, para desmantelar agências federais e demitir milhares de servidores experientes. Os protestos têm ocorrido também nas redes sociais, envolvendo celebridades como a cantora Sheryl Crow, o ator cineasta Alex Winter e muitos outros. Se as decepções eram só com Musk, agora ultrapassam as fronteiras de suas empresas para atingir todo o país.    



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 5/3/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Falando a congressistas, Trump endurece discurso por taxação

Em seu primeiro discurso ao Parlamento, presidente norte-americano declarou que vai seguir taxando todos os países que tributam os Estados Unidos. "Onde quer que eles nos cobrem, nós também vamos cobrar", disse, sem poupar parceiros

O GLBOO - RIO DE JANEIRO/RJ

Carnaval carioca 

Imperatriz Leopoldinense conquista o Estandarte de Ouro de melhor escola de 2025

Agremiação foi finalista ao lado do Salgueiro e da Grande Rio. Este ano, prêmio chega a 53ª edição

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Trump usa palco no Congresso como comício, ressalta políticas da campanha e reforça ameaças externas

Longo discurso ainda em clima eleitoral atacou democratas, comunidade trans e imigrantes

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Doze mortos em Fazenda Coutos em troca 

de tiros entre traficantes e policiais

Como parte da operação, um vasto arsenal foi apreendido, incluindo 

submetralhadoras, pistolas, revólveres, carregadores, munições, 

além de entorpecentes e balanças de precisão

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Guerra comercial: Canadá e China revidam 

taxações de Trump com sanções bilionárias

De todos os setores que dependem do comércio americano, a fabricação de automóveis 

pode sofrer o maior impacto

DIÁRIO DE NOTÍCIAIS - LISBOA/PT 

Valentina Marcelino
O programa atribui 513 milhões de euros em financiamento para aumentar a capacidade de produção. “Existem conversações em curso com potenciais investidores”, garante o ministério da Defesa.

terça-feira, 4 de março de 2025

RADAR JUDICIAL

VASCO: RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Na segunda feira, 24, o Vasco da Gama ingressou com pedido de recuperação judicial, em busca de regularizar suas dívidas que ultrapassam R$ 1 bilhão. O time contratou o escritório Alvaerez & Marsal para conduzir a reestruturação financeira. Com a medida, o Vasco quer garantir o pagamento de salário e outras despesas e manter investimentos planejados. O clube explica em Nota: "Decisões difíceis, mesmo quando amargas e impopulares, não diminuem a convicção e determinação da atual administração de enfrentar esse desafio de maneira firme e responsável. Ou se encara a realidade, ou corre o risco de seguir repetindo os mesmos erros do passado".   

CONCURSO PARA JUIZ

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região publicou edital na sexta-feira, 28, abrindo 50 vagas para provimento no cargo de juiz federal substituto, com salário inicial de R$ 37.765,55. As inscrições deverão ser feitas entre os dias 17 de março e 16 de abril, através do site da FGV com taxa de R$ 120,00. Do total de vagas, 36 são de ampla concorrência, duas para deficientes, 10 para negros e duas para indígenas. A banca organizadora é a Fundação Getúlio Vargas. O concurso terá cinco etapas: a primeira com prova objetiva seletiva, de caráter eliminatória e classificatório; a segunda com provas escritas, também eliminatório e classificatório; a terceira com as seguintes fases: a) inscrição definitiva dos candidatos; b) sindicância da vida pregressa e investigação social; c) exame de sanidade física e mental e d) exame psicotécnico. A quarta etapa constará de prova oral, eliminatório e classificatório e a quinta etapa composta de avaliação de títulos, de caráter classificatório. A primeira prova objetiva será realizada nas capitais no dia 15 de junho.  

BUFFET CLASSIFICA ATO DE TRUMP DE GUERRA 

O investidor Warren Buffet, em entrevista ao canal de TV americano CBS News, assegurou que as tarifas de importação sobre produtos da China, México e Canadá constituem "um ato de guerra e representam imposto sobre consumo". O presidente Donald Trump assinou ato, aumentando as tarifas sobre todos os produtos importados do Canadá e do México, no percentual de 25%, que começa a vigorar hoje, 4; para a China ele aumentou a tarifa para 20%. Sobre o impacto das tarifas na economia, Buffet declarou: "Com o tempo, elas representam um imposto sobre bens. Quero dizer, a Fada do Dente não paga por elas". 

REINO UNIDO: US$ 2 BILHÕES PARA UCRÂNIA

Enquanto os Estados Unidos alia-se ao ditador russo Vladimir Putin e anuncia retirada de apoio a Ucrânia, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, celebrou novo acordo para financiar mísseis de defesa aérea para Kiev. A ajuda é de US$ 2 bilhões, possibilitando à Ucrânia adquirir 5 mil mísseis de defesa aérea. Os mísseis multifuncionais leves serão fabricados pela Thales, na Grã Bretanha. A empresa informou que os mísseis têm alcance de mais de 6 quilômetros. Starmer afirmou que "isso será vital para proteger a infraestrutura crítica agora e fortalecer a Ucrânia para garantir a paz quando ela chegar". A preocupação com os drones é procedente, porquanto a Rússia lançou, recentemente, mais de 200 drones em ataque noturno. Enquanto isso, toda a Europa prepara-se para apoiar a Ucrânia com a saída dos Estados Unidos e, provavelmente, firmará aliança com Moscou. Ursula von der Leyen, chefe do governo da União Europeia, anunciou o total apoio de 27 líderes da UE para Kiev. Com este objetivo haverá reunião de emergência, em Bruxelas, na próxima quinta-feira, 6.   

EX-PROMOTOR ADVOGOU POR DEZ ANOS

O ex-promotor Haroldo Nogiri responde a ação, requerida pelo Ministério Público do Paraná, porque exerceu advocacia, durante período que era membro do Parquet. Nogiri advogou por dez anos ao mesmo tempo no qual era membro da instituição, tendo recebido R$ 5 milhões em salários do Estado. Ele atuou em São Miguel do Iguaçu/PR e trabalhava como advogado em processos criminais e de improbidade administrativa. Nogiri é acusado de improbidade e de enriquecimento ilícito e é pedido que ele repare prejuízo causado por sua condutas às cidades de São Miguel do Iguaçu e Itaipulândia, integrantes da comarca onde ele era titular. Na petição inicial consta: "As condutas ilícitas de Haroldo Nogiri macularam de forma indelével a imagem do Ministério Público, colocando-o como instituição vulnerável à desconfiança pública na Comarca. Fomenta a percepção de que o Poder Judiciário pode ser instrumentalizado para a prática de atos ilegais".    

Guarajuba/Camaçari/Ba, 4 de março de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



TRUMP ABANDONA A UCRÂNIA

Segundo um funcionário da Casa Branca, que não se identificou, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu ontem, 3, toda a ajuda militar à Ucrânia, depois da discussão que teve com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky. Nesse encontro, Trump buscou humilhar o presidente ucraniano, que não abaixou a cabeça e respondeu como autêntico defensor de seu país. Outro funcionário, no anonimato, revelou à CNN que a pausa na ajuda militar que pretende imprimir à guerra, presta-se para resposta direta de Trump a Zelensky pelo "mau comportamento". Trump não quer enfrentar os governantes que se apresentam em condições de igualdade, pois imprime sua arrogância e brutalidade, como fez com os republicanos nas duas vezes que se tornou candidato à Presidência do país; ao invés de ele ir aos delegados do partido Republicano procurar apoio para a candidatura pela sigla, estes tiveram de procurar Trump. Depois desse cenário, de imediato, o carniceiro, Vladimir Putin, saiu a campo para comemorar e informar que Trump promove "a melhor contribuição para a causa da paz". Entende-se "causa da paz" como invasão e ocupação de parte do território ucraniano.   

Desde que desembarcou na Casa Branca, Trump mostrou real aproximação com o carniceiro russo e total aversão à causa da Ucrânia. Desde o início, Trump passou a considerar Zelensky como ditador e admitiu as pretensões de Vladimir Putin, ao ponto de declarar que Estados Unidos "estarão fora" se Zelensky não aceitar a trégua com Vladimir Putin, que invadiu a Ucrânia há três anos. Trump mostra-se mais interessado na celebração de acordo com Kiev para exploração de minerais, meio que encontrou para recuperar os gastos com a guerra. Diante deste quadro e sentindo o abandono de Trump à Ucrânia, líderes europeus prometem apoio a Zelensky. O vice-presidente J. D. Vance, que nem conhece a Ucrânia, em entrevista a Fox News, declarou: "Se você quer garantias de segurança reais, se você quer realmente garantir que Vladimir Putin não invada a Ucrânia novamente, a melhor garantia de segurança é dar aos americanos uma vantagem econômica no futuro da Ucrânia".  

 

SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO

João Pereira Coutinho

Escritor, doutor em ciência política pela Universidade Católica Portuguesa

SALVAR ARTIGOS

João Pereira Coutinho

 

Zelenski é herói de guerra, mas não é a melhor pessoa para as negociações de paz

Encontro no Salão Oval com Donald Trump expõe os desafios diplomáticos do presidente ucraniano em meio à guerra

Volodimir Zelenski é um herói de guerra que a história vai recordar. Na hora mais sombria, quando as tropas russas se aproximavam de Kiev, o presidente ucraniano recusou a carona de Joe Biden e ficou no país para liderar a resistência ao invasor.

Mas será Zelenski a pessoa indicada para as negociações de paz? Tenho dúvidas. O circo a que assisti no Salão Oval só aprofundou minhas dúvidas. Para lidar com Donald Trump, é preciso o tipo de inteligência estratégica que Castiglione ensinava no "Livro do Cortesão". É preciso cinismo e falsa modéstia. Hipocrisia e lisonja. Tudo isso feito com "sprezzatura", ou seja, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Zelenski, brutalizado por três anos de guerra, não controla os primeiros impulsos, sobretudo quando é soterrado por ignorância e desumanidade. Os seus músculos de ator atrofiaram no exato momento em que ele precisava mais deles. O filme até começou bem. Trump elogiou a resistência ucraniana e o acordo que os dois países vão assinar para a exploração da riqueza mineral do país.

Zelenski, com pouca paciência para jogar conversa fora, foi direto ao assunto: quer garantias de segurança, chamou Putin de "assassino", acusou Moscou de ter sequestrado 20 mil crianças e mostrou a Trump e aos jornalistas fotografias dos prisioneiros de guerra, torturados por Moscou. Tem razão em todos os pontos? Claro que tem. Sem garantias de segurança, um acordo de paz não vale o papel onde foi escrito. A história é a melhor vitrine: assim foi em 1994, em 1997 e nos Acordos de Minsk de 2014 e 2015.

De resto, a monstruosidade de Putin é uma evidência para qualquer cabeça que não tenha apodrecido com a propaganda russa nas redes sociais. Mas aquele não era o lugar nem o momento para expor as limitações do rei Trump. Nem para o corrigir, já agora, defendendo a contribuição da Europa para a Ucrânia, que foi maior do que a americana (embora não em material militar, que é o que conta).

 quem fala do rei Trump, fala do príncipe JD Vance, ridicularizado por Zelenski com uma simples e fatal pergunta: "Já foi à Ucrânia?". Obviamente que não foi. Obviamente que falava do país sem conhecimento de causa. Mas o que interessa isso? O que interessa ganhar uma discussão e perder o essencial?

E o essencial é manter viva a chama do envolvimento americano no destino da Ucrânia. O resto é para ser discutido quando as câmeras não estão filmando. Mas o desastre do Salão Oval não foi apenas um fracasso de simulação. Foi também um confronto entre a utopia e o realismo nas relações internacionais.

A utopia pertence a Zelenski, que quer da nova administração americana a mesma postura da anterior: um apoio robusto que permita continuar a luta. De preferência, até a libertação total do território ocupado. Esse seria também o meu desejo, se as relações internacionais fossem feitas de desejos. Não são. É com Trump que Zelenski terá de lidar, não com Joe Biden. E a nova administração não está interessada em apoiar o esforço de guerra ucraniano. Nem sequer nos termos ambíguos que Biden promoveu desde 2022: resistir, sim; derrotar a Rússia, fora de questão.

A brutalidade de Trump tem o mérito de ser mais clara: nem derrotar, nem resistir. A ideia é acabar com a guerra a qualquer preço porque há negócios a serem feitos. Em teoria, o afastamento americano poderia ser compensado por um maior envolvimento europeu.

Mas a Europa só agora começa a despertar para o seu trágico desarmamento. Não será com a produção industrial do continente, nem com os seus sistemas antiaéreos, nem com os mísseis balísticos de longo alcance, que Zelenski vai virar o jogo. Quem diz o contrário mente. E quem mente condena os ucranianos à morte.

Esse é o motivo pelo qual o premiê britânico Keir Starmer, em difícil equilibrismo, procura uma solução de paz que não aliene Washington. Se houver tropas europeias na Ucrânia para garantir um cessar-fogo, o apoio dos Estados Unidos, nem que seja como último recurso, continua sendo algo essencial.

E Zeleneski? Dias atrás, o presidente ucraniano afirmou estar disposto a deixar o cargo em troca do fim da guerra e da entrada da Ucrânia na Otan.

O segundo cenário não está em cima da mesa e Zelenski sabe disso. Mas o primeiro pode estar: um fim que será sempre imperfeito, uma paz mutilada, uma injustiça histórica. Mas, com garantias de segurança realistas, um fim apesar de tudo. Esse fim não se consegue com as virtudes guerreiras que Zelenski aprendeu a duras penas. É preciso cinismo e falsa modéstia. Hipocrisia e lisonja. É preciso um novo cortesão para lidar com uma nova corte.

CHINA ENFRENTA O DESAFIO DE TRUMP

Presidentes do México, EUA e Canadá
Em resposta à dobra para 20% das tarifas sobre os produtos chineses, imposta pelo presidente Donald Trump, os ministérios das Finanças e do Comércio da China anunciaram hoje, 4, em Pequim, a elevação das tarifas adicional para produtos agrícolas e alimentos importados dos Estados Unidos, incluindo milho, algodão e soja. A data para vigorar as novas medidas será na próxima segunda-feira, 10. Pequim ainda impõe tarifa adicional em 15% sobre frango, trigo, milho e algodão e de 10% sobre sorgo, soja, carne suína, bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios. As regras importam em restrições a exportações e investimentos de empresas americanas. Para o Ministério do Exterior da China, Lin Jian, a guerra comercial foi lançada por Trump e terá de suportar as providências chinesas. O presidente americano manteve as tarifas de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México e o Canadá promete retaliação. 

Nesse desentendimento, o Brasil pode seja porque, pelo menos até o momento, a fúria de Trump não chegou ao país, seja porque é beneficiado com os desentendimentos entre Estados Unidos e China, porquanto é o maior concorrente dos Estados Unidos na exportação para a China de commodities agrícolas, a exemplo da soja, milho e algodão. O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro declarou: "Quanto mais (Trump) exagerar na dose, mais oportunidades eu vejo para o Brasil". 

EXPULSÃO DE ELON MUSK DA ROYAL SOCIETY

A instituição britânica Royal Society reuniu ontem, 3, depois de receber petição assinada por mais de 3 mil cientistas, entre os quais vários prêmios Nobel, exigindo a expulsão de Elon Musk da entidade. A Royal foi fundada em 1660, tendo 1.600 membros de todo o mundo, entre os quais 85 ganhadores do Prêmio Nobel. Isaac Newton, Charles Darwin, Albert Einstein e Stephen Hawking foram membros da Royal Society. Musk foi admitido em 2018 pela trabalho na área espacial e de veículos elétricos. Todavia, os peticionários, no pedido de expulsão, alegam que ele violou o código de conduta da Royal, promovendo "teorias da conspiração infundadas". A entidade reuniu ontem, a portas fechadas, para decidir sobre eventual providência acerca do requerimento de expulsão do bilionário. A Royal definiu que "qualquer problema apresentado com respeito aos membros individuais é tratado com extrema confidencialidade".

Stephen Curry, professor emérito de biologia estrutural no Imperial College de Londres, declara que Musk é "amplamente considerado um dos difusores mais ativos de notícias falsas", em sua plataforma X. Ele assinou a carta e escreveu na rede social Bluesky: "Espero que hoje os membros tenham a sabedoria e a coragem de demonstrar que a Royal Society pode defender publicamente os seus valores". Outro ganhador do Prêmio Nobel de Física, em 2024, Geoffrey Hinton, no domingo, defendeu a expulsão de Musk: "Não porque ele venda teorias de conspiração e faça saudações nazistas, mas pelo enorme dano que está fazendo às instituições científicas nos Estados Unidos". O irreverente Musk respondeu a Hinton no X: "Só os idiotas, covardes e inseguros se importam com prêmios e associações. A história é a verdadeira juíza, sempre. Seus comentários são ignorantes, cruéis e falsos". Musk não lembrou que antes da expulsão ele prestigiava a instituição, mas somente agora, depois dos seus erros, ele denigre os valores da Royal.

  


MINISTRO ANULA CONDENAÇÃO DE EX-PREFEITO

O ministro Nunes Marques, do STF, anulou decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que tinha condenado o ex-prefeito de São Pedro/SP, por improbidade administrativa. Na decisão, o ministro mandou que o Tribunal analisasse o caso, porque contrariou entendimento do STF. O ex-prefeito foi condenado em primeiro grau por improbidade administrativa, sob fundamento de negligência na promulgação de lei municipal do município, responsável pela autorização de extinção de créditos tributários devidos por empresas ao município, mediante dação em pagamento. O Tribunal de Justiça de São Paulo modificou algumas sanções, mantendo a suspensão dos direitos políticos por três anos. 

O ex-prefeito ingressou com reclamação no STF, afirmando que a decisão do Tribunal violava medida cautelar concedida na ADIn 6.678, onde o ministro Gilmar Mendes suspende a vigência da expressão "suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos", art. 12, inc. III da Lei de Improbidade Administrativa. Na decisão do ministro Nunes ele definiu no sentido de que a suspensão dos direitos políticos não pode ser aplicada em ações de improbidade baseadas no art. 11 da Lei 8.429/92. Escreveu o ministro: "A determinação de suspensão atinge todos os processos em andamento, ainda que o título condenatório tenha sido formado em data anterior à decisão vinculante".  



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 4/3/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

2025 pode ser como 1968 e 1989: um ano em que a história do mundo muda e nada mais é mais como antes'

Assim como 1968 e 1989, este pode ser um ano em que o mundo vai mudar de forma fundamental.

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Grupo Especial do Rio

Beija-flor emociona e Salgueiro enérgica de novo: comentaristas do GLOBO apontam destaques 

Pela primeira vez, em 40 anos, este ano tem três dias de desfile da elite do carnaval carioca

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

China lança retaliação contra Trump com tarifas sobre soja e milho

Foi resposta ao aumento das tarifas americanas, em escalada para nova guerra comercial; Pequim diz que vai 'até o fim'

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Brasil voltará a exigir visto dos EUA; 

Freixo diz que isenção “seria bom”

Emissão será eletrônica e sem entrevista; custo será menos 

da metade do cobrado dos brasileiros

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Brasil cai seis posições em ranking de 
democracia da “The Economist”

Estudo afirma que a polarização política aumentou na última década e gerenciar 

o impacto das plataformas de mídia social na democracia brasileira tem sido 

problemático, o que levou a Suprema Corte a "passar do limite"

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Trump determina suspensão da ajuda militar a Kiev. Kremlin saúda decisão

Presidente dos EUA considera que seu homólogo ucraniano não está 
interessado na paz e aumenta a pressão. Veja aqui as reações.